A vida tem destas coisas...
Muitas vezes nós temos razão antes de tempo, e isso é visto pelos outros como um fato de autentica loucura, quando na verdade se trata, isso sim, de capacidade premonitória e analise fria e realista das situações e da capacidade ou incapacidade das pessoas.
Em 1991, e já lá vão 19 anos, euzinho que lhes esta a escrever, em carne e osso, disse publicamente, com muitas testemunhas, felizmente ainda vivas, frontalmente na cara de Pedro Passos Coelho, que ele não tinha o mínimo de coerência, competência e credibilidade para dirigir os destinos da JSD – Juventude Social Democrata. Ainda recordo o local exato onde essa conversa decorreu, na Costa da Caparica, em plena campanha eleitoral para as Eleições Legislativas de 1991, que garantiram a 2ª maioria absoluta ao Partido Social Democrata então dirigido pelo Professor Cavaco Silva, e que até hoje se consagraram como o melhor resultado eleitoral alguma vez alcançado pelo Partido Social Democrata no Distrito de Setúbal, e eu tive a honra de pertencer a equipa que dirigiu a nivel distrital essa campanha eleitoral vitoriosa.
Para que nenhuma duvida fique a pairar, em relação ao resultado eleitoral então obtido, basta consultarem os mapas de resultados do ano de 1991, para terem a certeza absoluta de que o PSD ganhou essas eleições por larga margem no Distrito de Setúbal, e que até ao dia de hoje esse é o melhor resultado de sempre ali alcançado por um partido politico.
Mas não estou aqui hoje para falar de resultados eleitorais, mas sim para falar da mais do que manifesta incapacidade governativa de Pedro Passos Coelho.
Aqui neste mesmo espaço, e já a longo tempo, que alerto acerca das inúmeras razões que me levam a não apostar um tostão furado que seja nessa criatura, Pedro Passos Coelho, tanto para dirigir o Partido Social Democrata, e mais ainda para dirigir Portugal, e nada tem que ver com questões de índole pessoal, pois nada me move pessoalmente contra a figura, mas sim, e muito frontalmente de índole unicamente político.
Agora que o ‘povo’ do Partido Social Democrata decidiu apostar nesse ‘rapazola’ sem o mínimo de experiência de gestão, pois nem sequer algum dia foi autarca, ou desempenhou qualquer cargo de gestão governativa, e colocado perante a primeira de muitas atitudes que vão levar os cidadãos a entenderem que trocar um Pinto de Sousa que é manifestamente incompetente e está 'defumado' em inúmeros fumos de corrupção, e jogadas para se manter no poder a qualquer preço, por uma outra criatura que não é mais nem menos do que quase a sua imagem chapada, em nada os vai beneficiar, antes pelo contrário, será o prolongar de uma gestão calamitosa do Partido Socialista por uma gestão desastrosa do Partido Social Democrata.
Se Pedro Santana Lopes teve o tipo de gestão governativa de todos recordada, ainda tinha alguma vantagem a seu favor, pela sua experiência governativa, como Secretário de Estado, e autarca com alguma obra feita tanto na Figueira da Foz como em Lisboa, agora esta criatura nem no 'chiqueiro de porcos' que o seu pai deve ter lá nas brenhas das beiras, alguma vez conseguiu gerir um ‘marrano’ ou um coelho de quatro patas que fosse.
É um produto político deliberadamente fabricado por um grupo de ressabiados do PSD, capitaneados pelo Engº Angelo Correia a que se juntou uma autentica trupe de profissionais desempregados da política, de onde pontificam figuras carismáticas da “chulice” social-democrata, sobejamente conhecidas de quem conhece os meandros do interior do Partido, e que fora da politica não sabem fazer rigorosamente mais nada da, e na, vida.
Pois é...
Meus Caros Amigos, ter razão antes de tempo é terrível.
Olhai para o que acaba de acontecer, logo na primeira oportunidade de tentar sacar alguma coisa do erário publico. A criatura nomeia quase toda a sua equipa partidária, as custas do Orçamento de Estado, colocando essas insignes personalidades como assessores fantasmas no Parlamento Nacional, a receberem diretamente do orçamento do Parlamento Nacional, mas a trabalharem a tempo inteiro na São Caetano a Lapa, tendo como patrão na realidade o Partido Social Democrata, e como pagador o Estado Português, ou seja: todos os portugueses, sejam eles ou não social democratas tem que gramar o pagamento de uma “trupe” circense que atua vestida de laranja, mas que é paga por cerca de 12 milhões de autênticos “palhaços”, e digo “palhaços” pois realmente essa é a triste figura que os portugueses estão a fazer perante o fato comprovado e documentado das referidas nomeações, e da forma como estas foram descaradamente feitas.
Imaginem então agora vocês, o que pode um dia acontecer se este senhor, Pedro Passos Coelho, conseguir ganhar uma eleição legislativa, e ser nomeado primeiro ministro.
Imaginem bem!!!
Imaginem só, as inúmeras possibilidades de acoitamento e distribuição de cargos, nomeações, beneces, e todo o gênero de contrapartidas aos seus amigalhaços e correligionários políticos.
Imaginem as mais que inúmeras oportunidades...
Portugal já não esta de tanga como dizia o outro...
Portugal já está é completamente nu, e a sua classe política, tanto no governo como na oposição, já não mostra o mínimo de pudor em saquear a vista de todos, o mais que puder, e de onde for possível, para se orientar enquanto é tempo...
Este é só mais um aviso, na sequência dos muitos que fui deixando, e dos muitos que serei obrigado, por certo, a volta aqui a lançar... acerca de um nome que ninguém deve esquecer, e reter muito seriamente na memória:
Pedro Passos Coelho, não serve para o Partido Social Democrata, e muito menos serve aos desígnios de Portugal!
Agora vão dizer vocês, e muito bem...
Mas e as sondagem que saíram ainda a poucas horas, e dão o Partido Social Democrata a beira da maioria absoluta... não lhe dizem nada...
Pois claro que dizem, e só podem dar um resultado desses, e nada tem que ver com ser Pedro Passos Coelho o actual líder do partido, antes pelo contrário, e ainda bem que elas apontam nesse sentido, pois dessa forma pode ser que o Partido Socialista e o senhor Pinto de Sousa acordem para a mais dura das realidades, e que por seu lado o Partido Social Democrata tenha a plena consciência do grave erro que cometeu, ao não deixar amadurecer Manuela Ferreira Leite, e que não pode embandeirar em arco, ou tentar cavalgar por sobre sondagem exageradamente positivas, para tentar forçar um assalto deliberado ao poder...
Se bem conheço a maioria desta rapaziada que se encontra acantonada na São Caetano a Lapa, colocados perante este tipo de sondagem, vão querer no imediato encurralar o Presidente da Republica, para que demita o governo, rapido e em força, se possivel legalmente até antes das presidenciais, para que possam tentar sentar-se nas cadeiras do poder...
Não tenho agora, a esta hora a que escrevo, possibilidades de confirmar se existe legalmente e constitucionalmente ainda possibilidade para que Cavaco Silva avance para essa saida. Mas podem acreditar que se ela for possivel, eles por todas as formas a vão tentar forçar.
Quanto aos resultados da recente sondagem, que dão o Partido Social Democrata no limiar de uma maioria absoluta:
Estes resultados traduzem claramente duas coisas importantes a ter em conta.
Uma – O Partido Socialista, do senhor Pinto de Sousa, está deveras desgastado, e os portugueses decidem penalizar a sua atuação desta forma frontal...
