Rostos que nunca vi, jacintos murchos cujas sonatas frias me tocaram, estes rostos não quero: eles são breves no desfile das pálpebras cerradas. Penso naqueles outros, familiares rostos de toda a vida. Cataventos da rua ainda sem nome, alagadiço porão da infância, arpejos e trigais, dai-me a ver novamente ou mesmo em sonho, estes semblantes nunca repetidos, graves alguns, mas todos inseridos na memória dos dias voluntários. Cemitério, talvez, dessas lembranças, todas, em mim, são rosas e crianças.
Jorge Tufic
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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