Seguindo a análise recentemente feita pelo ex-ministro Miguel Cadilhe, e por uma vez que seja, temos que lhe dar inteiramente razão. Portugal esta realmente em recessão e não é de hoje, já vem muito de trás esta situação.
Os diversos governos têm; levado o tempo todo a fazer orelhas moucas, ás diversas chamadas de atenção, nacionais e internacionais, e mesmo quando colocados perante os fatos concretos, mantêm a política de distanciamento do problema real.
A fórmula corretamente encontrada para se poder considerar com total substância, a existência de uma recessão grave na economia de um determinado País, é sem duvida quando; num determinado ano econômico, o Produto Interno Bruto tem perda real, ou quando o PIB cresce modestamente durante vários anos consecutivos e sempre abaixo do produto potencial. Se fossemos analisar o caso português pelas diretrizes do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que determina dois trimestres seguidos, de crescimento negativo, para se considerar recessão grave, então Portugal, ainda estaria numa posição muito pior, pois tem verificado ao longo dos últimos anos, muitos ciclos de trimestres com patamares de crescimento abaixo da média razoável.
No caso concreto de Portugal, desde 2003 que temos um produto efetivo a evoluir globalmente com patamares medíocres e sempre abaixo do produto potencial.
Um indicador evidente, da crise atual, é que a taxa de desemprego não para de crescer, bem acima das medias européias e as pequenas e medias empresas não se agüentam no embate do dia-a-dia, e caiem como cogumelos, provocando cada vez mais dependentes de subsídios, subrecarregando dessa forma as políticas sociais.
A visão fria da realidade portuguesa, sem ter pejo de assumir aquilo que é mesmo a verdade dos fatos, é que o problema da economia portuguesa é sem duvida estrutural e não conjuntural. Ao longo do tempo não souberam na sua maioria projetar os investimentos de acordo com as necessidades, e sempre aprontaram investimentos de acordo com a personalidade pessoal, esquecendo que em economia, aquilo que aparentemente parece, muitas vezes na realidade não é!...
‘João Massapina’
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