segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Ahmadinejad convida Bush para discursar no Irã
TEERÃ - Ahmadinejad foi chamado para participar de uma sessão de perguntas e respostas na Columbia University e enfrentou o questionamento ostensivo do reitor, que o chamou de "ditadorzinho cruel". O presidente falou sobre o histórico dos direitos humanos e de política externa do país do Oriente Médio, assim como negações do Holocausto e pedidos para que Israel seja apagado do mapa por parte do líder persa.
"Se o presidente (Bush) planeja viajar ao Irã, nós permitiremos que ele faça um discurso", disse Ahmadinejad a TV estatal iraniana antes de embarcar para a América Latina nesta semana. Sua mensagem foi ao ar nesta sexta-feira, 28, e reforçou uma prontidão incomum em receber o líder americano, depois de ter cortado relações diplomáticas com o país há mais de 25 anos.
Ahmadinejad reclamou do tratamento recebido pelo reitor de Columbia, afirmando que o seu discurso tinha "muitos insultos" e atingiu "tratamento hostil". Respondendo perguntas apresentadas pela audiência e lidas pelo presidente da Columbia, Ahmadinejad parecia confiante.
Ele disse que não nega o Holocausto, mas questionou porquê os palestinos têm pago há 60 anos por um crime que não cometeram. Ahmadinejad defendeu que é o dever dos acadêmicos pesquisarem sobre todos os assuntos, e perguntou porquê aqueles que querem estudar o Holocausto são presos, numa aparente referência a leis em países europeus proibindo a negação do Holocausto.
Ahmadinejad também reiterou que o programa nuclear iraniano possui fins pacíficos e não tem como objetivo desenvolver armas atômicas.
Os Estados Unidos acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.
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