sexta-feira, 25 de abril de 2008

DEPENDENDO DO DIA...

Dependendo do dia da semana, o Deputado do PPD/PSD, Jorge Neto, faz de Deputado, ou de assalariado do Banco, que o mesmo deputado investiga, no dia seguinte.

Na realidade o ilustre Deputado, pode dizer-se que ás Segundas, Quartas e Sextas feiras; comparece na Assembléia da Republica, paga por todos nós, e faz as vezes de líder da Comissão de Orçamento e Finanças, e ás; Terças, Quintas e Sábados, veste a toga e passa a assessorar o Grupo Banco Português de Negócios, agora pago pela entidade particular.

Quem sabe ao Domingo, se não consegue tratar dos dois lados ao mesmo tempo, para que a semana seguinte lhe corra bem... e consiga levar a água ao moinho dos dois lados ao mesmo tempo!

Portugal tem cada situação, mais ridícula, e atentatória da transparência e limpidez de processos...


Líder da comissão de Finanças da AR presta assessoria a banco


O deputado social-democrata Jorge Neto, líder da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República (AR) tem vindo a prestar assessoria jurídica ao Grupo Banco Português de Negócios (BPN)/Sociedade Lusa de Negócios (SLN), entidade que está sob investigação das autoridades de supervisão e do Ministério Público, no âmbito da Operação Furacão, refere o jornal Público esta terça-feira.
A ligação de Jorge Neto ao BPN «é coincidente com as suas funções de presidente da Comissão de Orçamento e Finanças na qual, no âmbito das audições do caso BCP, foi decidida a abertura de um inquérito para analisar a supervisão do sistema bancário, segurador e do mercado de capitais», observa o jornal.
O grupo BPN encontra-se «sob os holofotes dos supervisores financeiros», que pretendem ver clarificadas as relações accionistas, os negócios que a SLN (a holding) possui com o banco, e determinar a quem pertencem as sociedades off-shore criadas para realizar operações financeiras.
O diário afirma que Jorge Neto, ex-secretário de Estado da Defesa no Governo de Santana Lopes, tem dado assessoria ao BPN, «sendo considerado um colaborador de confiança de Oliveira e Costa, que recentemente se demitiu de CEO. A assinatura de Jorge Neto consta mesmo de alguns pareceres encomendados pelo BPN».
Contactado pelo Público, o deputado começou por dizer que não trabalhava no BPN, mas admitiu estar ligado à Real Seguros, detida a 100 por cento pelo banco. «Sim, confirmo que trabalhamos desde há dois anos para a Real Seguros, mas acho que já não trabalhamos ou estamos em vias de deixar de trabalhar», disse o deputado.
Acrescenta ainda a mesma fonte, Jorge Neto explicou que um dos sócios do gabinete de advocacia, Jorge Neto, J. Carlos Silva & Ass., ia passar a trabalhar directamente com o grupo BPN.

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