terça-feira, 18 de setembro de 2007

Arquitectos portugueses querem recuperar habitação degradada

A Ordem dos Arquitectos vai iniciar este ano um projecto-piloto para reabilitar fogos degradados em Lisboa, em parceria com o município e proprietários, colocando-os no mercado social de arrendamento.
Helena Roseta anunciou que o projecto insere-se no âmbito das iniciativas conjuntas da Plataforma artigo 65 - Habitação para todos, que reúne dez associações e entidades desde Março de 2006 com o objectivo de «lutar pela habitação condigna para todos».

Este projecto será debatido durante as primeiras Jornadas da Habitação, que se iniciam sexta-feira e se prolongam até sábado no auditório da OA com debates e a projecção de filmes sobre a história do direito à habitação nos últimos 40 anos.

Helena Roseta sublinhou que a OA «está empenhada em promover o debate nacional e realizar projectos concretos na área da política da habitação social, que peca pela ausência em Portugal».

Questionada pela Lusa sobre o balanço do programa especial de realojamento (PER) desenvolvido pelo governo e as autarquias ao longo de quase duas décadas, a responsável considerou que o projecto «não acompanhou a evolução demográfica e, por outro lado, muitas famílias necessitadas ficaram de fora».

De acordo com dados estatísticos citados por Helena Roseta, existem em Lisboa 60 mil fogos vazios, quatro mil deles municipais, e em todo o país cerca de 300 mil habitações degradadas, metade a necessitar urgentemente de obras.

Diário Digital / Lusa

10-01-2007

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