quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A magnifica família Olim


Portugal tem destas coisas estranhas nas famílias... e não só...
Famílias interessantes, que jogam com os interesses públicos como se fossem causa de interesse pessoal.
A alguns anos a família Beleza presenteou a sociedade portuguesa com algumas ocorrências dignas de registo, e como sempre tudo acabou em agua de bacalhau...
A mais recente novidade no campo dos chamados escândalos, baseados nos chamados favores econômicos de famílias, a que eu chamo de corrupção familiar envergonhada, teve como centro da polemica a família Olim, nomeadamente pai e filho, Gabriel Olim e Nelson Olim, ligados, respetivamente, ao Instituto português de Sangue e a uma firma – Med First Lda – esta ultima com interesses particulares e diretos no fornecimento de equipamentos a essa entidade -IPS.
Então a historia simples (será mesmo...) é assim:
O Instituto Português do Sangue (IPS) lançou um concurso para compra de equipamento mas; a única empresa capaz de cumprir os requisitos tinha como sócio (imaginem a coincidência...) o filho do presidente do organismo - IPS.
Será mesmo só coincidência...
Segundo o jornal Público; o concurso público polémico foi lançado a nível internacional para "Aquisição de testes a determinação automática do valor da hemoglobina na pré-doação de sangue" e especificava que os equipamentos deveriam ser não invasivos.
Das quatro empresas concorrentes só a Med First Lda apresentava um equipamento capaz de preencher este requisito com um equipamento exatamente com o preço máximo previsto no caderno de encargos, 200 mil euros.
Incrivel... o preço máximo exato...
Mais uma estranha coincidência...
E já lá vão... uma, duas, três coincidências...
Tanta coincidência passa a ser muito mais do que isso.
A proposta era assinada (imaginem... por quem...) pelo sócio e director médico da empresa, Nélson Olim, filho (mais uma coincidência...) de Gabriel Olim.
Gabriel Olim tomou conhecimento do equipamento inovador em Outubro de 2009. Já o filho alega que descobriu o mesmo equipamento (deve ter sido por mero acaso do destino, e nem imaginava que esse equipamento iria ser alvo de concurso pelo IPS...) em Março de 2010, e nessa altura propôs tornar-se representante para Portugal.
Coisa curiosa...
Coincidências do diabo...
Oportunidades estranhas...
Coincidências estranhas...
Entretanto a coisa deu demasiado nas vistas, e vai dai o director do Instituto português de Sangue, Gabriel Olim, foi substituído.
Oficialmente Gabriel Olim foi substituído antes do final do seu mandato sem explicações adicionais.
Oficiosamente falam que o concurso foi anulado...
Mas oficialmente ninguém sabe do desfecho de tanta coincidência.
Entretanto a família Olim continua por ai a solta....

“João Massapina”

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