domingo, 20 de fevereiro de 2011

O partido Lucky Luke


O Bloco de Esquerda gosta de se comportar como o partido Lucky Luke da política portuguesa.
Dispara mais rápido que a sua própria sombra. Mas, às vezes, a velocidade trai-o e acerta nos pés. O anúncio de uma moção de censura ao Governo, no dia a seguir à tomada de posse de Cavaco Silva e no anterior à da cimeira dos países da Zona Euro, pretende ser um anúncio apocalíptico. Não é preciso levar esta mensagem dos Nostradamus pós-modernos nacionais muito a sério. Só terá efeitos práticos se o PSD achar que o poder pode ser atirado ao ar num abismo e que já tem mãos seguras para lhe pegar sem escorregar na sua ambição. O que não parece. O BE precisava de ser mais rápido do que a concorrência para mostrar que ainda existia. E que não se tinha transformado no fantasma de Manuel Alegre. Necessitava de se libertar do seu estigma: ter andado de braço dado com o PS, num "flirt" descarado a apoiar o mesmo candidato derrotado à Presidência.
O BE estava em morte letárgica: precisava de acordar e de mostrar que ainda existia. E foi isso que fez Francisco Louçã, num momento Bela Adormecida. Durante as Presidenciais o BE eclipsara-se. E sentia a ameaça de voltar a ser subalternizado, à esquerda, pelo PCP. O BE precisava de inventar um "reality-show" para tentar perceber o que é. E se ainda é um grupo com ideias claras. O BE só existe se falarem dele. É como os famosos das revistas cor-de-rosa: só existem se aparecerem nas suas páginas. Com a sua moção de censura, o BE voltou a ser falado. Aqui e na Europa. Tem direito a mais cinco minutos de fama.
Fernando  Sobral 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

«Batemos no fundo ou o Fundo ainda nos vai bater?»

O ano de 2010 que agora termina não deixa saudades aos portugueses, mas as perspectivas para 2011 não são melhores e - quem sabe - ainda podemos olhar para 2010 pensando que, afinal, não foi assim tão mau.
A crise global atingiu-nos com mais força este ano, mas os efeitos devastadores no mercado laboral e na economia portuguesa em geral vão fazer sentir-se ainda por vários anos.
A grande questão que se coloca é: já batemos no fundo ou a situação ainda vai piorar e teremos o FMI a entrar em Portugal.
Para aqueles que defendem que, perante as medidas de austeridade já tomadas pelo Governo, a vinda do FMI não seria assim tão má, convido-os a olhar para a Grécia e Irlanda. Se os cortes salariais impostos pelo Governo penalizam os funcionários públicos imagine-se cortes ainda mais acentuados e despedimento de milhares de funcionários.
Que ninguém se engane, a receita do FMI é simples: cortar na despesa de forma quase cega, o que levaria à perda de muitos apoios sociais, cortes nos salários e despedimentos na administração pública - central e local.
No meio disto tudo, os ataques especulativos, com a conivência das magníficas agências de rating que juravam estar tudo em ordem com o Lehman Brothers até ao dia em que faliu, vão ditando as políticas seguidas pelos Governos dos países periféricos.
Sejamos sinceros: o que mudou tão significativamente na economia portuguesa face há três anos atrás? Os problemas estruturais de baixa produtividade e crescimento limitado não são novidade, as finanças públicas deficitárias também não.
Entretanto, no campo político, o PSD afia as facas para regressar ao poder, sendo que alguns militantes preferiam que o FMI entrasse no País, para justificar as medidas impopulares, e querem eleições o mais rápido possível (mesmo porque os boys não são exclusivo do PS) e outros, mais responsáveis, preferem esperar por uma acalmia da situação.
Portanto, temos um Governo esgotado ao fim de pouco mais de um ano e cujo fim se adivinha antes de 2013.
Resta-nos esperar que 2011 nos surpreenda pela positiva e que a crise sirva para corrigirmos alguns maus hábitos, nomeadamente baixando os padrões de consumo para níveis mais adequados à riqueza que produzimos. Se calhar não precisamos de trocar de carro com tanta frequência, ou comprar o mais recente modelo de telemóvel, ou passar férias em destinos exóticos, mesmo que isso implique recorrer ao crédito.
Pedro Curvelo

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Negócios da China... e a Europa a dormir...