Duas – O Partido Social Democrata esta a receber os resultados da sementeira feita por Manuela Ferreira Leite, em termos de credibilidade e competência técnica, e por outro lado a ser bafejado pela boa maré de penalização nacional do Partido Socialista, que leva os portugueses a por um lado penalizar politicamente o partido no poder, e por outro a agarrar-se a qualquer hipótese de esperança, nem que para isso tenham que arriscar uma saida do confessionário do Judas para uma entrada no autentico inferno da mais alta incompetência e da mais profunda mediocridade.
Que ninguém se iluda com cantos de sereias dançarinas e cantoras de fado, pois aquilo que uns estão a fazer é o possível perante o estado a que conduziram Portugal, e aquilo que os outros se querem propor a fazer será manifestamente ainda pior em termos de resultados com o que temos hoje, face aquilo que já estão a demonstrar ser capazes, e as soluções que estão a começar a apontar.
Portugal entrou numa espiral de crise, da qual só “TALVEZ” será algum dia capaz de sair com uma gestão organizada, criteriosa, frontal, e sem o mínimo de duvidas ou incertezas nas decisões a tomar perante as necessidades reais do País, e não pode continuar entregue a aprendizes de feiticeiro que deliberadamente querem continuar a massacrar os cidadãos com subidas de impostos, penalizações sociais, desemprego, destruição do sector produtivo, afugentamento de investidores externos, falta de visão nas políticas de relacionamento comercial com o exterior, massacre dos pequenos e médios agricultores, dos industriais e comerciantes.
Quem sonha poder ver um Portugal diferente, com Pedro Passos Coelho na frente dos destinos da Nação, desde já se pode esquecer do êxito desse desígnio, pois quem não é capaz sequer de governar a sua casa, jamais será capaz de governar um País de 12 milhões...
Prometo regressar muito em breve, pois o tema promete!!!
“João Massapina”
sábado, 29 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
O atestado médico por José Ricardo Costa
Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficarcom faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la.
A questão agora é: como justificá-la?
Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico.
Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.
Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.
O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.
Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.
Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.
O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.
Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.
Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal.
Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado.
Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.
Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza.
Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.
Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficarcom faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la.
A questão agora é: como justificá-la?
Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico.
Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.
Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.
O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.
Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.
Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.
O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.
Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.
Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal.
Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado.
Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.
Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza.
Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.
Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Portugal vai pagar imenso até 2013! Depois ainda mais...
Uma optima leitura da catastrofica situação de Portugal no ano 2010... e o que se lhe vai seguir!
Em média, o Estado português vai endividar-se a um ritmo diário de €30 milhões até ao final de 2013. São mais €44,2 mil milhões de dívida pública total entre 2010 e 2013. As contas são do BPI, num estudo a publicar em breve, onde actualiza as projecções de endividamento público já com as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo. Dentro de três anos, a dívida estará acima dos 200 mil milhões e, se nada for feito, ultrapassa 600 mil milhões em 2040.
Esta factura inclui não apenas dívida directa do Estado, mas também empresas públicas, regiões autónomas e municípios. São tidas em conta as parcerias público-privadas e as privatizações.
Pelas contas do BPI, o novo pacote de consolidação orçamental apenas retira cerca de €4800 milhões ao endividamento até 2013, o horizonte do programa de estabilidade e crescimento (PEC) que o Governo apresentou em Bruxelas e que já foi obrigado a reforçar. O PEC já tinha cortado ao endividamento previsto €22 mil milhões, o que, com as novas medidas, soma assim €26,8 mil milhões.
É por isso que muitos especialistas já alertaram que, mais tarde ou mais cedo, o Governo vai ter que voltar a tomar medidas. Até porque, pelas contas do banco liderado por Fernando Ulrich, que esta semana teve declarações alarmantes sobre a situação financeira portuguesa, se nada mais for feito, a dívida total imputável ao Estado pode chegar a 2020 próximo dos 120% do produto interno bruto (PIB).
"Se o quadro económico se mantiver como está serão necessárias medidas adicionais", garante Cristina Casalinho. Para a economista-chefe do BPI, as medidas são essencialmente do lado da receita e para haver sustentabilidade é necessário cortar na despesa.
Nesta altura, à parte da questão da sustentabilidade da dívida propriamente dita, há um problema de financiamento que agravou as taxas de juro da dívida pública na zona euro e que ainda está longe de ser ultrapassado. O Banco Central Europeu começou a intervir no mercado, comprando dívida para baixar os juros, mas os receios continuam. E com o mercado assim, os encargos dos Estados disparam sempre que fazem novas emissões de dívida para financiar os défices ou para pagar títulos que chegam à maturidade.
E as consequências estendem-se a toda a economia, a começar nos bancos, que têm a função de financiar a economia e que estão a ter cada vez mais dificuldades em aceder ao crédito. Na primeira semana de Maio, o mercado monetário quase secou - os bancos não queriam emprestar uns aos outros, preferindo fazer depósitos a uma taxa de apenas 0,25% junto do BCE - e o sentimento é que se vive no fio da navalha.
Para já, não se conhecem ainda os estragos que este pacote vai ter no crescimento, mas tendo em conta que as previsões apontam para umas décimas este ano, na melhor das hipóteses poderá haver uma estagnação. Mas os agentes económicos têm a sua própria psicologia - nem sempre racional - que não se consegue prever totalmente. E €44,2 mil milhões assustam muito.
Falta de emprego atinge recorde
O número de desempregados que passou à reforma por não ter emprego cresceu mais de dez vezes desde 2009.
O desemprego em Portugal atingiu no primeiro trimestre um nível histórico. De acordo com as séries do Instituto Nacional de Estatística que começam em 1983, nunca tinha havido uma taxa de dois dígitos antes do quarto trimestre do ano passado quando chegou a 10,1%. E nos primeiros três meses deste ano voltou a subir para 10,6%.
Um número recorde, principalmente quando se transforma em número de pessoas sem emprego: 592,2 mil. E o cenário é ainda mais preocupante quando se analisam com detalhe os dados.
O primeiro sinal de alerta é o facto dos inactivos disponíveis (pessoas que estão disponíveis para trabalhar mas não procuraram emprego nas três semanas antes do inquérito do INE) e os inactivos desencorajados (pessoas disponíveis para trabalhar mas que desistiriam de procurar) somarem mais de 100 mil pessoas. Estes elevam a taxa de desemprego real para 13,6%.
Este nível de desemprego histórico pode não ficar por aqui, já que o crescimento previsto para este ano é fraco (0,4% segundo o Banco de Portugal) e com o aperto de cinto imposto pelo Governo a economia pode mesmo voltar a entrar em recessão.
Outro sinal de aviso é o desemprego de longa duração, ou seja, as pessoas que estão sem emprego há mais de 12 meses, que subiu para 5,4% no primeiro trimestre do ano. São já cerca de metade do total de desempregados e uma grande fatia não tem trabalho há mais de dois anos.
Para muitos trabalhadores mais velhos que perderam o emprego a saída muitas vezes é a reforma. Na realidade, como o Expresso referia na última edição citando números do economista Pedro Portugal, 40% dos desempregados não voltam a trabalhar. E neste aspecto, os mais velhos, com menos formação e ligados a actividades com maior destruição de emprego, são quem mais sofre.
Entre Janeiro de 2009 e Março deste ano, de acordo com a última informação disponível da Segurança Social, o número dos que passaram à reforma por motivo de desemprego aumentou mais de dez vezes. No início do ano passado eram 754, agora são 8530.
Uma das consequências imediatas do desemprego é a incapacidade de pagar créditos, o que explica grande parte do crédito malparado dos bancos que voltou a subir em Abril. J.S.
