segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cientistas alemães avançam na busca pela cura da aids


Mais um passo rumo à cura do vírus da aids foi dado por meio de uma equipe de cientistas alemães. O grupo criou uma enzima que extrai o HIV, vírus causador da aids, de células infectadas. Para isso, o grupo utilizou uma substância que tem o poder de “recortar” do DNA humano a parte infectada pela doença.
“O vírus liga-se de modo inseparável ao hospedeiro, o que torna uma ‘cura’ da aids virtualmente impossível”, escreve o biólogo norte-americano Alan Engelman, do Instituto Dana-Farber, em comentário que acompanha o artigo que foi publicado na revista Science sobre a pesquisa.
O trabalho, no entanto, mostra que pode ser possível “recortar” os genes virais já integrados ao genoma do paciente, eliminando o HIV do corpo humano.
Os pesquisadores, liderados por Indrani Sarkar, do Instituto Max Planck (Alemanha), chegaram a esse resultado com a criação de uma forma específica da enzima recombinase, preparada para reconhecer e extrair os trechos de DNA afetados com o HIV.
A recombinase usada como base para o experimento, chamada Cre, é largamente utilizada para recortar e recombinar seqüências de DNA em experiências com genes de camundongos.
Apesar da descoberta os cientistas reconhecem que a extração do vírus não deverá ter aplicação imediata. “A mais importante dessas dificuldades é que a enzima precisará de um meio de aplicação seguro e eficiente, e terá de funcionar sem efeitos colaterais adversos nas células-alvo”, dizem.

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