Portas acusa Sócrates de inércia

Devido à escalada do preço dos combustíveis
Portas acusa Sócrates de inércia
Paulo Portas, líder do CDS-PP, acusou esta quinta-feira o Primeiro-ministro, José Sócrates, de inércia face ao aumento do preço dos combustíveis e as consequências que daí advém, considerando que Portugal está a ser vítima de “fiscojacking”.

José Sócrates “foi pouco firme com as companhias porque sendo evidente que há concertação de preços – a aumentarem à mesma hora, no mesmo dia, no mesmo valor - , o Primeiro-ministro só acordou ao 15.º aumento”, salientou Portas, revelando ter dito a José Sócrates para pedir uma investigação à Autoridade da Concorrência há já três meses.
“Ele (José Sócrates) esperou até Maio para o fazer. Se tivesse seguido os meus conselhos já teria o resultado dessa investigação”, frisou o líder centrista, acrescentando que em 2008 o Estado cobra mais 400 milhões de euros em Imposto Sobre Combustíveis (ISC) do que em 2003.
Portas alertou ainda para que a alta de preços está a tornar-se insuportável, pelo que o Primeiro-ministro tem de actuar"”com flexibilidade”.
“Nós já temos carjacking (roubo violento de automóveis), não precisamos de fiscojacking, que é aquilo que está a acontecer todos os dias", declarou Portas, acrescentando que a escalada de preços “é devastadora para as pequenas e médias empresas, consome o poder de compra da classe média, prejudica os mais desfavorecidos e arrefece ainda mais a economia".

COMENTARIO:

Alguém ainda se recorda que este mesmo Sr. Paulo Sacadura Cabral Portas, foi Ministro, e nessa mesma época aconteceram barbaridades econômicas idênticas, sem que nesse momento se tivesse escutado o mais leve grasnar da sua delicada e preciosa boca.
É fácil ser oposição em Portugal, o difícil mesmo é ser uma oposição com cabeça, tronco e membros, que critique e apresente soluções realísticas. Tirando a proposta da investigação.
Bem entendido que não cabe á oposição apresentar as soluções que o Governo não encontra, mas realmente que proposta concreta tem o líder do Partido Popular, ex-CDS, e atual CDS/PP para apresentar aos portugueses?