O lado negro da crise
10,6%
foi a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2010
13,6%
é a taxa real de desemprego se se contarem os inactivos que não procuraram emprego mas que estão desempregados
359
mil pessoas é o número de desempregados actualmente a receber subsídio de desemprego num total de 592 mil, segundo o INE, ou de 570 mil inscritos nos centros de emprego de acordo com o Instituto de Emprego
Sinais de alerta
Desemprego de longa duração (mais de 12 meses) já é mais de metade do total;
66 mil pessoas queriam trabalhar mais horas e não conseguem;
Mais de 100 mil desempregados considerados inactivos (disponíveis e desencorajados) que não procuraram emprego;
Algarve (13,6%) e Alentejo (11,1%) têm as maiores taxas;
Só 40% dos desempregados vivem do subsídio;
1/3 dos desempregados não recorre aos centros de emprego;
134,7 mil pessoas trabalham por menos de €310/mês;
Contratos sem termo foram os únicos a descer em 2010;
305,5 mil têm dois empregos;
Reformados por motivo de desemprego disparam 10 vezes
Os próximos buracos que aí vêm
São três os buracos nas contas públicas que cativam o futuro: as empresas municipais, as empresas públicas e as PPP.
São três os "buracos" na economia portuguesa que ameaçam aumentar a dívida pública a partir de 2014, sustentam dois ex-ministros das Finanças: as Parcerias Público-Privadas (PPP), as empresas públicas e as empresas municipais. Neste momento, a dívida pública total está calculada em 98,3% do PIB, mas um estudo do BPI estima que atinja os 112,1% em 2013.
Nas PPP, seis subconcessões rodoviárias estão contratualizadas (Douro Interior, AE Transmontana, Baixo Tejo, Baixo Alentejo, Litoral Oeste, Algarve Litoral) e duas estão a concurso (Centro e Pinhal Interior); três hospitais já têm contrato (Loures, Braga e Cascais) e seis estão no projecto (Vila Franca, Beja, Lisboa, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde e Faro).
Ora, refere João Salgueiro, ex-ministro das Finanças, no Governo de Pinto Balsemão, a obra "ficaria mais barata feita pelo Estado". Contudo, o mais grave é que os custos das contratualizações, "em que o Estado assume todos os riscos", vão aumentar a dívida pública depois de 2014, "altura em que começam a ser pagas". João Salgueiro metaforiza: "Avançar com algumas obras é como estar à beira do desemprego e decidir comprar um Ferrari" e dá o exemplo do TGV: "Dizer que o comboio de alta velocidade não vai pesar porque é financiado em 30% pelo Banco Central Europeu é esquecer que é o Estado que vai pagar".
Eduardo Catroga, ex-ministro de Cavaco Silva, critica "os poderes políticos" que recorreram a esta "engenharia financeira que hipoteca o futuro com encargos vultuosos" e que "leva os bancos nacionais, num contexto de crédito limitado, a optarem por projectos sem risco" em detrimento "dos projectos empresariais, mais importantes para a competitividade da economia".
Catroga critica ainda as empresas municipais e regionais que mantêm "uma dívida financeira" apenas suportada com o "endividamento". Sempre com "o Estado como garantia", acrescenta João Salgueiro. A estas juntam-se as empresas públicas, algumas "tecnicamente falidas", diz Eduardo Catroga. Só na área dos transportes (CP, Fertagus, metros do Porto e Lisboa) "acumulam-se prejuízos" e calcula-se que a dívida, a partir de 2013, "represente cerca de 20 mil milhões de euros", cerca de 12% do PIB de 2008, sustenta o economista.
Portugal está há mais de uma década em declínio e continuará em regressão por mais outra década, tais têm sido os erros de governação acumulados em sucessivos governos incompetentes ! E quanto a "accountability" ?! Nada, Zero...ninguém é responsabilizado nem mesmo nas urnas, o que para alguns poderá ser caricato mas não admira tal é o grau de iliteracia do eleitorado em geral.
Portugal continuará a divergir continuada e sustentadamente do clube desenvolvido da UE, o que significa que o nível de vida das populações medido em paridades do poder de compra regredirá inexoravelmente!
E o pior é que os responsáveis políticos néscios e incompetentes continuam a insistir nos mesmos erros e no mesmo modelo estatizante que tem priviligiado a sobrevivência de EPs ,PPPs, empresas municipais, fundações,etc...a gravitar em volta do OGE.
Custa ser o arauto da desgraça, mas parece que estamos no princípio do fim...
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Jo Sparrow
Em média, o Estado português vai endividar-se a um ritmo diário de €30 milhões até ao final de 2013. São mais €44,2 mil milhões de dívida pública total entre 2010 e 2013. As contas são do BPI, num estudo a publicar em breve, onde actualiza as projecções de endividamento público já com as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo. Dentro de três anos, a dívida estará acima dos 200 mil milhões e, se nada for feito, ultrapassa 600 mil milhões em 2040.
Esta factura inclui não apenas dívida directa do Estado, mas também empresas públicas, regiões autónomas e municípios. São tidas em conta as parcerias público-privadas e as privatizações.
Pelas contas do BPI, o novo pacote de consolidação orçamental apenas retira cerca de €4800 milhões ao endividamento até 2013, o horizonte do programa de estabilidade e crescimento (PEC) que o Governo apresentou em Bruxelas e que já foi obrigado a reforçar. O PEC já tinha cortado ao endividamento previsto €22 mil milhões, o que, com as novas medidas, soma assim €26,8 mil milhões.
É por isso que muitos especialistas já alertaram que, mais tarde ou mais cedo, o Governo vai ter que voltar a tomar medidas. Até porque, pelas contas do banco liderado por Fernando Ulrich, que esta semana teve declarações alarmantes sobre a situação financeira portuguesa, se nada mais for feito, a dívida total imputável ao Estado pode chegar a 2020 próximo dos 120% do produto interno bruto (PIB).
"Se o quadro económico se mantiver como está serão necessárias medidas adicionais", garante Cristina Casalinho. Para a economista-chefe do BPI, as medidas são essencialmente do lado da receita e para haver sustentabilidade é necessário cortar na despesa.
Nesta altura, à parte da questão da sustentabilidade da dívida propriamente dita, há um problema de financiamento que agravou as taxas de juro da dívida pública na zona euro e que ainda está longe de ser ultrapassado. O Banco Central Europeu começou a intervir no mercado, comprando dívida para baixar os juros, mas os receios continuam. E com o mercado assim, os encargos dos Estados disparam sempre que fazem novas emissões de dívida para financiar os défices ou para pagar títulos que chegam à maturidade.
E as consequências estendem-se a toda a economia, a começar nos bancos, que têm a função de financiar a economia e que estão a ter cada vez mais dificuldades em aceder ao crédito. Na primeira semana de Maio, o mercado monetário quase secou - os bancos não queriam emprestar uns aos outros, preferindo fazer depósitos a uma taxa de apenas 0,25% junto do BCE - e o sentimento é que se vive no fio da navalha.
Para já, não se conhecem ainda os estragos que este pacote vai ter no crescimento, mas tendo em conta que as previsões apontam para umas décimas este ano, na melhor das hipóteses poderá haver uma estagnação. Mas os agentes económicos têm a sua própria psicologia - nem sempre racional - que não se consegue prever totalmente. E €44,2 mil milhões assustam muito.
Falta de emprego atinge recorde
O número de desempregados que passou à reforma por não ter emprego cresceu mais de dez vezes desde 2009.
O desemprego em Portugal atingiu no primeiro trimestre um nível histórico. De acordo com as séries do Instituto Nacional de Estatística que começam em 1983, nunca tinha havido uma taxa de dois dígitos antes do quarto trimestre do ano passado quando chegou a 10,1%. E nos primeiros três meses deste ano voltou a subir para 10,6%.
Um número recorde, principalmente quando se transforma em número de pessoas sem emprego: 592,2 mil. E o cenário é ainda mais preocupante quando se analisam com detalhe os dados.
