A vice-ministra sul-africana da Saúde, Nozizwe Madlala-Routledge, foi demitida pelo presidente Thabo Mbeki, que não adiantou explicações.
Ao que tudo indica, a decisão do presidente sul-africano relaciona-se com a participação não autorizada da vice-ministra num congresso sobre sida, que ocorreu em Espanha.No entanto, a decisão da demissão imediata de Nozizwe, ontem, ocorreu num momento pouco oportuno: num dia em que a nação comemorava a luta das mulheres contra o regime do ‘apartheid’ e pela emancipação e quando finalmente tinha ascendo ao poder um político “com um claro rumo na luta contra o HIV/Sida”, como afirmou Mike Waters, da Aliança Democrática, o maior partido da oposição.Ao contrário do presidente Mbeki e da ministra da Saúde, Manto Tshabalah-Msimang, que têm negado a realidade sul-africana quanto ao problema da Sida, Nozizwe tem tomado uma postura, nomeadamente com um plano de tratamento, que teve a aprovação da ONUSIDA e da oposição.A ministra da saúde tem sido criticada pelas suas posições não científicas para se lidar com a Sida no país e por considerar que os tratamentos anti-virais como “venenos”, que não aconselha ao povo sul-africano.
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