sábado, 6 de outubro de 2007

Planeta como a Terra está se formando a 424 anos-luz de distância


Um planeta como a Terra parece estar se formando a cerca de 424 anos-luz de distância. Cientistas do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins descobriram um enorme cinturão de poeira quente, localizado exatamente no lugar deste novo sistema onde poderá existir água caso um planeta rochoso se forme.

O cinturão fica exatamente no meio da "zona habitável" deste novo sistema, mesma posição da Terra em relação ao Sol. Segundo os cientistas, embora ainda esteja em sua "adolescência", o sistema - que tem entre 10 e 16 milhões de anos - tem a idade perfeita para a formação de planetas como a Terra. Além disso, a presença de um anel de gelo externo também faz supor que a água, e portando a vida, poderão em algum momento chegar à superfície deste planeta.

- Se o sistema fosse muito jovem, estaria cheio de gás e formando planetas de gás gigantes, como Júpiter. Se o sistema fosse muito velho, suaa aglutinação ou o agrupamento já teria acontecido e todos os planetas rochosos desse sistema já teriam sido formados - explicou Carey Lisse, da Universidade Johns Hopkins, em artigo no site da instituição.

O cinturão de poeira - encontrado por meio de um telescópio da Nasa e suficiente para formar um planeta do tamanho de marte - é de um tipo que raramente se forma em torno de estrelas como o Sol. De acordo com Lisse, ele é formado por compostos rochosos similares aos que se encontram na crosta terrestre e sulfetos parecidos com os existentes no centro do nosso planeta.

" É emocionante pensar no que está acontecendo "

- É exatamente o que se precisa para fazer uma Terra. É emocionante pensar no que está acontecendo - afirmou Lisse, explicando que as condições para formar um planeta como a Terra vão além de estar no lugar certo e no momento certo, dependendo também de uma combinação de matérias.

Serão necessários mais 100 milhões de anos até que este planeta esteja totalmente formado e mais um bilhão de anos para que surjam os primeiros sinais de vida, segundo Lisse.

O cientista escreveu um artigo que, junto com as imagens capturadas pelo telescópio espacial Spitzer da Nasa, será publicado na próxima edição da revista Astrophysical. O trabalho também será apresentado na próxima semana na conferência da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Americana de Astronomia.

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