Extraordinário, este nosso pobre país, extraordinário povo, este nobre pobre povo português! Fizeram uma revolução, aparentemente por amor aos portugueses oprimidos por uma ditadura que não dava liberdade para se “exprimirem” e agora que têm essa liberdade, e o mesmo poder dos governantes de outrora, tratam de “espremer”, em liberdade, o mesmo pobre país e o mesmo nobre pobre povo!
A coisa vem narrada nos jornais e nos folhetins noticiaristas televisivos, mas não se conta tudo. Espremem-no na economia, com os ministros, os deputados e o presidente com direito a acumular os vencimentos das várias funções da sua vida pública, com os banqueiros, juízes e C.ª abancando somas astronómicas para não se deixarem cair na tentação de acederem aos subornos (peitas) do nobre pobre povo com prática de subornar (peitar) para merecer, e de se humilhar para obter, retiram-se os direitos dos funcionários – tais os professores, arranjando-se à pressa, para uns, uma titularidade grotesca, atropeladora dos direitos - quer em competências quer em finanças - de outros com mais direitos... Espremem-no nos escrúpulos morais, que deixaram de existir, na impunidade do crime (mesmo da pedofilia) que até merece ser ressarcido e tantas vezes agraciado... Espremem-no nos vários direitos, com a criação de novas leis ou a flexibilidade das antigas, segundo as conveniências próprias ou dos amigos, fornecendo-se casas camarárias em detrimento dos não amigos, num Estado cada vez mais endividado, mais desordenado, mais desprotegido, mais desempregado...
Só não o espremem nas promessas e no alarde sobre as coisas feitas e nos “magalhães” fornecidos, puros ossos descarnados e atirados... E o nobre pobre povo aplaude e elege, enquanto os que podem vão espremendo e aforrando, nas suas “covas” tão fundas...
Berta Brás
R. Dr. Joaquim Manso, 174 S. Pedro do Estoril
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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