Portugal está em saldos, e não se trata da normal época comercial de fim de estação, mas sim de; saldos a nível de autonomia e nacionalidade, sendo que o maior e melhor cliente é precisamente a China, que esta a arrematar a preços convidativos partes importantes da soberania nacional.
Mal ao mundo não existiria, caso esta época de saldos fosse originada por parcelamentos devidamente controlados, e que os mesmos tivessem como objetivo a solidificação do nosso comercio externo e as relações bilaterais entre os dois países (Portugal e China) fossem motivo de acordos que não beliscassem minimamente os interesses nacionais, e a soberania nacional, o que afinal não esta a acontecer, e Portugal, pela mão imunda de José Sócrates e mais alguns cretinos que o acompanham como cães esfaimados atrás de dono, esta a alienar parcelas importantes da nossa economia, e a conduzir Portugal para uma total e arrasadora dependência externa no curto e médio prazo.
Veja-se que este autênticos negócios da China com a China, estão a servir apenas um dos lados da questão, e precisamente o lado asiático, transformando Portugal num mero portão escancarado de entrada comercial da China na Europa e também no Norte de África, sem que dai advenham benefícios dignos desse nome para Portugal, que não seja a chegada de turbas de “chinos” que vão comandar os destinos comerciais do território.
Entretanto; com a porta já autenticamente escancarada, a China compra os activos e passivos do BPN, entre outros bens; os importantes e estratégicos terrenos que o BPN detém em Alcochete, e que poderei estar muito enganado, mas acho que foram a grande negociata em tempos idos do Engenheiro Ferreira do Amaral e da sua família com uma rentabilização dos mesmos, digna de figurar no livro de recordes, mas isso nenhuma entidade ou órgão de comunicação social teve o cuidado de ir investigar até ao dia de hoje. Falo obviamente da descarada e vergonhosa concessão da construção da ponte levada a cabo pelo próprio Ferreira do Amaral, enquanto ministro, e mais tarde por si próprio gerida já como homem forte da concessionária da mesma concecionaria a quem havia adjudicado a situação, e ainda por cima todo o assunto rolou em cima de terrenos que eram propriedade sua e da sua família. Um autentico escândalo de cartel, de que eu aqui mesmo neste local, e em outros da web, já em tempos falei, mas que, como disse; ninguém até hoje teve o cuidado de ir investigar e desmascarar, se bem que até hoje também ninguém tenha vindo factualmente a terreno desmentir aquilo que escrevi, escrevo e digo alto e bom som, para todos os que quiserem escutar.
É dessa forma ardilosa que algumas figuras nacionais souberam, e sabem ainda hoje, multiplicar os seus parcos activos por muitos cifrões, potenciados a muitas potencias... portanto; não é só Cavaco Silva que sabe ganhar dinheiro com papeis que nem estavam negociados em bolsa, e outras negociatas envoltas em denso nevoeiro, uma vez que alguns dos seus colaboradores e amigalhaços aprenderam bem rápido a lição com o mestre... e não é questão de serem figuras do PSD ou do PS que comandam este autentico saque, pois estas negociatas atravessam de forma transversal toda a classe politica portuguesa, da esquerda a direita.
Falo de dois exemplos, mas de muitos mais se tem conhecimento factual, embora a comunicação social portuguesa, prostituída por poderes superiores, fique muda e queda recebendo ajudas de sacos azuis, manuseadas por mãos nauseabundas de cidadãos que deveriam estar encarcerados nas penitenciarias, mas que continuam a mover essas verbas por debaixo das mesas, para com essas oferendas conseguirem manter a CS a ficar quietinha no seu canto, sem investigar e divulgar estes escândalos, esta vergonha nacional, que saqueia de modo descarado os dinheiros do erário publico.   
Mas não é só no BPN que a China vai intervir, por via de mãos amigas governamentais, pois também o famosos TGV vai receber subsídios oriundos do ocidente, que obviamente serão na justa proporção de para cá vem um presunto e para lá vai um porco inteiro...
Uma das cerejas colocada no cimo do bolo dos saldos do governo de Socrates adjudicados a China, é sem sombra de duvidas a expansão do Porto de Sines, que vai ter a obra subsidiada pela China, que através desse grande favor, (antigamente dizia-se que era um favor como faziam as espanholas...) vai ficar por ali a governar por anos e anos, podendo fazer dali, daquele importante porto nacional, a porta de entrada dos seus contentores carregados de mercadorias baratas, para inundar a Europa a seu belo prazer. 
A chegada dos chamados “mega-cargueiros” carregados de tudo quanto os Chineses mais gostam de colocar na Europa, será assim feita as claras e a luz do dia, e com a ajuda das autoridades portuguesas, sem que a Europa mexa uma única palha até hoje para questionar essa escandalosa situação que vai afetar toda a economia da comunidade europeia, violando acordos comerciais já estabelecidos em termos de protecionismo aos produtos europeus.
Coisa estranha; as autoridades comunitárias ainda não se terem manifestado, e colocado um travão a tempo e horas, estando calmamente a espera de que a situação se torne efetiva e praticamente irreversível, para só depois virem atuar, obviamente em cima das autoridades portuguesas que por certo nessa época já não vão ser comandadas pelo desmantelado Zé Sócrates... sacar o mais que se puder agora, pois quem vier atrás que feche a porta, esta é a politica levada a cabo pelo Zé e pelos seus rapazes...
Com este ataque econômico e comercial oficializado; só restara a Portugal encerrar as portas da pouca indústria que por aqui ainda existe, e dedicar-se a pesca... se peixe ainda existir nos mares da costa portuguesa...
Estes negócios (negociatas baratas para Portugal, mas de muitos milhões de interesses para os chinos..) da China, que levaram a tanta passeatas, para cá e para lá, onde se incluiu o próprio Presidente da Republica Cavaco Silva e sua comitiva, paga com os impostos dos portugueses, são assim a autentica tampa do caixão de Portugal, que a cada dia que passa vé diminuir as suas reais chances de poder recuperar e fortalecer a sua economia de uma forma soberana para as cores nacionais.
Portugal, como nação una e indivisível, e independente, tem os seus dias contados... os coveiros já abriram a cova onde vão colocar os últimos restos de um corpo já dilacerado, cortado aos pedaços e arrasado por saques econômicos consecutivos que encheram os bolsos de alguns poucos e destruíram a vida a muitos milhares, dizer a larga maioria, que já esta a pagar com o seu corpo os desmandos, e que no curto prazo vai ter conhecimento efetivo da sua triste realidade de pedinte, de mão estendida, a caridade externa, de invasores econômicos que vão fazer do chamado Portugal um pasto para as suas experiências mais mirabolantes.
Paz a alma de Portugal!!!!

