terça-feira, 18 de setembro de 2007

Inspetor-chefe do caso Madeleine é afastado


O diário português Expresso informou, nesta segunda-feira, que o inspetor-chefe da Polícia Judiciária portuguesa Olegário Sousa, o único elo entre a investigação do desaparecimento de Madeleine McCann e os meios de comunicação, foi afastado da função.Segundo a rede de TV britânica Sky News, inspetor teria ficado insatisfeito com a forma pela qual os policiais portugueses estavam tratando os pais da menina desaparecida, considerados suspeitos desde a última semana. A TV diz que ele pode ter sido afastado do caso devido a uma série de informações vazadas para a imprensa. Os jornais portugueses, entretanto, dizem que Sousa desistiu de suas funções se queixando do “nível de informações” sobre o caso que vazavam à imprensa internacional. Em Portugal, as investigações da polícia são sigilosas. O estopim, segundo o Expresso, foi quando se divulgou que a PJ já tinha os resultados dos exames realizados em restos de sangue encontrados no carro que havia sido alugado pelos pais de Madeleine. Sousa negou a informação, mas a Sky News o desmentiu, confirmando que os resultados realmente já estavam com a polícia. Segundo o jornal, Sousa havia reclamado que só recebia informações sobre a investigação depois de as pedir aos colegas por ter sido questionado por jornalistas, mais adiantados que ele em muitas situações da investigação. Oficialmente, diz o Expresso, a decisão foi tomada pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC), que teria concluído que o trabalho Sousa "já não se justificava", já que o processo foi transmitido ao Ministério Público na semana passada. Sousa deve voltar à investigação policial. Segundo o Diário de Notícias, ele havia sido escolhido como porta-voz por falar inglês, ter boa presença física e boa colocação de voz.


Mãe de Madeleine revela que relação com a filha era muito difícil


Madeleine era uma criança “muito difícil”. A afirmação é da mãe da menina desaparecida, Kate McCann, em entrevista publicada por uma revista portuguesa. Na publicação, a mãe disse que tinha dificuldades para lidar com a filha mais velha quando a menina era um bebê. A entrevista reproduzida foi pelo jornal The Sun. Segundo o jornal inglês, Kate disse que “Madeleine chorava por praticamente 18 horas por dia. Era preciso carregá-la o tempo todo no colo".O relato da mãe coincide com as informações publicadas pela imprensa britânica, que afirmou que Kate se queixava constantemente do comportamento dos três filhos, especialmente a menina mais velha, qualificada como uma criança "muito ativa" por ela. A entrevista de Kate foi realizada antes dos pais serem considerados suspeitos do desaparecimento da filha de 4 anos. Madeleine sumiu do quarto em que dormia com os irmãos mais novos na noite do dia 3 de maio. Ainda de acordo com a entrevista superar as dificuldades com a filha seria uma das provas da forte relação entre as duas. A mãe ainda negou durante a entrevista o envolvimento dela e o marido no desaparecimento de Madeleine.OverdoseA imprensa britânica afirma que Madeleine McCann pode ter morrido por uma overdose de sedativos administrados pelos pais, ambos médicos. As análises toxicológicas do DNA encontrado revelariam que a menina consumiu uma quantidade "significativa" de pílulas.Autoridades tentam ainda descobrir como os irmãos (Sean e Amelie) que dormiam com a menina não acordaram enquanto Madeleine foi levada. O casal nega que os filhos tenham sido sedados na noite do desaparecimento.Os pais de Madeleine foram considerados formalmente suspeitos no caso do desaparecimento da filha após horas de interrogatório. A polícia judiciária portuguesa afirma ter encontrado vestígios do sangue da menina em um carro que foi alugado pelo casal quase um mês após o desaparecimento dela. Segundo a imprensa britânica, no porta-malas também havia amostras de cabelo da Maddie.

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