O primeiro sinal de alerta é o facto dos inactivos disponíveis (pessoas que estão disponíveis para trabalhar mas não procuraram emprego nas três semanas antes do inquérito do INE) e os inactivos desencorajados (pessoas disponíveis para trabalhar mas que desistiriam de procurar) somarem mais de 100 mil pessoas. Estes elevam a taxa de desemprego real para 13,6%.
Este nível de desemprego histórico pode não ficar por aqui, já que o crescimento previsto para este ano é fraco (0,4% segundo o Banco de Portugal) e com o aperto de cinto imposto pelo Governo a economia pode mesmo voltar a entrar em recessão.
Outro sinal de aviso é o desemprego de longa duração, ou seja, as pessoas que estão sem emprego há mais de 12 meses, que subiu para 5,4% no primeiro trimestre do ano. São já cerca de metade do total de desempregados e uma grande fatia não tem trabalho há mais de dois anos.
Para muitos trabalhadores mais velhos que perderam o emprego a saída muitas vezes é a reforma. Na realidade, como o Expresso referia na última edição citando números do economista Pedro Portugal, 40% dos desempregados não voltam a trabalhar. E neste aspecto, os mais velhos, com menos formação e ligados a actividades com maior destruição de emprego, são quem mais sofre.
Entre Janeiro de 2009 e Março deste ano, de acordo com a última informação disponível da Segurança Social, o número dos que passaram à reforma por motivo de desemprego aumentou mais de dez vezes. No início do ano passado eram 754, agora são 8530.
Uma das consequências imediatas do desemprego é a incapacidade de pagar créditos, o que explica grande parte do crédito malparado dos bancos que voltou a subir em Abril. J.S.
O lado negro da crise
10,6%
foi a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2010
13,6%
é a taxa real de desemprego se se contarem os inactivos que não procuraram emprego mas que estão desempregados
359
mil pessoas é o número de desempregados actualmente a receber subsídio de desemprego num total de 592 mil, segundo o INE, ou de 570 mil inscritos nos centros de emprego de acordo com o Instituto de Emprego
Sinais de alerta
Desemprego de longa duração (mais de 12 meses) já é mais de metade do total;
66 mil pessoas queriam trabalhar mais horas e não conseguem;
Mais de 100 mil desempregados considerados inactivos (disponíveis e desencorajados) que não procuraram emprego;
Algarve (13,6%) e Alentejo (11,1%) têm as maiores taxas;
Só 40% dos desempregados vivem do subsídio;
1/3 dos desempregados não recorre aos centros de emprego;
134,7 mil pessoas trabalham por menos de €310/mês;
Contratos sem termo foram os únicos a descer em 2010;
305,5 mil têm dois empregos;
Reformados por motivo de desemprego disparam 10 vezes
Os próximos buracos que aí vêm
São três os buracos nas contas públicas que cativam o futuro: as empresas municipais, as empresas públicas e as PPP.
São três os "buracos" na economia portuguesa que ameaçam aumentar a dívida pública a partir de 2014, sustentam dois ex-ministros das Finanças: as Parcerias Público-Privadas (PPP), as empresas públicas e as empresas municipais. Neste momento, a dívida pública total está calculada em 98,3% do PIB, mas um estudo do BPI estima que atinja os 112,1% em 2013.
Nas PPP, seis subconcessões rodoviárias estão contratualizadas (Douro Interior, AE Transmontana, Baixo Tejo, Baixo Alentejo, Litoral Oeste, Algarve Litoral) e duas estão a concurso (Centro e Pinhal Interior); três hospitais já têm contrato (Loures, Braga e Cascais) e seis estão no projecto (Vila Franca, Beja, Lisboa, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde e Faro).
Ora, refere João Salgueiro, ex-ministro das Finanças, no Governo de Pinto Balsemão, a obra "ficaria mais barata feita pelo Estado". Contudo, o mais grave é que os custos das contratualizações, "em que o Estado assume todos os riscos", vão aumentar a dívida pública depois de 2014, "altura em que começam a ser pagas". João Salgueiro metaforiza: "Avançar com algumas obras é como estar à beira do desemprego e decidir comprar um Ferrari" e dá o exemplo do TGV: "Dizer que o comboio de alta velocidade não vai pesar porque é financiado em 30% pelo Banco Central Europeu é esquecer que é o Estado que vai pagar".
Eduardo Catroga, ex-ministro de Cavaco Silva, critica "os poderes políticos" que recorreram a esta "engenharia financeira que hipoteca o futuro com encargos vultuosos" e que "leva os bancos nacionais, num contexto de crédito limitado, a optarem por projectos sem risco" em detrimento "dos projectos empresariais, mais importantes para a competitividade da economia".
Catroga critica ainda as empresas municipais e regionais que mantêm "uma dívida financeira" apenas suportada com o "endividamento". Sempre com "o Estado como garantia", acrescenta João Salgueiro. A estas juntam-se as empresas públicas, algumas "tecnicamente falidas", diz Eduardo Catroga. Só na área dos transportes (CP, Fertagus, metros do Porto e Lisboa) "acumulam-se prejuízos" e calcula-se que a dívida, a partir de 2013, "represente cerca de 20 mil milhões de euros", cerca de 12% do PIB de 2008, sustenta o economista.
Portugal está há mais de uma década em declínio e continuará em regressão por mais outra década, tais têm sido os erros de governação acumulados em sucessivos governos incompetentes ! E quanto a "accountability" ?! Nada, Zero...ninguém é responsabilizado nem mesmo nas urnas, o que para alguns poderá ser caricato mas não admira tal é o grau de iliteracia do eleitorado em geral.
Portugal continuará a divergir continuada e sustentadamente do clube desenvolvido da UE, o que significa que o nível de vida das populações medido em paridades do poder de compra regredirá inexoravelmente!
E o pior é que os responsáveis políticos néscios e incompetentes continuam a insistir nos mesmos erros e no mesmo modelo estatizante que tem priviligiado a sobrevivência de EPs ,PPPs, empresas municipais, fundações,etc...a gravitar em volta do OGE.
Custa ser o arauto da desgraça, mas parece que estamos no princípio do fim...
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Jo Sparrow
sábado, 22 de maio de 2010
A Beleza e a Feiúra
Começo citando o nosso poetinha Vinicius de Morais: “As feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental”. Assim, “Se o olho não admira, o coração não deseja”. Por essa razão é que “A feiúra é o grande aliado da castidade” e “Mulher bonita já nasce noiva”.
Nada mais prático e prazeroso fazer esse tipo de comentário sobre o estonteante tema acima, quando se recorre alguns provérbios (fonte de sabedoria popular - das ruas) que expressam sentenças com aquele toque mágico de perspicácia e de bom humor.
Se “Marido de mulher feia detesta feriado”, em compensação vive tranqüilo, uma vez que “Casa de mulher feia não precisa de fechadura” e “Marido de mulher feia vive sossegado”. Por outro lado, não se case com mulher bonita: “Quem avisa amigo é”. Se já casou, “Errar é humano”.
Não conformado com os atributos da bonitinha, a feiosa foi logo advertindo: “Quem vê cara não vê coração”, “Procure enxergar além do sorriso” e, ainda, “Pela capa não se conhece o livro”.
Tinha um amigo (do colegial) simpático e de humor gaiato que dizia que “A beleza é passageira, mas a feiúra sempre dura”. E discordava daqueles que achavam que a roupa dava um toque diferente à beleza: “Mas eu prefiro a Vera Fischer nua ao General Figueiredo em uniforme de gala”.
