segunda-feira, 17 de setembro de 2007

PORTUGUESES NÃO QUEREM SABER DE POLITICA

Um relatório apresentado pelo Eurobarómetro analisa a "realidade social europeia" e conclui que a maior parte dos cidadãos europeus são felizes. Ainda assim, a situação varia de país para país. Em Portugal, 86% das pessoas diz ser feliz, uma percentagem que coloca o nosso país a meio da tabela que hierarquiza os 27 estados-membros. No topo da tabela encontramos a Dinamarca (97%), a Holanda (95%), a Bélgica (94%) e a Irlanda (94%). A população da Bulgária (39%), Roménia (60%), Hungria (68%) e Letónia (72%) marcam presença no fundo da lista. Para mais de 90% da população portuguesa as coisas mais importantes da vida são a saúde, a família e os amigos. Na lista de preferências o último lugar é ocupado pela política, um factor que apenas 26% dos portugueses avaliou como sendo dos mais relevantes. A crise que Portugal tem atravessado contribui para que 62% da população não confie em nenhum órgão político nacional, por oposição à Holanda, onde para 68% da população a política entra na lista das prioridades. O relatório apresenta, também resultados ao nível da qualidade de vida laboral dos cidadãos europeus. Os portugueses estão entre os que mais stress laboral acusam: 55% da população afirma sentir muito stress no trabalho. Neste ponto, Portugal é ultrapassado pela Letónia com 71%, a Grécia com 70%, Malta com 67% e Chipre com 62%. Os países onde parece haver menos pressão nos empregos é na Holanda (24%), Finlândia (25%) e Bélgica (32%). Portugal volta a revelar uma percentagem muito baixa quando indagado sobre a possibilidade de manter o emprego nos próximos anos: 84 por cento dos portugueses revela pouca confiança em manter o emprego nos próximos anos. Países como a França (82%) ou a Eslováquia (63%) apresentam uma situação semelhante. Pelo contrário, os dinamarqueses, os irlandeses, os luxemburgueses e os suecos apresentam índices de confiança com valores entre os 92 e os 94 por cento.
Maria Bravo

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