segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A EPIDEMIA DO HIV/AIDS NO SEMI-ARIDO BRASILEIRO, UMA FACE OCULTA

O Brasil possui uma das respostas mais efetivas ao HIV/aids do mundo. Entretanto, há ainda grandes desafios que devem ser enfrentados para que cada criança, adolescente e gestante tenha plenas condições de proteger-se do vírus. Esses desafios ampliam-se ainda mais quando voltamos nossos olhares para regiões como o Semi-árido brasileiro, que agrega quase 1,5 mil municípios nos nove estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.No Semi-árido, encontram-se alguns dos mais baixos indicadores sociais do País. Na região, 75% dos 13 milhões de crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza nos 1,5 mil municípios da região, quando a média nacional é de 45%. Além disso, o acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, à educação de qualidade e à assistência social é mais precário do que em outras regiões do País.No País, a epidemia do HIV/aids amplia-se em três direções: avança para as cidades pequenas e desloca-se para o interior do País; cresce mais rapidamente entre as mulheres; aumenta entre as pessoas de baixa renda. Ainda sabe-se pouco sobre a epidemia do HIV/aids no Semi-árido, mas, diante dessas tendências nacionais, pode-se supor que a epidemia do HIV/aids avança entre as pessoas que vivem no Semi-árido brasileiro, principalmente entre as mulheres jovens dessa região. Marie-Pierre Poirier é representante do UNICEF no Brasil
18 de Junho de 2007

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