Opa! Aos desesperados que correm alucinadamente atrás da mulher bonita, vai aqui um recado: “Mulher é como sombra: se aproximamos, ela se afasta; se afastamos, ela se aproxima”.
Por um acaso, alguma coisa sair errado, diante de uma aventura amorosa, apele para o trivial argumento de que “Filho feio não tem pai”. “Filho bonito tem muitos pais, mas filho feio não tem nem mãe”.
Dizem, ainda, que a feiúra e a beleza são absolutamente relativas. Dependem dos olhos de quem vê e do seu grau de miopia. Mas não é só isso. Chega um momento na vida em que vemos a beleza sob outras formas que não só física. O astral da pessoa, o caráter, a simpatia ou a conta bancária.
Aos “desengraçados” (feio e feia) não precisam se constranger. Mantenham a calma: “Quando Deus erra, o costureiro conserta”. Não têm outra escolha, a não ser procurarem urgentemente o nosso famoso “costureiro” Dr.Ivo Pitanguy ou um de seus discípulos. Afinal, “O dinheiro esconde a feiúra”.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Nada mais prático e prazeroso fazer esse tipo de comentário sobre o estonteante tema acima, quando se recorre alguns provérbios (fonte de sabedoria popular - das ruas) que expressam sentenças com aquele toque mágico de perspicácia e de bom humor.
Se “Marido de mulher feia detesta feriado”, em compensação vive tranqüilo, uma vez que “Casa de mulher feia não precisa de fechadura” e “Marido de mulher feia vive sossegado”. Por outro lado, não se case com mulher bonita: “Quem avisa amigo é”. Se já casou, “Errar é humano”.
Não conformado com os atributos da bonitinha, a feiosa foi logo advertindo: “Quem vê cara não vê coração”, “Procure enxergar além do sorriso” e, ainda, “Pela capa não se conhece o livro”.
Tinha um amigo (do colegial) simpático e de humor gaiato que dizia que “A beleza é passageira, mas a feiúra sempre dura”. E discordava daqueles que achavam que a roupa dava um toque diferente à beleza: “Mas eu prefiro a Vera Fischer nua ao General Figueiredo em uniforme de gala”.
Opa! Aos desesperados que correm alucinadamente atrás da mulher bonita, vai aqui um recado: “Mulher é como sombra: se aproximamos, ela se afasta; se afastamos, ela se aproxima”.
Por um acaso, alguma coisa sair errado, diante de uma aventura amorosa, apele para o trivial argumento de que “Filho feio não tem pai”. “Filho bonito tem muitos pais, mas filho feio não tem nem mãe”.
Dizem, ainda, que a feiúra e a beleza são absolutamente relativas. Dependem dos olhos de quem vê e do seu grau de miopia. Mas não é só isso. Chega um momento na vida em que vemos a beleza sob outras formas que não só física. O astral da pessoa, o caráter, a simpatia ou a conta bancária.
Aos “desengraçados” (feio e feia) não precisam se constranger. Mantenham a calma: “Quando Deus erra, o costureiro conserta”. Não têm outra escolha, a não ser procurarem urgentemente o nosso famoso “costureiro” Dr.Ivo Pitanguy ou um de seus discípulos. Afinal, “O dinheiro esconde a feiúra”.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
terça-feira, 18 de maio de 2010
Uma anedota
Com o Governo à deriva e a oposição a reboque, este País parece, cada vez mais, uma anedota de que não dá vontade de rir.
A semana passada confirmou o óbvio: num País à beira da bancarrota, deixámos de ter um Governo nacional para nos transformarmos num protectorado da União Europeia, dependentes das imposições orçamentais da sra. Merkel e do sr. Sarkozy que, em dois fatídicos dias, deitaram por terra os delírios megalómanos com que o eng. Sócrates tem vindo a entreter o País e a sua proverbial teimosia. Poder-se--ia esperar que este simples facto – que alguns saúdam com despropositado optimismo – introduzisse, entre nós, um módico de realismo e de bom senso, capaz de inverter o caminho sem retorno em que nos vamos progressivamente afundando. Mas isso seria, obviamente, esperar de mais de um Governo, que já não existe enquanto tal, e de uma Oposição que se deixou enredar num acordo que nega o essencial do seu discurso e hipoteca a existência de uma verdadeira alternativa a um modelo socialista que sempre privilegiou a despesa do Estado em detrimento do esforço dos contribuintes.
Não vale a pena perder tempo a enumerar tudo o que foi dito, nos últimos tempos, pelo eng. Sócrates e pelo dr. Passos Coelho sobre o aumento de impostos que, agora, e graças à frutuosa colaboração entre os dois, se abateu, de forma brutal, sobre todos os portugueses. Há muito que o Governo, encurralado entre as fantasias do chefe e os constrangimentos da realidade, tem vindo a dizer o mesmo e o seu contrário: sobre o aumento dos impostos, a realização das grandes Obras Públicas ou a importância dos apoios sociais, tendo como pano de fundo um discurso esquizofrénico onde o País ora se apresenta como um poço de dificuldades ora irradia luminosamente a salvo da crise e das suas consequências.
O dr. Passos Coelho, por sua vez, depois de ter engolido todas as críticas que fez à dra. Ferreira Leite, vem agora, depois de ter patrocinado o maior assalto ao contribuinte de que há memória, ensaiar um pedido de desculpas patético que o transforma no primeiro líder da Oposição a conseguir dar o dito por não dito antes mesmo de chegar ao Governo. E isto sem ter garantido, como afirma, qualquer corte substancial na despesa do Estado e sem se perceber bem que garantias lhe deu o Governo em matéria de Obras Públicas, numa altura em que secretários de Estado e ministros se contradizem diariamente sobre o adiamento dos investimentos públicos. Com o Governo à deriva, a Oposição a reboque e o Presidente da República entretido com o casamento dos homossexuais, este País parece, cada vez mais, uma anedota de que não dá vontade de rir.
“Constança Cunha e Sá”
A semana passada confirmou o óbvio: num País à beira da bancarrota, deixámos de ter um Governo nacional para nos transformarmos num protectorado da União Europeia, dependentes das imposições orçamentais da sra. Merkel e do sr. Sarkozy que, em dois fatídicos dias, deitaram por terra os delírios megalómanos com que o eng. Sócrates tem vindo a entreter o País e a sua proverbial teimosia. Poder-se--ia esperar que este simples facto – que alguns saúdam com despropositado optimismo – introduzisse, entre nós, um módico de realismo e de bom senso, capaz de inverter o caminho sem retorno em que nos vamos progressivamente afundando. Mas isso seria, obviamente, esperar de mais de um Governo, que já não existe enquanto tal, e de uma Oposição que se deixou enredar num acordo que nega o essencial do seu discurso e hipoteca a existência de uma verdadeira alternativa a um modelo socialista que sempre privilegiou a despesa do Estado em detrimento do esforço dos contribuintes.
Não vale a pena perder tempo a enumerar tudo o que foi dito, nos últimos tempos, pelo eng. Sócrates e pelo dr. Passos Coelho sobre o aumento de impostos que, agora, e graças à frutuosa colaboração entre os dois, se abateu, de forma brutal, sobre todos os portugueses. Há muito que o Governo, encurralado entre as fantasias do chefe e os constrangimentos da realidade, tem vindo a dizer o mesmo e o seu contrário: sobre o aumento dos impostos, a realização das grandes Obras Públicas ou a importância dos apoios sociais, tendo como pano de fundo um discurso esquizofrénico onde o País ora se apresenta como um poço de dificuldades ora irradia luminosamente a salvo da crise e das suas consequências.
