terça-feira, 2 de outubro de 2007
Estrelas sem mãe
Um grupo de astrônomos encontrou evidência de que estrelas estão nascendo não dentro de uma galáxia, como seria o mais comum, mas fora, em uma longa cauda formada pelo seu deslocamento. A descoberta implica que tais estrelas órfãs podem ser muito mais comuns do que se imaginava.
A imagem da cauda, parecida com a de um cometa – só que muito maior –, foi observada por meio da combinação do observatório de raio X Chandra, da Nasa, com o Soar. Localizado no Chile, o Soar é resultado de um consórcio envolvendo instituições norte-americanas, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a FAPESP.
A imagem resultante mostra uma formação que se estende por mais de 200 mil anos-luz. A cauda foi criada a partir do gás liberado pela galáxia ESO 137-001, que está se deslocando rapidamente em direção ao centro do Abell 3627, um impressionante aglomerado de galáxias.
“É uma das mais longas caudas observadas até hoje. E o mais notável é que se trata de uma gigantesca onda de criação e não de destruição”, disse Ming Sun, da Universidade do Estado de Michigan (MSU, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, que liderou a descoberta.
As observações indicam que o gás na cauda tem sido responsável pela formação de milhões de estrelas. Como grandes quantidades de gás e poeira necessárias para a formação de estrelas são geralmente encontradas apenas dentro de galáxias, até agora não se suspeitava que um número tão elevado de estrelas pudesse se formar fora de uma delas.
“Essa não é a primeira vez que se observou estrelas formadas no espaço entre galáxias, mas o número que identificamos não tem precedente”, disse Megan Donahue, também da MSU e outra participante do estudo.
O estudo será publicado na edição de 10 de dezembro do The Astrophysical Journal.
Mais informações: www.nasa.gov/chandra
02/10/2007 - Agência FAPESP
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