segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS


O EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS - Alexandre Lazzarotto é professor dos Centros Universitários FEEVALE e LA SALLE (RS), com experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia


Com a chegada dos Jogos Pan-americanos, as palavras atividade física e exercício físico têm sido muito citadas na mídia. Apesar de serem utilizadas como sinônimos, elas possuem significados diferentes: a atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos e que resulta em gasto de energia, como, por exemplo, varrer a casa. Já o exercício físico é uma subclasse da atividade física, definido como o movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo, que tem o objetivo de manter ou melhorar componentes da aptidão física. Para sintetizar, pode-se afirmar que, todos os dias, as pessoas praticam atividades físicas, porém, nem todos os dias elas praticam exercícios físicos. A prescrição do exercício físico envolve 4 fatores: tipo de exercício (exemplo: musculação), freqüência (número de dias por semana), duração (minutos da prática por dia) e intensidade (esforço realizado pelo praticante, classificado baixo, moderado e alto). No contexto das Pessoas Vivendo Com HIV/Aids (PVHA), um programa de exercícios físicos pode ser utilizado como uma estratégia terapêutica não medicamentosa para amenizar ou retardar o desenvolvimento de algumas complicações decorrentes da infecção pelo HIV e ou da medicação anti-retroviral, salientando-se dentre elas, a lipodistrofia.Com a chegada dos Jogos Pan-americanos, as palavras atividade física e exercício físico têm sido muito citadas na mídia. Apesar de serem utilizadas como sinônimos, elas possuem significados diferentes: a atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos e que resulta em gasto de energia, como, por exemplo, varrer a casa. Já o exercício físico é uma subclasse da atividade física, definido como o movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo, que tem o objetivo de manter ou melhorar componentes da aptidão física. Para sintetizar, pode-se afirmar que, todos os dias, as pessoas praticam atividades físicas, porém, nem todos os dias elas praticam exercícios físicos. A prescrição do exercício físico envolve 4 fatores: tipo de exercício (exemplo: musculação), freqüência (número de dias por semana), duração (minutos da prática por dia) e intensidade (esforço realizado pelo praticante, classificado baixo, moderado e alto). No contexto das Pessoas Vivendo Com HIV/Aids (PVHA), um programa de exercícios físicos pode ser utilizado como uma estratégia terapêutica não medicamentosa para amenizar ou retardar o desenvolvimento de algumas complicações decorrentes da infecção pelo HIV e ou da medicação anti-retroviral, salientando-se dentre elas, a lipodistrofia.A prescrição adequada de programas de exercícios aeróbios (caminhada, corrida, natação e ciclismo) e exercícios com pesos (mais comumente conhecidos como musculação) podem melhorar os seguintes aspectos nas PVHA: aumento da capacidade cardiorrespiratória, da força e resistência musculares, diminuição da massa gorda (gordura) e aumento da magra (massa muscular) diminuição da ansiedade e da depressão (melhoria da saúde psicológica). Considerando o sistema imunológico, não há dados conclusivos que sustentem que programas de exercícios físicos de intensidade moderada podem aumentar o número de T CD4+, porém, quando trabalhados sem controle de freqüência, intensidade e duração, eles pode causar uma diminuição da resposta imunológica. Além desses aspectos, o fato das PVHA se exercitarem, colabora para que elas estabeleçam um hábito de vida extremamente saudável, contribuindo para sua adesão à medicação anti-retroviral. Tanto um programa de exercícios físicos quanto a medicação tem como ponto de partida que, sem continuidade, não há ganhos para as PVHA, ou seja, melhoria da sua qualidade de vida.Para as PVHA que desejam aderir a um programa de exercícios físicos é necessária a avaliação da sua condição clínica pelo médico que as atende (liberando-as ou não para a prática). A orientação de um profissional de educação Física é imprescindível para a otimização dos resultados e, principalmente, evitar efeitos negativos ao seu organismo. Para finalizar, salienta-se que a presença de dor durante ou após a sessão de exercícios físicos não é um sinal de ganho e sim um aviso que algo está errado e deve ser modificado. O programa ideal de exercícios físicos é aquele que é elaborado com base nas avaliações e reavaliações das condições clínicas das PVHA, nas suas expectativas e na aliança terapêutica com o profissional de educação física. O exercício físico deve ser sinônimo de prazer e qualidade de vida às PVHA.Lazzarotto é professor dos Centros Universitários FEEVALE e LA SALLE (RS), com experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: HIV/AIDS, Clínica Médica e Fisiologia do Esforço. Vencedor no Prêmio Aids de 2006, na categoria população com mais de 60 anos.

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