terça-feira, 27 de maio de 2008

“Só saímos se houver um terramoto”

Frente ribeirinha - José Miguel Júdice mal começou e já anda cheio de dores na sua rica cabecinha
“Só saímos se houver um terramoto”
A história ainda não acabou, mas o desfecho é praticamente irreversível. Entusiasmado por ter sido finalmente nomeado para a empresa que vai reformular a Frente Ribeirinha, em Lisboa, José Miguel Júdice deitou logo os olhos para as magníficas instalações que a Marinha ocupa no histórico edifício que tem frente para o Terreiro do Paço e se estende entre a Ribeira das Naus e a rua do Arsenal.
Com o Tejo bem à frente. Tão contente estava com a ideia que se lembrou logo de falar nela nas primeiras entrevistas que deu. Mas fez mais. Por portas e travessas andou a fazer umas sondagens para perceber o que é que pensavam do assunto os homens da Armada.
‘Correio Indiscreto’ sabe que a matéria não foi ainda objecto de qualquer conversa formal, nem o chefe de Estado-Maior da Armada, que está instalado no edifício, se pronunciou formal ou informalmente. Mas o recado enviado a José Miguel Júdice foi muito claro e praticamente definitivo: "A Marinha está na rua do Arsenal, ou na Ribeira das Naus, como quiserem, desde os tempos de D. Dinis, seguramente desde D. João II, resistiu ao terramoto de 1755 e só sairá daqui se houver um novo terramoto." Ponto final. E siga a Marinha.

António Ribeiro Ferreira, correioindiscreto@correiomanha.pt

Sem comentários: