Pimenta Machado e João Vale e Azevedo foram acusados de crimes de peculato e falsificação de documentos pelo Ministério Púiblico. Em causa estão irregularidades ligadas à transferência de Fernando Meira do V. Guimarães para o Benfica.
( 12:42 / 06 de Janeiro 05 )
Pimenta Machado e João Vale e Azevedo foram acusados pelo Ministério Público de peculato e falsificação de documentos, de acordo com o «Público» e com o «Jornal de Notícias».
Segundo estes dois jornais, o antigo presidente do V. Guimarães foi acusado de quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos, ao passo que o ex-presidente do Benfica foi acusado de dois crimes de falsificação.
Entre a lista de acusados consta ainda a mulher do antigo presidente do clube minhoto, que terá sido co-autora numa alegada apropriação de cerca de 820 mil euros por parte de Pimenta Machado, que terão sido escondidos em paraísos fiscais.
A principal acusação neste caso está relacionada com a transferência de Fernando Meira dos vimaranenses para o clube da Luz por uma quantia nunca revelada, dos quais não se sabe o paradeiro de 450 mil euros.
Pimenta Machado não terá conseguido esclarecer o paradeiro desta verba, ao passo que Vale e Azevedo terá falsificado o documento de entrada relativo a esta.
O antigo presidente do V. Guimarães disse que o dinheiro entrou na sua conta pessoal, argumentando que se tratavam de contas correntes com o clube, ao qual emprestava dinheiro sem a existência de documentação.
De acordo com estes dois diários, Pimenta Machado, que viu o Ministério Público manter válida a caução de meio milhão de euros que teve de pagar no final de 2002, ter-se-á apropriado também de dinheiro relativo às transferências de outros três jogadores.
O ex-líder do clube vimaranense está intimado a comparecer à terceira sessão de um julgamento no Tribunal de Guimarães, onde é acusado de atentado à liberdade de imprensa e onde não apareceu.
O Tribunal já avisou que se não aparecer irá emitir um mandato de detenção para que seja conduzido à audiência.
Os factos deste julgamento remontam a 2001, quando profissionais da comunicação social dos órgãos da empresa «Comércio de Guimarães» foram impedidos de estar presentes numa conferência de imprensa do clube.
Perante a possibilidade de abandono de todos os jornalistas da sala onde decorria a conferência de imprensa, estes terão sido conduzidos a outra sala, deixando os repórteres do «Comércio de Guimarães» e da «Rádio Santiago» à margem.
Pimenta Machado reconheceu durante a instrução este facto, mas disse que não se tinha realizado qualquer conferência de imprensa, tendo-se apenas procedido à apresentação do então novo técnico, Augusto Inácio.
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