sexta-feira, 11 de abril de 2008

GOVERNO, SURDO, CEGO, MAS NÃO MUDO

Só o governo português e o primeiro ministro Sócrates parecem ainda não ter dado conta, de que importa movimentar muito mais a economia.
Em virtude dessa sua miopia, levam atrás de si, o “Zé Povinho” que como sempre acredita em tudo o que escuta, sem confirmar a realidade.
Por uma das poucas vezes, tenho que estar de acordo com o Luis Delgado, em relação a situação econômica que se perspectiva para o futuro próximo, a nível de taxas de juro que os bancos vão ser obrigados a aplicar.
No entanto tenho que discordar, sobre a questão das obras públicas, porque estou convicto que se não se aproveitarem os fundos estruturais, da CE que; inclusivamente são os últimos que nos chegam, com estas dimensões, Portugal ainda arrefece mais a sua economia, e mata em definitivo a possibilidade de manter a economia com alguma capacidade de movimentação, e de giro de capitais, com a criação de postos de trabalho, ainda que temporários.
Se os investimentos estrangeiros estão a fugir, tal como se pode confirmar a olho nu, e se não se criam investimentos a nível nacional, ou grandes obras que movimentem a economia, então o que vai ser de Portugal a curto prazo?

Luís Delgado
«O Governo não vê?»
Está à vista de todos, mas só o Governo e o PM é que não conseguem ver: agravam-se os sinais de uma crise económica e financeira profunda em Portugal, com um impacto social difícil de medir, e o Executivo continua a anunciar grandes planos, e pontes, para as próximas décadas, como se isso fosse o mais importante nesta fase.
A corrida ao levantamento dos PPR, a agonia em que se encontra a classe média, o impacto que daqui a uns meses as empresas e famílias vão sofrer com o custo do dinheiro - que ainda está muito longe de reflectir as taxas que os bancos vão ser obrigados a aplicar - a falta de investimento estrangeiro, o desemprego e a estagnação que a Europa, e em particular a Espanha, estão a sofrer são demasiadas dados negativos para não se perceber que este ano vai ser desastroso, e que nada de bom chegará em 2009.
Sócrates arrisca-se, por este andar, a ficar a falar sozinho em Outubro de 2009.
Nota à margem: o FMI prevê para Portugal, este ano, um crescimento catastrófico de 1,3 por cento (contra os 1,8 anunciados anteriormente e os 2,2 por cento previstos pelo Governo)!!! Vamos ser mais realistas: se chegarmos a 1 por cento será um milagre...

Diário de Noticias

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