segunda-feira, 1 de outubro de 2007

PPD/PSD DE SETÚBAL É BICEFALO?


O resultado final das diretas do PPD/PSD para eleger o novo líder nacional do Partido, transformou o PPD/PSD de Setúbal numa estrutura partidária bicéfala, ou seja tem um líder e dirigentes que pensas e agem como o fazia o anterior líder nacional do partido, agora derrotado, mas contra os militantes e o novo projeto e líder do partido.

O atual líder distrital Bruno Vitorino do PPD/PSD, foi uma das principais caras da candidatura derrotada, e liderada por Luis Marques Mendes.
A composição dos órgãos distritais deveria espelhar a realidade atual do Partido no Distrito, e não o engajamento de jogadas de votações cozinhadas Concelho a Concelho, que permitem a eleição de lideres de acordo com esses cozinhados, e a sua manutenção em reuniões de Conselhos Distritais, onde essas jogadas se manifestam de forma ainda mais declarada, por via de delegação de voto e inerências de cargos partidários vários, resultantes da distribuição desse mesmo poder de nomear.

Os resultados verificados no passado dia 28 devem espelhar a realidade atual do Partido, e o mais natural será que a candidatura vencedora assuma a necessária responsabilidade de ajudar a também transformar o Distrito de Setúbal, nessa força galvanizadora que o novo presidente tanto apregoa, como a nova imagem de marca para o partido.

Os diversos órgãos distritais do Partido deveriam fazer as adequadas leituras sobre os resultados verificados, e os anseios do novo Presidente, e no próximo Congresso manifestar claramente a sua posição, contra ou a favor da nova liderança, sem necessitarem de vestir outra casaca, como já se verificou por exemplo no Concelho do Barreiro, com a saída de um comunicado feito em cima do joelho e com o único objetivo de se colarem deliberadamente à candidatura vencedora.

Os responsáveis da candidatura vencedora, por seu lado deveriam assumir a responsabilidade desses mesmos resultados, e agirem de acordo com a nova realidade a nível nacional, reformndo obviamente o Distrito em termos de lideranças.

A legitimidade do líder distrital, perde-se na justa medida em que ao apoiar deliberadamente e de modo ostensivo o projeto do candidato derrotado, passou uma certidão de oposição ao novo projeto e ao novo líder.

O mais legitimo em termos de atuação política seria a marcação de eleições antecipadas para os órgãos distritais do Partido em Setúbal, pra dessa forma os militantes assumirem realmente o que querem para o seu distrito.

Obviamente que o atual Presidente Distrital tem todas as condições, e o dever moral de se voltar a candidatar, não tem é a moralidade de se manter á frente de uma estrutura partidária sem receber a devida autorização e aval dos militantes que obviamente pensam agora de forma e modo diferentes em relação ao momento da sua eleição, ainda mais que mostrou de forma clara a sua preferência em termos de projeto e pessoa para dirigir o Partido, com a indicação de voto em Marques Mendes candidato derrotado.

Um ato eleitoral distrital antecipado, deveria ser a medida mais correta, par não deixar duvidas tanto para os militantes, como pra o próprio eleitorado, que quando for chamado a votar, nunca sabe se esta a votar no projeto de Felipe Menezes, ou no projeto local de Marques Mendes, representado por Bruno Vitorino e a sua equipa, metido no meio do projeto nacional.

Um Pais e um Partido não se compadecem com projetos aventureiros e bicéfalos, querem sempre projetos concretos e definidos, por forma a não terem que votar em ambigüidades.

João Massapina – ex-militante e dirigente do PPD/PSD

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