terça-feira, 8 de abril de 2008

SKINHEADS

“Abortos de uma civilização”

Os “Skinheads” apareceram na Inglaterra, na década de 70, com uma tonalidade racista, dirigida principalmente contra os imigrantes asiáticos, depois isso se generalizaria, e pregando o antagonismo ao pacifismo dos “hippies”, que ainda colhiam os frutos da sua manifestação mais significativa: o festival de “Woodstock” nos EUA. Com mais cinco anos de existência, os “skinheads” cresceram , tornando-se neonazistas assumidos e partindo para a violência organizada, incluindo apedrejamentos de sinagogas e cenas de vandalismo em cemitérios judeus e memoriais lembrando o Holocausto. No Brasil, eles cresceram a partir de dois grupos paulistas: Carecas do Subúrbio (ultra-nacionalista) e Carecas do ABC (extremamente violentos, pregando o ódio aos nordestinos, judeus, negros e homossexuais).
Há oito anos, na Praça da República, em São Paulo, cerca de 30 “carecas” espancaram até a morte um homossexual adestrador de cães. Fizeram isso pelo prazer de matar “um gay a mais”. Ou seja: o prazer do exterminador, que não é mais do futuro, mas de um presente que revela-se cruel, desumano e absurdo, quando estamos no século XXI. Não por mera semelhança e coincidência, esses assassinos, jovens de classe média e abortos de uma civilização metropolitana em explícita decadência, fizeram isso na semana em que o neonazista “Jorg Haider” começava a dar as cartas numa Áustria que espanta o Mundo.
Os “skinheads” neonazistas brasileiros, além de São Paulo, concentram-se em Pelotas, Blumenau, Florianópolis e Curitiba. Usam a Internet e fazem conexões com extremistas de outros países. Tanto que há uma “home page”, mantida a partir dos EUA, com o nome 14 Word Press, que já coloca material de propaganda em português. O nome do “site” foi tirado do próprio “slogan” da organização, formado por 14 palavras que não deixam duvidas sobre os seus objetivos:
“Devemos assegurar a existência da nossa raça e um futuro para as crianças brancas”.

‘Carlos Aranha’

Nota á margem:

O crescimento mundial destes grupos pró nazis e determinantemente racistas deve preocupar, sem exceção, todos os cidadãos, uma vez que se estão a criar bolsas extremistas na sociedade, que vão a qualquer instante explodir, em violência descontrolada.
Estes grupos, estão organizados, e com objetivos bem determinados, muito embora na sua maioria se tratem afinal de pessoas cuja formação é perfeitamente desordenada, e na maioria dos casos são indivíduos fruto de famílias desestruturadas, ou com problema de integração na sociedade graves ao mesmo tempo que se consideram acima da lei e da ordem, são comandados por lideres que sabem muito bem os objetivos a que se propõem e a foram de os alcançar.
Como também, todos muito bem sabem; uma sociedade sem Lei ou Ordem, vira o caos, e a Anarquia impera.
O Mundo jamais pode ficar dependente, ou na mão de quaisquer grupos, e muito menos de indivíduos com este carisma.
Não que se deva declarar uma guerra sem quartel, do tipo “Caça ao Skinhead” porque isso seria estar a igualar o seu tipo de atuação, agora o que sem duvida a sociedade deve empreender quanto ante é uma deliberação coletiva, e bem determinada de tolerância 0 para com este tipo de indivíduos.

João Massapina

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