O Conselho das Comunidades Portuguesas - Instituição criada sob proposta (salvo erro) do Secretário de Estado José Lello e aprovada POR UNANIMIDADE na Assembleia da República, deveria ter sido constitucionalizado, para servir como órgão de aconselhamento do governo, para as políticas a serem adotadas em relação às Comunidades Portuguesas espalhadas pelo Mundo, constituídas por entre um terço e um quarto de todos os portugueses, ou seja, da Nação Portuguesa. Mas, logo após a tomada de posse do primeiro conselho eleito pela Diáspora, o mesmo José Lello ASSUSTOU-SE com o que viu e igorava, pois os CEM CONSELHEIROS eleitos em 1997 - de um modo geral, e inicialmente - honraram e dignificaram os seus eleitores, criaram uma imagem positiva de competência e independência, e impuseram-se por seu comportamento. Foi quando o homem do futebol José Lello PARECE ter afirmado: "CRIEI UM MONSTRO". Para ele, a MONSTRUOSIDADE residia na INDEPENDÊNCIA!.
Entretanto, foram-se exacerbando as vaidades, foram aflorando interesses pessoais e regionais, foram surgindo os EGO camuflados, foram-se mesmo revelando os complexos daqueles que pretendiam ser "DONOS do C.C.P.", e, naturalmente, começaram as rivalidades e as traições (já evidenciadas quando da eleição do Conselho Permanente), tudo contribuíndo para a quebra da qualidade, para a diminuição do prestígio perante o governo e os eleitores - malgrado ter-se conseguido a implantação do ASIC e do ASEC - e a tal ponto que - ainda ao tempo do primeiro conselho - o governo ter tentado substituir parte dos conselheiros eleitos por conselheiros nomeados pelo Poder, portanto, em tese, por ele controlados, ou, no mínimo, a ele devotados. Criado basicamente para ACONSELHAR os GOVERNOS como antes se afirmou, o PRIMEIRO CONSELHO produziu - na sua primeira reunião no hemicíclo do ANTIGO SENADO de SÃO BENTO - um belíssimo conjunto de sugestões que o dignificaram.
Mas - a bem da verdade - nem aquele governo, nem os que se lhe seguiram, pretendiam conselho algum; antes, pelo contrário, sempre tentam maiorias absolutas no Parlamento, onde dominam seus deputados, ao contrário do que ocorre em todo o mundo, em que são os governos a depender dos parlamentos. Assim sendo, como esperar que aceitassem conselhos de EMIGRANTES, portugueses, sim, mas residentes no estrangeiro, de quem os governos portugueses sempre esperaram - apenas e só - grandes somas em remessas de divisas, grande consumo de bens importados de Portugal e muitas visitas à "MÃE PÁTRIA" para ai deixar o que lhe restasse de suas poupanças e ganhos auferidos com o árduo trabalho fora de portas. Como poderíamos esperar que "UM SENHOR MINISTRO da REPÚBLICA" aceitasse conselhos de emigrantes, se era tradição todos eles serem endeusados quando SE DIGNAVAM visitar as Comunidades Portuguesas???
Para azar das COMUNIDADES PORTUGUESAS, aquando da posse do segundo conselho (2003), a vaidade, o egocentrimo e o interesse levaram o Plnário a desobedecer à lei, quando um "acordo" de bastidores decidiu dividir o mandato por dois "presidentes", que não o eram do CCP mas apenas do Conselho Permanente. Foi aí que o prestígio do CCP desabou, criando desconfiança e mesmo receio lá para os lados das Necessidades, pois tratava-se de uma INSTITUIÇÃO que nem mesmo obedecia à Lei que a criou!!! A partir daí, até era de esperar que os governos tentassem liquidar um órgão que só lhe criava problemas, e não tinha qualquer utilidade, pois JAMAIS (ou JAMÉ) os seus "CONSELHOS" tinham sido seguidos. Por essa altura, as reuniões tinham como ponto alto almoços com o secretário, jantares com acessores, e, quem sabe, até mesmo pedidos de ajuda para entidades duvidosas, quem sabe ligadas a um ou outro conselheiro, quando não ajudas de custo para aqueles que tinham medo de avião, e pretendiam ir com a família ou os amigos na sua viatura!!!.
Assim se chegou ao TERCEIRO CONSELHO das COMUNIDADES PORTUGUESAS, altura em que PRATICAMENTE NINGUÊM VOTOU, até porque as alterações das zonas eleitorais e outras mudanças destruíram a harmonia do conjunto, e quase impediram o democrático exercício do voto, propiciando uma autêntica aberração, que foi o caso de Santos eleger e ocupar as vagas de São Paulo, que tem quase DEX vezes mais habitantes e portugueses. E, entre os conselheiros dessa cidade - segundo dizem as más linguas - está o autor do milionário desfalque do Centro Trasmontano da capital. Foi dado o golpe de misericórdia, talvez RAZÃO pela qual - "ELEITO" há mais de seis meses ESTE NOVO CONSELHO das COMUNIDADES PORTUGUESAS ainda NÃO TENHA TOMADO POSSE. Como o antigo conselho PARECE não estar funcionando, HAY e NO HAY CONSEJO, o que deve interessar ao governo, por lhe economizar Euros que não tem, lhe evitar dores de cabeça, e ir de encontro à POLÍTICA de ABANDONO dos PORTUGUESES no ESTRANGEIRO, pois, dizem os "cérebros" que decidem: I N T E G R E M - S E nas sociedades e países de acolhimento!.
Cordialmente, JVerdasca
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