“João Massapina”    

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A magnifica família Olim


Portugal tem destas coisas estranhas nas famílias... e não só...
Famílias interessantes, que jogam com os interesses públicos como se fossem causa de interesse pessoal.
A alguns anos a família Beleza presenteou a sociedade portuguesa com algumas ocorrências dignas de registo, e como sempre tudo acabou em agua de bacalhau...
A mais recente novidade no campo dos chamados escândalos, baseados nos chamados favores econômicos de famílias, a que eu chamo de corrupção familiar envergonhada, teve como centro da polemica a família Olim, nomeadamente pai e filho, Gabriel Olim e Nelson Olim, ligados, respetivamente, ao Instituto português de Sangue e a uma firma – Med First Lda – esta ultima com interesses particulares e diretos no fornecimento de equipamentos a essa entidade -IPS.
Então a historia simples (será mesmo...) é assim:
O Instituto Português do Sangue (IPS) lançou um concurso para compra de equipamento mas; a única empresa capaz de cumprir os requisitos tinha como sócio (imaginem a coincidência...) o filho do presidente do organismo - IPS.
Será mesmo só coincidência...
Segundo o jornal Público; o concurso público polémico foi lançado a nível internacional para "Aquisição de testes a determinação automática do valor da hemoglobina na pré-doação de sangue" e especificava que os equipamentos deveriam ser não invasivos.
Das quatro empresas concorrentes só a Med First Lda apresentava um equipamento capaz de preencher este requisito com um equipamento exatamente com o preço máximo previsto no caderno de encargos, 200 mil euros.
Incrivel... o preço máximo exato...
Mais uma estranha coincidência...
E já lá vão... uma, duas, três coincidências...
Tanta coincidência passa a ser muito mais do que isso.
A proposta era assinada (imaginem... por quem...) pelo sócio e director médico da empresa, Nélson Olim, filho (mais uma coincidência...) de Gabriel Olim.
Gabriel Olim tomou conhecimento do equipamento inovador em Outubro de 2009. Já o filho alega que descobriu o mesmo equipamento (deve ter sido por mero acaso do destino, e nem imaginava que esse equipamento iria ser alvo de concurso pelo IPS...) em Março de 2010, e nessa altura propôs tornar-se representante para Portugal.
Coisa curiosa...
Coincidências do diabo...
Oportunidades estranhas...
Coincidências estranhas...
Entretanto a coisa deu demasiado nas vistas, e vai dai o director do Instituto português de Sangue, Gabriel Olim, foi substituído.
Oficialmente Gabriel Olim foi substituído antes do final do seu mandato sem explicações adicionais.
Oficiosamente falam que o concurso foi anulado...
Mas oficialmente ninguém sabe do desfecho de tanta coincidência.
Entretanto a família Olim continua por ai a solta....

“João Massapina”