Todos que me conhecem pessoalmente bem sabem que sou um tipo que quando é para bater, pois bato forte, mas quando é para elogiar, eu não nego um elogio a tudo quanto entendo ser uma medida bem tomada, ou uma atitude acertada.
Desta feita, tenho que dar a mão á palmatória e elogiar a posição de Portugal, transmitida pelo Ministro das Relações Exteriores, Dr. Luis Amado, que por uma vez na vida diz algo acertado.
Este projeto, proposta, de reabilitar o patrimônio histórico de Portugal além fronteiras merece nota máxima.
É realmente muito triste encontrar o nosso patrimônio degradado, ou como pude verificar á alguns anos, na região norte da Guine-Bissau, amontoado num canto de uma fortaleza, como se os monumentos e a história se pudessem apagar, ou guardar no fundo de qualquer quintal.
A historia é algo que nunca se pode alterar, e má ou boa, tem que ser preservada, para que os vindouros possam saber que realmente aconteceu, e que não é historia adulterada, é mesmo historia verídica e factual.
João Massapina
Portugal quer reabilitar seu patrimônio histórico no mundo
Por Maria de Deus Rodrigues, da Agência Lusa
Mascate, 7 abr (Lusa) – O governo português vai lançar um programa de levantamento, conservação e reabilitação do patrimônio da presença portuguesa no mundo para assegurar a valorização da história e cultura de Portugal, anunciou nesta segunda-feira, em Omã, o ministro luso das Relações Exteriores.
“Quero anunciar o lançamento de um programa de levantamento, conservação e reabilitação do patrimônio da presença portuguesa no mundo”, disse Luís Amado à imprensa durante uma visita oficial a Omã, país do Golfo Pérsico onde são mais visíveis os traços da presença portuguesa – entre os séculos 16 e 17I –, com dezenas de seguranças em seu entorno.
Amado, que está hoje em Mascate para encontros com o vice-primeiro-ministro, Sawwid Fahad bin Mahmood Al Said, e o ministro das Relaçõex Exteriores, Yousuf bin Alawi bin Abdullah, referiu como exemplo Omã, onde há uma série de vestígios da forte presença portuguesa, mas “praticamente não há relações bilaterais” e a sua visita é, segundo os registros da diplomacia de Omã, a primeira de todos os tempos de um chefe da diplomacia portuguesa.
O ministro anunciou igualmente que o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, prevê também fazer uma visita oficial ao país, quando no final deste ano for à Arábia Saudita, visita que visa “consolidar um diálogo mais intenso” e que as autoridades de Omã encaram com “grande expectativa” e que querem que seja “uma visita significativa”.
Sobre o programa anunciado, o ministro explicou que ele vai ser articulado entre os Ministérios das Relações Exteriores, da Cultura, da Educação e da Economia e que pretende envolver instituições públicas e privadas, concretamente o Estado, fundações, municípios e empresas que se internacionalizaram com mais dinamismo.
O programa vai envolver fundos públicos e privados, disse Luís Amado, destacando que ele visa essencialmente “projetar a imagem do país em todas as regiões do mundo onde Portugal deixou um rastro da sua presença histórica” – do Brasil ao sudeste asiático, passando pelas costas africanas e pelo Golfo - e associá-lo, “na medida do possível, à promoção dos nossos interesses econômicos e comerciais”.
“É fundamental fazermos este trabalho para garantir que as gerações que nos seguem possam ainda encontrar testemunhos da história gloriosa portuguesa”, disse também, apresentando como exemplo a realização de roteiros turísticos da presença portuguesa em diferentes partes do mundo.
Questionado sobre o horizonte temporal deste programa, o ministro salientou que se trata de “um programa de longo prazo, para ser lançado este ano”, mas que visa, ao contrário de intervenções pontuais como as realizadas na Ilha de Moçambique ou na Cidade de Santo António, no Príncipe, prolongar-se por várias décadas, pelo que o governo quer, sobretudo, acertá-lo com os partidos da oposição.
"Queremos sair de uma prática avulsa e casuística para a definição de um programa com objetivos e orientações bem definidas, que tenha sustentação pelos vários governos nas próximas décadas”, disse.
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