sexta-feira, 11 de abril de 2008

PATETICES AJARDINADAS DO BCP

Todos já tínhamos a noção exata de que o caso Banco Comercial Português, era bem mais do que um simples caso. Era uma união de inúmeros casos, que provocaram uma explosão de tais proporções que levou a que o criador, JJG, do maior banco privado português, fosse desmascarado em relação; aos seus processos de gestão, e de movimentação nublosa de divisas.

O que nem todos nos sabíamos, ou tínhamos a noção exata é que esse banco tinha estado subordinado a um homem que bem vistas as coisas, e colocado no mesmo patamar de um seu colega italiano, de anos idos, que deu também um caso que até valeu a vida de um Papa – Escândalo do Banco Ambrosiano – (Banco do Vaticano).

Jorge Jardim Gonçalves, com o seu tipo de conduta, não parece ter nascido em Portugal, mas sim na Calábria, e utilizar os melhores e mais eficazes métodos da “Familia”...

Raul Vaz – D. Economico
Eis Jardim Gonçalves, patético e ameaçador

Eis Jorge Jardim Gonçalves, o homem. A entrevista ao Público é patética mas pretende ser ameaçadora – o banqueiro deverá ser ouvido esta semana no âmbito do processo de investigação ao BCP conduzido pelo Banco de Portugal. O facto explica a disponibilidade do ex-líder do banco para dizer ao mundo que tem “praticamente 40 anos de relação subordinada, hierárquica, com várias autoridades, as mais das vezes em Portugal, ...
Quer dizer: as autoridades de supervisão, caso do Banco de Portugal, conhecem-no e estavam ao corrente da sua prática. Ou seja: se houver tempestade vai tudo ao fundo. No resto, Jardim Gonçalves mete dó. Não diz nada sobre factos relevantes que abalaram o banco e causaram estragos consideráveis a accionistas da instituição (caso das off-shores criadas para subscrever o aumento de capital do BCP), refugiando-se no valor do sigilo no universo financeiro. Jardim Gonçalves perdeu a noção do poder da frontalidade sobre os obstáculos que se opõem à verdade. Preso no seu quadrado e sem peito para o contraditório, responde por escrito e sem cortes, incapaz de perceber o ridículo de um diálogo com o boneco. No limite, não resistiu a cavalgar a ideia de que o caso BCP “foi objecto de óbvio aproveitamento político”, fantasia que o partido de Menezes abraçou com entusiasmo. Está bem.

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