sábado, 16 de fevereiro de 2008

UMA OPOSIÇÃO POBRE E PODRE...

O momento político atual faz-me sinceramente lembrar, pelas suas muitas semelhanças; o especial momento político que se vivia em Itália, a quando do famoso escândalo do Banco Ambrosiano, e que conduziu ao escândalo social, político, religioso e financeiro de todos conhecido.
No tempo em que tudo isso aconteceu, também a política, o jogo, a alta finança e a religião andavam, juntas, e de mãos dadas promovendo o descalabro nacional, lá pelas bandas do novo Império Romano.
Por aqui, pelas bandas dos reinos do Minho aos Algarves, só falta surgirem umas novas FP-25, 26 ou 27 a fazer por ai uns quantos atentados, seqüestros, e assaltos para tudo ficar ainda mais idêntico.
Desta feita em Portugal, tivemos um, eu dirá alguns, caso(s) idêntico(s), e tal qual um homem aranha, o Sr. Abel Pinheiro, ex-diretor financeiro do CDS/PP, surge em muitos e vários processos ao mesmo tempo. Surge sempre diretamente envolvido com quantias ($$$) avultadas que foram movimentadas nas mais diversas jogadas de bastidores, e que envolvem diretamente os bastidores do CDS/PP, e alguns dos seus dirigentes do antes, do durante e do agora, e vamos ver se não também do depois.
O PPD/PSD já tinha também dado um arzinho da sua graça, neste e festim de apoios sócio/políticos, e até o ex- Secretário-Geral teve que vir a terreiro defender o Big Chefe da Europa, Durão Barroso, da vergonha nacional dos jogos de interesses da política. O ambiente geral já ameaçava conspurcar a sua linda farpela lá para os lados de Bruxelas, e os imensos factos podiam muito bem deixar a sua roupa a cheirar a “cherne” estragado, o que seria muito mau para a sua fina reputação de ex-maoista trauliteiro do MRPP, convertido a moço de recados dos grandes da Europa; e a que chamam pomposamente Senhor Europa.
Se no caso do PPD/PSD, pelo menos por agora o assunto parece abafado, e o médico, convertido a líder, não tem tido trabalhos extras sobre o assunto, já o mesmo não se pode dizer do ex-partido companheiro de coligação.
Engraçado que agora, esse mesmo CDS/PP, que utiliza a maquina regimental dos pedidos de esclarecimento, como modo de vida para se fazer notar no plenário da AR, e ao mesmo tempo na vida política nacional, uma vez que o tempo da Feiras do Paulinho já lá vai, e ninguém já acredita na qualidade do seu algodão doce, esse mesmo CDS/PP não consegue vir a terreiro esclarecer as muitas manobras de gestão financeira duvidosa criada ao longo de 3 anos de governo em coligação com o companheiro de jornada PPD/PSD.
Tal como eu referi, aqui mesmo, á alguns meses, sobre o então mais do que previsto regresso do Sr. Paulo Portas a política ativa, hoje e mais uma vez, tal como nesse momento referi, continuo a achar que ninguém deve voltar a um local onde foi muito feliz, e queira-se ou não realmente Paulo Portas foi em tempos que já lá vão, muito feliz na política.
Assim não entendeu, e PP decidiu arriscar e regressou, talvez para justificar as 124 resmas de papel com que tirou as misteriosas 62.000 fotocópias tiradas quando saiu do Ministério da Defesa, fazendo lembrar a queima de arquivo na chancelaria de Berlim no final da 2ª guerra mundial...
Mas até agora nada justificaram, nem as resmas de papel, nem o destino e origem de muitos $$$, e ainda por cima quem esta hoje novamente aos comandos do CDS/PP são precisamente os mesmos que de lá saíram nessa época, e movimentaram todo o imenso “pastel”.
Mas voltando a falar de dinheiro, e não do meu dinheiro como é claro, porque os processos que pessoalmente tive que sustentar, enquanto dirigente do CDS/PP, foram todos pagos integralmente do meu bolso, pois até hoje nada nem ninguém se chegou á frente; para fazer uma única pergunta sobre o assunto, que curiosamente não era meu, mas sim do Partido, mas que acabei por ser eu a galhardamente assumir.
Mas águas passadas não movem moinhos, e vamos falar do que hoje realmente interessa, falando assim de outros “quinhentos” como diria o poeta.
Falar sim do CDS/PP que conheci um pouquinho, e de dinheiros e interesses não devidamente justificados, para se tentar entender como seria muito bom poder saber-se hoje; como foi possível aceitarem-se certos tipos de despachos ministeriais, como os que o Sr. Telmo Correia fez á barda larga na hora da sua partida, como Ministro do Turismo, e que possibilitaram entre outros á Estoril-Sol, a concretização de negocios do outro mundo.
Nesse caso da Estoril-Sol, como em muitos outros, surge curiosamente pelo meio, e mais uma vez o Sr. Abel Pinheiro. Esse misterioso personagem que até se deu ao luxo de na época pedir um emprego para um ex-assessor de Telmo Correia, com o envolvimento de um negocio muito estranho pelo meio, de umas notas a serem entregues por debaixo da mesa todos os meses. Digo bem notas, para não deixar rastro algum.
O justiceiro de capa e batina Paulo Portas, não pode de forma alguma vir agora afirmar que; desconhecia todas estas jogadas, pois surge em gravações, de inúmeras conversas sobre este e outros assuntos, com alguns dos seus companheiros de “farra”. São assim visíveis os contatos com Telmo Correia e Luis Nobre Guedes, bem como o Sr. Mário Assis Ferreira, homem de mão do ‘caça moedas’ Stanley Ho, patrão dos patrões do jogo e de tudo o mais que se possa imaginar que circula em redor deste fabuloso mundo.
E que dizer do milhão de euros, que foi parar, por obra e graça do Espírito Santo, digo, ou melhor; diz-se, por influencia direta mais uma vez, do Sr. Abel Pinheiro, e de três quadros desse dito Espírito Santo, que não é Santo mas sim um conhecido Banco. Dinheiro que foi pingando, diretamente nas contas do CDS/PP, proveniente do já famoso caso Portucale. Manobra efetuada ainda por cima dias antes das eleições legislativas, em muito apropriadas operações de deposito de 12.500 reais de cada vez puxada, para tentar não dar nas vistas, como operação de lavagem de dinheiro. Tudo tal como mandam as mais elementares regras do bom funcionamento “camorra”.
Esta operação, que se pretendia subterrânea, foi assim feita sobre a terra, o que já não aconteceu, com os 24 milhões de euros que o consorcio alemão, o Grupo - GSC , vencedor do concurso para a compra dos famosos submarinos, comprados aos solavancos, transferiu para uma empresa do grupo Espírito Santo no Reino Unido.
A oposição está assim Pobre e Podre em Portugal, o que facilita o trabalho da maioria, que vai reinando, e se prepara para repetir a dose dentro de poucos meses.
Se isso vier a acontecer, o fim da era Paulo Portas chegou ao seu ultimo porto de destino, e a sua ambição de tentar limpar as “tretas” que fez nos tempos de governação chega assim também ingloriamente ao seu fim, restará com toda a certeza tempo para que PP se dedicar a dar aulas, e fazer mais umas crônicas sobre cinema, que tão bem sabe fazer, diga-se em abono da verdade...
Voltarei ao assunto por certo, pois é deveras interessante e com pano para mangas, diria mais: muito gostoso...

‘João Massapina’

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