O estudo da história forma e informa, porque a história se repete, obra que é do humor dos humanos, ou da HUMANIDADE, que a cada geração se renova - mas - permanecendo sempre igual a si mesma, porque segue os caprichos das gerações, a evolução das opiniões, a força das ambições, o resultado das revoluções, todas elas cíclicas, periódicas, impulsionadas pelos mesmos argumentos e carregadas pelos mesmos jumentos. Já sentenciava Aristóteles: "O historiador e o poeta, com efeito, não diferem pelo fato de um narrar em prosa e o outro em verso. A verdadeira distinção é a seguinte: um narrao que aconteceu, o outro o que poderia ter acontecido". (Aristóteles, in "Poética", 1451-1451b, II). Mas quem definiu a HISTÓRIA com objectividade foi Cícero, o grande orador e causídico romano da época dos triunviratos. Para ele: "A história era ...testemunha dos tempos...luz da verdade...vida da memória...MESTRA da VIDA...mensageira do passado...". (Cícero, in "Do Orador", II, 9). Apresentamos este "intróito" para enfatizar a importância do conhecimento da história na vida humana, na elaboração de estratégias (de Strategus, general na antiga Grécia), na tomada de decisões, no planeamento (Portugal) ou no planejamento (Brasil) dos governos, cada vez mais infiltrados pelo desconhecimento, pela inexperiência, pela ignorância.
O 15 de Novembro de 1889 (QUE SE CELEBRA HOJE NO BRASIL) é a data em que foi PROCLAMADA a REPÚBLICA no Brasil, e, consequentemente, abolido o regimen monárquico, parece que por obra e graça de generalizado descontentamento, traduzido na ação revolucionária de militares e civis, representantes das mais variadas e heterogêneas facções políticas, tendências idealistas e interesses corporativistas. Em boa verdade, entre as forças que promovem as grandes mudanças, sempre se encontram idealistas ingênuos e interesseiros heterogêneos; corporações apartidárias e facções libertárias; capitais desenvolvimentistas e dinheiros ocultistas; interesses nacionais e bençãos dos cardeais. E tal miscelânea de ideias e ideais, de corporações e currais, de interesses e animais, de dinheiros e capitais, sempre estão presentes em todos os movimentos sociais, quer se trate da recente eleição do presidente Norte-americano, do golpe de Estado do 25 de Abril ou do 15 de Novembro de que estamos escrevendo. Então - como agora - havia e há contentes e descontentes, sisudos e dementes, crentes e descrentes, boas e más gentes. E, quando se trata de mudança sem voto, sempre existem forças, tropas ou gente armada dos dois lados, entre os quais cidadãos que piamente acreditam estar com a RAZÃO, portanto de consciência tranquila!!!.
´Daí resulta a "DANÇA das CADEIRAS", a substituição de "líderes", a troca de governantes - aceites, aclamados ou impostos na ocasião - mas que daí a algum tempo já não satisfazem, já não interessam, já não cumprem, JÁ NÃO PRESTAM!!! Isso ocorreu com o grande Imperador Dom Pedro II, homem bom, erudito, amigo das letras e das artes, sério e honesto, deposto no 15 de novembro; aconteceu com HITLER, paranóico esquizofrénico, louco varrido, assassino de 40 milhões de seres, pois tantos foram os mortos da 2ª guerra mundial; e aconteceu com o regime salazarista, implantado por um católico sincero (mas que deu à PIDE o poder de matar), homem materialmente honesto e autoritário, capaz e eficiente mas retrógrado, derrubado - não pelos jóvens capitães - mas pelo apoio dado pela Nação devido ao desgaste da guerra em África, pelas suas misérias, pelas suas mortes, pelos seus sacrifícios, pelas suas desgraças, contra as quais se uniram os pais dos soldados mortos, estropiados e desaparecidos, as jóvens viúvas que perderam os maridos, vendo os filhos órfãos e desamparados. E, se a união contra SACRIFÍCIOS ou em TORNO de INTERESSES leva os povos a grandes mudanças, É DAÍ que resultam as trocas de cadeiras ou, como lhes chamamos, AS DANÇAS. Daqui concluímos que - ETERNIDADE - só a Espiritual.
JVerdasca
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