quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Caso Manuel Alegre e Banco de Portugal

A crise económica mundial já tem efeitos muito fortes ,preocupantes em Portugal e tudo aponta no sentido de agravamento.

Portugal é um pais pequeno, periférico, ultradependente do Exterior - exportações/remessas dos emigrantes/fundos da União Europeia - país muito pobre, corroído pela corrupção, pela cunha, pelo amuguismo e PELA INCOMPETÊNCIA DOS POLÍTICOS, PELA GANÂNCIA DOS QUE DETÊM O PODER.

A medida tomada pelo Governo de José Sócrates no sentido de garantir os empréstimos dos bancos portugueses no estrangeiro, é apenas uma aspirina, ou , se se quiser , uma mera medida conjuntural.

Para além de ser o Governo a endividar-se, essa medida tem efeitos muito reduzidos na real economia.

A economia das famílias, as necessidades básicas, como alimentação , educação, habitação, emprego.

O problema está mais a montante: Na mentalidade corrupta da maioria dos detentores do Poder Político e Económico em Portugal.

José Mourinho disse ,segundo foi noticiado num jornal de hoje, que aceitaria baixar o seu salário de treinador se o Presidente do Clube lho solicitasse.

Eis um bom exemplo, que revela que os homens grandes em mérito são grandes em ética, em moral.

A ganância, a rapina dos dinheiros públicos, os imorais salários de gestores públicos, de gestores de bancos e empresas públicas tem de ter os dias contados.

1 - É imoral que Manuel Alegre receba uma pensão de reforma por ter "trabalhado" na RDP sem o ter feito, ou seja, apenas porque esteve uns meses a trabalhar na RDP e depois passou para deputado e por lá ficou ;
2 - Esta pensão, paga por todos, é imoral, é injustificada, não é merecida, não faz sentido, é sumamente afrontosa para TODOS os outros cidadãos;
3 - É imoral que o Governador do Banco de Portugal tenha salário SUPERIOR ao seu homólogo dos EUA!
4 - É imoral que jovens políticos recebam pensões por terem sido deputados ou presidentes de Cãmara durante algum tempo;
5 - Imoral porque além dos óbvios benefícios, patrimoniais e pessoais, pelo exercício de funções, acabam por receber do Estado - pago por todos nós - milhares e milhares de contos ao longo do resto da vida, sem qualquer justificação ética. Foi uma forma de "eles" legislarem para seu benefício pessoal, esmifrando o Erário Público em benefício próprio, enquanto os outros cidadãos vivem na miséria.

Esta gente, que vive à mama do Estado anda tem outro senão: é incompetente, sumamente inferior aos seus homólogos estrangeiros.

Seria bom que todos os portugueses tivessem conhecimentos da nossa história , desde o tempo do Marquês de Pombal até 1974.

E sobretudo do período de 1808 a 1851 para saber a canalhada - como lhe chamou D. Pedro V - assente na rapinagem dos bens públicos, na incompetência, na covardia perante Napoleão por parte de alguns nobres e ricos homens portugueses que ,enquanto D. João VI fugia para o Brasil , foram a Bayonne oferecer vassalagem a Napoleão Bonaparte!!! Cobardes, Traidores.

Enquanto o Povo se revoltava, lutava contra os franceses e era morto e violentado - só em Évora os franceses de Napoleão mataram mais de 2000 pessoas numa tarde! - os nobres faziam a sua vidinha bajulando Junot, vendendo a consciência, com o rabo entre as pernas.

E D. João VI se entretinha a fazer nobres no Brasil, a viver com impostos e taxas violentíssimas, oprimindo os Povos, e alimentando uma corte de 15 mil parasitas que com ele fugiram para o Brasil.

Em Portugal é o Povo anónimo, aqueles que não têm "cavalos , parelhas e montes" que ,em cada momento histórico , levanta a honra e o orgulho português, sacrificando-se, enquanto parasítas "chupam o sangue quente da manada".

Creio que terei de ser eu a intentar uma acção no Tribunal Administrativo para acabar com a pensão de Manuel Alegre, que por muito que escreva poemas , em situações concretas abre a bolsa, ao contrário do General Ramalho Eanes que teve a honradez de não aceitar mais de um milhão de euros a que teria direito pela última lei .

José Sócrates tem uma boa oportunidade para moralizar a nossa vida e acabar com estas iniquidades e afrontas ao senso comum e à dignidade do Povo Português.

José Maria Martins

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