O dr. Passos Coelho, por sua vez, depois de ter engolido todas as críticas que fez à dra. Ferreira Leite, vem agora, depois de ter patrocinado o maior assalto ao contribuinte de que há memória, ensaiar um pedido de desculpas patético que o transforma no primeiro líder da Oposição a conseguir dar o dito por não dito antes mesmo de chegar ao Governo. E isto sem ter garantido, como afirma, qualquer corte substancial na despesa do Estado e sem se perceber bem que garantias lhe deu o Governo em matéria de Obras Públicas, numa altura em que secretários de Estado e ministros se contradizem diariamente sobre o adiamento dos investimentos públicos. Com o Governo à deriva, a Oposição a reboque e o Presidente da República entretido com o casamento dos homossexuais, este País parece, cada vez mais, uma anedota de que não dá vontade de rir.
“Constança Cunha e Sá”
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Carta Aberta ao Senhor Manuel Alegre de Melo Duarte, Candidato a Presidente da Republica de Portugal, e dos Algarves, que não alarves
Exmo Senhor
Manuel Alegre de Melo Duarte
Mais do que conhecida criatura portuguesa, designadamente por meio das designações como Manuel Alegre, Poeta, Radialista, Advogado, ex-Deputado, ex-Vice-Presidente da Assembléia da Republica, co-fundador do Partido Socialista, (novamente) Candidato a Presidente da Republica de Portugal, e tantas outras coisas mais, que não vem agora a importar muito para a lide em questão.
Apresentando desde já os meus respeitosos préstimos, que não cumprimentos a Vossa Senhoria, começo por desde já lhe dizer, meu Caro Senhor que jamais posso ser incluído no rol daqueles portugueses que descaradamente em jeito de arruaça propagandística eleitoreira desafia e apelida de ‘cobardes’ por se esconderem detrás do anonimato, porquanto eu sou um cidadão nascido em Lisboa no dia 17 de Janeiro de 1962, que tem documento de cidadania portuguesa com o numero de bilhete de identidade 6266610, emitido pelo arquivo de identificação de Lisboa, e fui registrado com o mesmo nome que até hoje ostento, e não o mudei nem mudei de sexo, aproveitando alguma das leis que Vossa Senhoria fez o grande favor de empenhadamente trabalhar na Assembléia da Republica, nas suas horas vagas em que por lá se passei, pago pelo dinheiro de todos nós que pagamos impostos, ou seja; quem lhe está a escrever esta missiva é nada mais nada menos que José João Massapina Antunes da Silva, um cidadão livre, como qualquer outro cidadão português, e com os seus deveres fiscais em dia.
Portanto; muito mal vai Vossa Senhoria no inicio da caminhada de uma candidatura presidencial, em que se apresenta mascarado de candidato supra partidário, embora o ar se sinta empestado com a sua conotação política, quando começa desde logo por atacar os portugueses que não confiam em si, e jamais gastariam um euro para o ajudar sequer a chegar a casa de transporte publico se lhe tivessem fanado a carteira nalguma reunião, ou esquina de boteco, ou nalgum descuido na pesca do robalo lá para as bandas do centro de Portugal, ou numa caçada aos ‘gambuzinos’ no Alentejo.
Cada um faz como melhor entende, mas ao caminhar esta estrada, não lhe vislumbro grandes êxitos no curto prazo da sua vida política, no entanto Vossa Senhoria melhor decidira, sem que no entanto não deixe de lhe deixar uma opinião, pela qual não paga nada, e que no meu modesto entendimento deveria começar por respeitar todos os portugueses por igual, tanto aqueles que em si confiam, como aqueles que de si só reservam muito más lembranças de um passado que deveria ser para esquecer, só que muitos daqueles que viveram esse passado jamais se vão libertar desses fatos tristes das suas vidas.
Fatos em que Vossa Senhoria, tem participação efetiva, e pelos piores motivos, que depois passarei a enumerar, e tal como já lhe referi, o vou fazer sem qualquer temor, pois ‘cobardolas’ deve ser Vossa Senhoria, que ataca sem ver a quem ataca, como se fora cego a disparar a esmo o seu desespero e angustia de ter atrás de si um passado que não pode renegar, e muito menos mudar, pois ele está indelevelmente escrito, vivido e guardado para toda a posteridade, quanto mais não seja nas memórias de muitos que infelizmente consigo conviveram.
Pauto a minha vida por olhar de frente para os homens, e nunca os medi aos palmos, por isso para mim, tanto valor tem um homem de 1,95 m, ou outro de 1,52, me dá igual a sua cor de pele, ou se os cabelos são loiros ou pretos ou se é careca, ou barbudo. Agora o que também faz parte da minha forma de ser, estar e viver, é: nunca, jamais deixar de responder a um desafio ou a uma ameaça, e desde já lhe posso dizer que NÃO TENHO MEDO DE NINGUÉM, E MUITO MENOS MEDO DE SI E DAS SUAS AMEAÇAS, pois um homem é um homem, e um bicho é um bicho, e estamos cá é para isto, para viver, e não para nos acobardar perante qualquer ‘pilantra’ que nos surja no caminho armado em pavão cheio de penas, mas com o rabo preso a um passado que tenta vir agora justificar...
E posto que me excedi, nesta minha explanação inicial, para que Vossa Senhoria não possa ter a mais insignificante duvida, que não o vou respeitar enquanto homem, porque entendo que Vossa Senhoria não merece qualquer respeito enquanto tal, e muito menos vou acatar a sua ameaça de que quem falar de si terá que se entender consigo, pois também desde já lhe digo que vou falar de si muito mais do que Vossa Senhoria desejaria, e que eu mesmo pensaria ter paciência de falar, atendendo a sua mais do que manifesta insignificância terrena.
Vamos lá então finalmente a ver, se o pessoal se entende cá com Vossa Senhoria, em todos os capítulos, para que fiquemos de uma vez por todas devidamente entendidos, pois se existe coisa que detesto na vida é mal entendidos. E quanto a heróis, como muito em sabe; os cemitérios estão pejados deles, e não o estou a ver como valendo grande coisa sequer para alimento das minhocas...
Eu, José João Massapina Antunes da Silva sou um dos que o tem atacado nos mais variados locais possíveis e imaginários, assinando sempre com o meu nome próprio, porque não utilizo em local algum pseudônimo para me esconder, porque nunca o fiz, nunca o faço e nunca o farei, uma vez que sempre assumi tudo aquilo que digo e escrevo, com total frontalidade.
Obviamente que o tenho atacado verbalmente mas de modo leal e o mais frontal possível porque considero que Vossa Senhoria não é digno de ser algum dia o mais Alto Magistrado da Nação chamada de Portugal, e muito mal andariam os portugueses se assim o designassem, e mais lhe digo que penso pela minha cabeça, não sou influenciado nem por A ou por B, e até me dou ao luxo de ser irmão de um membro da sua Comissão de Honra, ou Comissão de Candidatura, ou lá ou o que lhe queira chamar, e não seria por isso, e muito menos seria por causa disso, que lhe deixaria de zurzir uma valentes pauladas verbais, para o colocar no seu devido lugar, que não deveria ser sequer como Deputado da Nação, mas sim como mero cidadão, obrigado a cumprir os seus deveres e direitos como qualquer outro português digno desse nome.
Deve ser realmente por causa da sua falta de dignidade e caráter que Vossa Senhoria tem sido um dos mais privilegiados desta Nação desde a épica Revolução de 1974.
Vossa Senhoria diz, e muito bem, que em Agosto de 1961 foi incorporado no serviço militar obrigatório. E eu lhe pergunto desde já, o por que de tamanha admiração, e justificação da sua parte para esse facto, pois quem seria Vossa Senhoria para se assumir como exceção a regra da época. Todos os jovens da sua geração o tiveram que fazer, e ninguém que eu tenha conhecimento até ao dia de hoje, questiona esse fato inquestionável das suas vidas.
