terça-feira, 18 de setembro de 2007

EUA: Vírus da Sida ataca o cérebro em duas frentes, mostra estudo

Washington, 16/08 - O vírus da Sida danifica o cérebro de duas maneiras: mata as células cerebrais e impede o nascimento de células novas, mostrou um estudo publicado na quarta-feira na revista Cell Stem Cell. A pesquisa ajuda a esclarecer um problema conhecido como demência associada ao HIV, que pode causar confusão mental, transtornos do sono e perda de memória em pessoas infectadas com o vírus. O problema é menos comum em pessoas que tomam as medicações para suprimir o vírus, e ainda não se entende bem por que o HIV prejudica a função cerebral. O vírus mata as células do cérebro, mas também parece impedir a divisão das células progenitoras, ou células-tronco, afirmou a equipe do Instituto Burnham de Pesquisa Médica e da Universidade da Califórnia em San Diego. "É um duplo ataque ao cérebro", disse num comunicado o pesquisador Marcus Kaul. "A proteína do HIV causa as lesões e impede a recuperação." A composição de drogas anti-retrovirais não penetra bem no cérebro, o que permite a criação de um "reservatório secreto" do vírus, disse Stuart Lipton, que participou do estudo. A demência associada ao HIV está a tornar-se cada vez mais comum, já que os pacientes estão a ficar mais velhos. A pesquisa foi feita com camundongos. "A revelação é que o vírus da Sida impede que as células-tronco do cérebro se dividam", disse Lipton. "É a primeira vez que se demonstra que um vírus afecta células-tronco."

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