terça-feira, 18 de setembro de 2007

Fidel Castro optou por cirurgia que o fez piorar


O presidente de Cuba, Fidel Castro, e seus assessores decidiram que ele deveria se submeter à operação que depois causou as complicações que levaram a sua situação a um estado grave, informa hoje o jornal espanhol El País.

Castro descartou uma ileostomia (abertura de um ânus artificial no abdômen). Ele não queria passar pelo incômodo de carregar uma bolsa para evacuar, segundo fontes médicas do hospital Gregorio Marañón, de Madri, citadas pelo jornal.

O líder cubano sofreu em 2006 hemorragias intestinais e uma grave infecção (peritonite) devido à inflamação do intestino grosso, uma diverticulite. Nos casos mais graves da doença, o normal é extirpar a parte do cólon afetada. A desvantagem é que o doente tem que usar uma bolsa de plástico pendurada no abdômen para recolher os sedimentos.

O próprio governante preferiu que, após a extirpação de parte do intestino grosso, o cirurgião unisse a parte superior do órgão com o reto. Mas a operação liberou mais tarde o fluxo gástrico com sedimentos, causando uma nova infecção por peritonite, segundo o jornal El País.

Ontem o jornal publicou matéria afirmando que Fidel Castro sofre de diverticulite e seu prognóstico é "muito grave", citando duas fontes médicas de um hospital de Madri, cujo chefe de cirurgia visitou o presidente de Cuba.

o médico espanhol que atendeu o ditador, José Luis Garcia Sabrido, negou os dados. "Toda informação que não vier diretamente da equipe médica carece de fundamento", disse o médico.

Fidel não é visto em público desde o dia 26 de julho, cinco dias antes de transferir temporariamente o poder em Cuba para seu irmão Raúl.

MÉDICO NEGA INFORMAÇÕES DE JORNAL E DIZ QUE FIDEL ESTÁ MELHOR

MADRI, 17 JAN (ANSA) - A saúde do presidente cubano, Fidel Castro, apresentou uma "melhora progressiva", segundo o médico espanhol que o examinou mês passado, José Luis García Sabrido, que em declarações à emissora CNN desconsiderou as versões sobre um agravamento.
O cirurgião fez as declarações por telefone à CNN, após ser divulgado entre ontem e hoje pelo jornal El País, que citou fontes do hospital no qual trabalha García Sabrido, para dizer que a saúde de Fidel estava piorando esta semana.
"As únicas partes verídicas dos dados do jornal são o nome do paciente, que foi operado, e que apresentou complicações", afirmou o médico do hospital Gregório Maranon a CNN.
"O resto são apenas rumores", acrescentou.
Além disso, o médico ressaltou que de acordo com a informação à qual teve acesso "há inclusive uma melhora progressiva" no estado de saúde do líder cubano e completou: "isso é normal em um paciente que está se recuperando e onde não há incidentes".
Em sua edição de hoje, o jornal El País ratificou suas afirmações e reportou que Fidel rejeitou uma intervenção cirúrgica e se submeteu a outra técnica que desencadeou complicações que o mantém em estado grave. (ANSA)
17/01/2007

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