Seguiu a sua vida militar, e daí também ninguém o questionou se foi soldado raso, ou se chegou a cadete, depois Aspirante, Oficial Miliciano e por ai afora, e até quem sabe podia ter chegado a Major ou até mesmo a General que nem o seu amigo, ex-chefe de rede bombista, e depois de limpa a sua ficha pelo seu outro grande amigo Mario Nobre Soares, transformado em Comendador Otelo Saraiva de Carvalho, e a que só já lhe falta ser colocado no dia do juízo final, no Panteão Nacional ao lado da Amália e dos reis, ou até quem sabe nos Jeronimos ao lado de Camões, Pessoa, e Vasco da Gama.
Seguiu viagem para cumprir os seus deveres militares para Angola, como poderia ter seguido para a Guiné-Bissau, Moçambique, ou outra qualquer das colônias onde existia palco de guerra e militares portugueses destacados, ou esperava que o tivesse colocado a guardar lapas na guerra das Berlengas, ou da Ilha do rato em frente ao Lavradio-Barreiro.
Diz que o seu pelotão recebeu missões para realizar escoltas e tudo o mais o que seria normal num palco de guerra, porque obviamente Vossa Senhoria não estaria a espera de se deslocar para a Guerra Colonial para ir banhar-se nas águas quentes da costa, ou comer camarão de papo para o ar nas avenidas de Luanda ou mascar tabaco no Nambuangongo.
Refere que estive debaixo de fogo algumas vezes, (felizmente nunca se queimou, estorricou, ou lhe colocaram nada dentro dos bolsos para o fazer andar aos pulinhos no meio da picada) pois tudo isso foi muito bom para que dessa forma Vossa Senhoria pudesse tomar consciência das condições em que tantos jovens da sua geração foram colocados, por si próprio, quando mais tarde, segundo as palavras de muitos deles, que estão dispostos a testemunhar, era Vossa Senhoria que via radio como que dava as coordenadas de onde os “turras” poderiam encontrar os destacamentos, colunas e aquartelamentos, bem como as rotas das escoltas.
Vossa Senhoria; não sei, não posso afirmar, nem o estou a fazer de modo algum, mas enquanto investido de militar, ainda por cima não um mero soldado raso, poderia ter acontecido dar esses mesmos dados, agora o que a história não consegue apagar é que isso aconteceu por via direta ou indireta quando já não estava a cumprir o serviço militar, e desde Argel, com a conivência direta de adversários de Portugal e dos Portugueses.
Obviamente que Vossa Senhoria pode optar por uma autentica “peixeirada”, como aliás é seu timbre, em local próprio, com o digo eu, diz você, dizem eles, eles os seus Companheiros, e olhe que tem dezenas, centenas deles com muita vontade de o desmascarar na praça publica, e para isso basta falar com os muitos que nas diversas Associações de antigos militares, e de estropiados, lhe tem uma amizade tão grande que se você algum dia se descuidar a passar fora de uma passadeira para peões em zona movimentada, lhe pode acontecer bem pior que o simples braço partido a quando da campanha eleitoral para o 1º mandato do seu amigo Mário Nobre Soares.
Está a ver como eu tenho uma memória de elefante, e como você conhece tanta gente que até já se esqueceu de um jovem e imberbe jornalista, de gravador em punho, em plena FIL, a poder ver e conhecer as imagens de momentos importantes para a história de Portugal. Já agora uma a parte, sem maldade, só por mais profunda amizade a pessoa em questão, ainda mais que até fomos Companheiros de Partido, e chegamos até a juntamente com outros Companheiros da época, lutar contra muitos daqueles que agora o estão a levar ao colinho na tentativa de o colocar como Magestade em Belém. Será que a sua amiga arquiteta esta boa, não a tenho visto, tirando o empenhamento com que defende os contentores para a zona ribeirinha, mas nessa altura ela já andava muito ao pé de si, pois se a vir, lhe transmita os meus mais afetuosos cumprimentos, vindos de um ex-dirigente da JSD e do PSD do Barreiro.
Mas voltemos ao importante desta missiva, deixando as familiaridades para outras oportunidades. Assim; a quando Vossa Senhoria foi parar ao aquartelamento de Quixico, perto da fronteira com o Congo, e acabou por dar tanto nas vistas da PIDE-DGS, que a coisa esquentou de tal forma que até lhe arranjaram, ou foi você mesmo quem arranjou uma oportuna doença para o tirarem de lá. Quero eu dizer, no meu entendimento, para que você obviamente se pudesse pirar de lá...
Com aquilo que lhe acabei de dizer, não lhe estou de forma alguma a chamar ‘cobarde’ antes pelo contrário, pois seguindo a velha máxima portuguesa, e que outros povos também usam; quem tem cu tem medo...
Pena que na época não existiam atestados médicos para justificar, e hoje você até pode dizer que estava com paludismo ou outro qualquer mal tropical, sei lá até mesmo uma mordidela de macaco... mas o que deve ter sido mesmo, e existe ainda vivo na mente de quem se recorda, foi uma doença chamada de investigação da PIDE-DGS que o vitimou, e o jogou para a enfermidade.
Foi mesmo a PIDE-DGS e não o paludismo que o atacou, confesse lá só cá para nós, que ninguém nos esta a escutar...
Pois foi... em 1963 você foi passar férias pagas, por amável convite da PIDE-DGS, e ainda bem que você nem esqueceu o dia, e até acho que nesse dia todos os anos você deve comemorar, pois passou a categoria de mártir político, posto tão ambicionado pelos camaradas da época, que chegavam a andar quase a porrada para serem detidos e considerados da pesada na oposição.
Engraçado como você só passa uma noite preso, e de imediato é passado a disponibilidade. Para logo depois a PIDE-DGS o alojar graciosamente nas suas instalações por mais 6 meses, e olhe que isso você nunca esclareceu lá muito bem, nem sequer em poesia.
Esta sua epopéia de mártir político até faz lembrar as prisões e os exílios do seu grande amigo Mario Soares, em que o colocavam numa estância voltada para os coqueirais e para o mar, a passar férias, e lhe possibilitavam salvos condutos para rumar a Paris. Você optou por Argel, pois lá tinha uma radio, onde poderia continuar o trabalho iniciado em Angola.
Conte lá, cá para a gente que ninguém nos esta a escutar, foi isso não foi... só que você não pode contar tudo. Como eu o entendo Vossa Senhoria, que ao contar uma história tantas vezes repetida, muitos acabaram por acreditar nela, e o consideram quase um igual ao General herói francês em plena Casablanca
Você sabe muito bem que atentou contra Portugal nos idos anos de 1960, e contra aquilo que era a lei no momento, e que por tanto, ao estar a fazer isso colocou as vidas dos seus Camaradas em sérios riscos de vida. Não se pode agora vir fazer de santo, não pode vir escudar-se em maniqueísmos revolucionários para justificar o injustificável, ou vir dizer na praça publica batendo no peito umas trezentas e setenta vezes que nada fez, que não contribuiu para que muitos militares tivessem tido um destino bem diferente daquele que lhes poderia estar reservado.
Sabe Vossa Senhoria, o que eu realmente gostava era que se juntassem esses ex-jovens, e no local próprio fizessem um frente a frente consigo, para que de uma vez por todas Vossa Senhora não se queira fazer passar por aquilo que realmente não é.
Quanto ao resto...
Pois estaremos cá para que a história algum dia o possa julgar a si, e a mais uns quantos que se fazem passar por verdadeiros santinhos democráticos, quando não passam de hereges.
