“Mas, um Pastor da Igreja convocar fieis para uma “maratona de sexo” com a finalidade de diminuir o número de divórcios, foi demais!”
Publicidade de camisinha, estímulo à sexualidade e propagandas inusitadas, todas direcionadas a uma prática sexual cada vez mais cedo, já nos fizeram acostumados com essas novas idéias. Mas, um Pastor da Igreja convocar fieis para uma “maratona de sexo”, com a finalidade de diminuir o número de divórcios, foi demais!
E aconteceu. Um pastor americano chamou os seguidores casados para um desafio: fazer sexo todos os dias, durante um mês. Paul Wirth, líder da Igreja Relevante, de Ybor City (Estado da Florida - EUA) afirma que “pretende diminuir a alata taxa de divórcios através da maratona”. Ele justifica que “quando somos solteiros, estamos procurando sempre por sexo, mas na vida de casado, por algum motivo, as relações diminuem com o tempo”. O pastor usou recentemente o filme Shrek Terceiro para explicar “o que acontece quando confiamos em Deus”.
A principal idéia do pastor americano é fortalecer os casais. Fazendo muito sexo, esqueceriam as tentações lá de fora. Praticando sexo, como se fossem competir numa maratona, os fieis da sua igreja seriam isolados das tentações do mundo, dos pecados da carne e não procurariam praticar sexo fora do casamento.
Não soa estranho? Já nos acostumamos, desde pequenos, ao desenvolvimento das palavras do Mestre Crescei e multiplicai-vos. Mas, maratona de sexo, parece coisa de Ivete Sangalo ou Daniela Mercury. Só elas agüentariam tal maratona. Por falar nas cantoras baianas, será que o pastor se inspirou nas micaretas desse país, onde jovens, na grande maioria, pulam e dançam durante três ou quatro dias, beijando e ficando?
Acredito que o pastor americano, como os brasileiros, não é adepto do álcool. Mas, como imaginar uma maratona desse porte, sem a latinha de cerveja ou a nossa famosa cachaça? Será que os fieis iriam agüentar?
Calma, pastor! Vamos nos ater ao crescei e multiplicai-vos com parcimônia, pois já existe muita propaganda de sexo. Bastaria que ele assistisse ao Big Brother ou a alguma novela brasileira. E as publicidades de cerveja? E as escolas de samba, com ou sem tapa-sexo?
Seria bom que os nossos embaixadores dissessem ao nosso entusiasmado pastor que no Brasil, principalmente no São João e no Carnaval, já se pratica tal maratona de sexo. Bastaria que ele viesse fotografar, na quarta feira de cinzas, os montes de camisinhas usadas no Carnaval de Olinda em Pernambuco.
Ou, ainda, dar uma passada no estacionamento do Forrock, nas beiradas da praia, nas festinhas do Centro Histórico. Só se os americanos estão perdendo a influencia, como dizia um colega de Faculdade. Mas, no Brasil, acho que essa maratona já está sendo praticada há muito tempo. Ah! Ia me esquecendo: poderia também o mensageiro de Deus dar uma passadinha pelos Blocos das Virgens por esse Brasil afora ou, pelas Paradas Gays, que estão juntando milhares de pessoas nos seus desfiles.
‘Fernando Vasconcelos’
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