quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Apito Dourado: MP decidiu reabrir processo contra Pinto Costa


O Ministério Público decidiu reabrir o processo contra o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, relativo a indícios de corrupção no jogo Estrela da Amadora/FC Porto da época 2003/04, noticia hoje o jornal Público.


De acordo com o jornal, na origem desta reviravolta judicial no caso ''A pito Dourado'' estarão declarações recentes da ex-companheira de Pinto da Costa C arolina Salgado.

O procurador Carlos Teixeira, do Ministério Público de Gondomar, defend e ainda que Pinto da Costa, o vice-presidente do FC Porto Reinaldo Teles, o empr esário António Araújo e o árbitros Luís Lameira cometeram crimes de corrupção de sportiva activa e os restantes corrupção desportiva na forma passiva.

O Público refere que a reabertura do processo, já decidida, foi tema de discussão numa reunião que decorreu quinta-feira no Porto entre Maria José Morg ado, a procuradora-geral adjunta responsável pela investigação dos processos con exos ao ''Apito Dourado'', elementos da PJ e vários magistrados.

Segundo o jornal, na origem do volte-face estarão depoimentos de Caroli na Salgado já prestados à nova equipa de investigadores.

As motivações exactas da reabertura do processo (que só pode acontecer quando existem factos novos), escreve o matutino, não são no entanto conhecidas.

O processo agora reaberto diz respeito à primeira de 81 certidões extra ídas pelo Ministério Público de Gondomar e havia sido arquivado pelo Departament o de Investigação e Acção Penal do Porto.

O despacho de arquivamento defendia não ser possível fazer prova dos cr imes imputados pelo magistrado de Gondomar por as escutas telefónicas feitas aos intervenientes não serem claras (por, por exemplo, se falar em ''fruta'' e nunca de prostitutas).

A ex-companheira de Pinto da Costa, no livro ''Eu, Carolina'' refere sere m frequentes os ''pagamentos a equipas de arbitragem em forma de serviço de prost itutas''.

Carolina Salgado afirma que essa era uma das práticas de Pinto da Costa , o que poderá ter motivado agora a reabertura do processo, escreve o Público.

Na certidão, agora reaberta, Carlos Teixeira defendera que o empresário António Araújo prometera à equipa de arbitragem do jogo FC Porto/Estrela Amador a (realizado a 24 de Janeiro de 2004), que lhe seriam disponibilizadas prostitut as.

Carlos Teixeira sustentava também que Pinto da Costa teria pago o janta r ao trio de árbitros, após o jogo.

Também foram ouvidas testemunhas que confirmaram que Reinaldo Teles jan tou com os árbitros naquela noite, tendo Pinto da Costa, pelo menos uma vez, se aproximado da mesa.

Os árbitros confessaram alguns factos, mas negaram ter prejudicado o Es trela da Amadora a pedido do FC Porto.

LUSA

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