Num artigo publicado esta semana na revista “PloS Medicine”, dois especialistas alertam para o facto de a Internet poder ser um entrave à luta contra a Sida, ao disseminar informações falsas sobre a doença. Os médicos alertam para a existência de páginas na rede onde são apresentados dados falsos sobre a doença, inclusive, “negar o facto de que o HIV é o causador da Sida”. Depois de mais de duas décadas de investigações, os cientistas conseguiam compreender muito sobre a doença e não existem dívidas que o HIV é o causador da infecção – que continua a ser incurável – e que a melhor arma é a prevenção. No entanto, pela Web proliferam inúmeras teorias da conspiração que vão desde afirmar que os americanos “inventaram” a Sida, passando por ideias de que os laboratórios farmacêuticos já têm uma vacina, mas não querem vendê-la, até à mais perigosa: a de que o preservativo seria ineficaz e dispensável. Segundo o artigo, as consequências destas “teorias da conspiração” podem ser fatais. Isto porque, adiantam, “quem não está contaminado pode colocar-se em risco, por exemplo, ao abandonar as práticas de sexo seguro.” E por outro lado, “quem já contraiu o vírus pode colocar a sua própria vida em jogo, com terapias ineficazes, e outras pessoas em perigo, ao expô-las ao vírus.” No artigo, os autores da nota, Tara Smith, da University of Iowa, e Steven Novella, da Yale University, EUA, rematam, dizendo que “parece inacreditável que 23 anos após a identificação do HIV ainda exista a negação de que o vírus é a causa da Sida”.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
22 de Agosto de 2007
22 de Agosto de 2007
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