Fazer de democrata, aproveitando as circunstancias políticas, e as oportunidades é mesmo a imagem de marca de uma certa casta de políticos que foram paridos, para não dizer mesmo abortados, em 1974, e que tem conduzido tão bem Portugal para o abismo onde hoje se encontra.
Fico então a aguardar da parte de Vossa Senhoria que faça o que entender, pois pela minha parte não retiro uma virgula em tudo o que lhe escrevi, e em tudo o mais que lhe irei continuar a chamar, e a dizer de si.
Lhe desejo uma campanha eleitoral a medida dos seus desígnios, e da vontade que tenho de que ganhe estas eleições, ou seja nenhuma vontade, de querer, ou sequer gosto em o saber a candidatar-se perante os portugueses debaixo de uma mascara da maior das hipocrisias possíveis e imaginárias.
Faltou ainda dizer-lhe que vou publicar esta minha carta aberta, na grande maioria dos meus espaços na net, para que assim tenha as mais variadas oportunidades de a ler, e ao mesmo tempo de testar que me estou borrifando pura e simplesmente para as suas ameaças, e cá o estou a esperar para falarmos olhos nos olhos no local próprio se assim Vossa Senhoria na sua garbosa valentia de caçador, poeta e pescador o entender.
Atentamente, um cidadão português a quem comprovadamente Vossa Senhoria jamais pode chamar de cobarde, e que fica ao seu dispor para outros esclarecimentos que por bem entenda,
José João Massapina Antunes da Silva
Manuel Alegre de Melo Duarte
Mais do que conhecida criatura portuguesa, designadamente por meio das designações como Manuel Alegre, Poeta, Radialista, Advogado, ex-Deputado, ex-Vice-Presidente da Assembléia da Republica, co-fundador do Partido Socialista, (novamente) Candidato a Presidente da Republica de Portugal, e tantas outras coisas mais, que não vem agora a importar muito para a lide em questão.
Apresentando desde já os meus respeitosos préstimos, que não cumprimentos a Vossa Senhoria, começo por desde já lhe dizer, meu Caro Senhor que jamais posso ser incluído no rol daqueles portugueses que descaradamente em jeito de arruaça propagandística eleitoreira desafia e apelida de ‘cobardes’ por se esconderem detrás do anonimato, porquanto eu sou um cidadão nascido em Lisboa no dia 17 de Janeiro de 1962, que tem documento de cidadania portuguesa com o numero de bilhete de identidade 6266610, emitido pelo arquivo de identificação de Lisboa, e fui registrado com o mesmo nome que até hoje ostento, e não o mudei nem mudei de sexo, aproveitando alguma das leis que Vossa Senhoria fez o grande favor de empenhadamente trabalhar na Assembléia da Republica, nas suas horas vagas em que por lá se passei, pago pelo dinheiro de todos nós que pagamos impostos, ou seja; quem lhe está a escrever esta missiva é nada mais nada menos que José João Massapina Antunes da Silva, um cidadão livre, como qualquer outro cidadão português, e com os seus deveres fiscais em dia.
Portanto; muito mal vai Vossa Senhoria no inicio da caminhada de uma candidatura presidencial, em que se apresenta mascarado de candidato supra partidário, embora o ar se sinta empestado com a sua conotação política, quando começa desde logo por atacar os portugueses que não confiam em si, e jamais gastariam um euro para o ajudar sequer a chegar a casa de transporte publico se lhe tivessem fanado a carteira nalguma reunião, ou esquina de boteco, ou nalgum descuido na pesca do robalo lá para as bandas do centro de Portugal, ou numa caçada aos ‘gambuzinos’ no Alentejo.
Cada um faz como melhor entende, mas ao caminhar esta estrada, não lhe vislumbro grandes êxitos no curto prazo da sua vida política, no entanto Vossa Senhoria melhor decidira, sem que no entanto não deixe de lhe deixar uma opinião, pela qual não paga nada, e que no meu modesto entendimento deveria começar por respeitar todos os portugueses por igual, tanto aqueles que em si confiam, como aqueles que de si só reservam muito más lembranças de um passado que deveria ser para esquecer, só que muitos daqueles que viveram esse passado jamais se vão libertar desses fatos tristes das suas vidas.
Fatos em que Vossa Senhoria, tem participação efetiva, e pelos piores motivos, que depois passarei a enumerar, e tal como já lhe referi, o vou fazer sem qualquer temor, pois ‘cobardolas’ deve ser Vossa Senhoria, que ataca sem ver a quem ataca, como se fora cego a disparar a esmo o seu desespero e angustia de ter atrás de si um passado que não pode renegar, e muito menos mudar, pois ele está indelevelmente escrito, vivido e guardado para toda a posteridade, quanto mais não seja nas memórias de muitos que infelizmente consigo conviveram.
Pauto a minha vida por olhar de frente para os homens, e nunca os medi aos palmos, por isso para mim, tanto valor tem um homem de 1,95 m, ou outro de 1,52, me dá igual a sua cor de pele, ou se os cabelos são loiros ou pretos ou se é careca, ou barbudo. Agora o que também faz parte da minha forma de ser, estar e viver, é: nunca, jamais deixar de responder a um desafio ou a uma ameaça, e desde já lhe posso dizer que NÃO TENHO MEDO DE NINGUÉM, E MUITO MENOS MEDO DE SI E DAS SUAS AMEAÇAS, pois um homem é um homem, e um bicho é um bicho, e estamos cá é para isto, para viver, e não para nos acobardar perante qualquer ‘pilantra’ que nos surja no caminho armado em pavão cheio de penas, mas com o rabo preso a um passado que tenta vir agora justificar...
E posto que me excedi, nesta minha explanação inicial, para que Vossa Senhoria não possa ter a mais insignificante duvida, que não o vou respeitar enquanto homem, porque entendo que Vossa Senhoria não merece qualquer respeito enquanto tal, e muito menos vou acatar a sua ameaça de que quem falar de si terá que se entender consigo, pois também desde já lhe digo que vou falar de si muito mais do que Vossa Senhoria desejaria, e que eu mesmo pensaria ter paciência de falar, atendendo a sua mais do que manifesta insignificância terrena.
Vamos lá então finalmente a ver, se o pessoal se entende cá com Vossa Senhoria, em todos os capítulos, para que fiquemos de uma vez por todas devidamente entendidos, pois se existe coisa que detesto na vida é mal entendidos. E quanto a heróis, como muito em sabe; os cemitérios estão pejados deles, e não o estou a ver como valendo grande coisa sequer para alimento das minhocas...
Eu, José João Massapina Antunes da Silva sou um dos que o tem atacado nos mais variados locais possíveis e imaginários, assinando sempre com o meu nome próprio, porque não utilizo em local algum pseudônimo para me esconder, porque nunca o fiz, nunca o faço e nunca o farei, uma vez que sempre assumi tudo aquilo que digo e escrevo, com total frontalidade.
Obviamente que o tenho atacado verbalmente mas de modo leal e o mais frontal possível porque considero que Vossa Senhoria não é digno de ser algum dia o mais Alto Magistrado da Nação chamada de Portugal, e muito mal andariam os portugueses se assim o designassem, e mais lhe digo que penso pela minha cabeça, não sou influenciado nem por A ou por B, e até me dou ao luxo de ser irmão de um membro da sua Comissão de Honra, ou Comissão de Candidatura, ou lá ou o que lhe queira chamar, e não seria por isso, e muito menos seria por causa disso, que lhe deixaria de zurzir uma valentes pauladas verbais, para o colocar no seu devido lugar, que não deveria ser sequer como Deputado da Nação, mas sim como mero cidadão, obrigado a cumprir os seus deveres e direitos como qualquer outro português digno desse nome.
Deve ser realmente por causa da sua falta de dignidade e caráter que Vossa Senhoria tem sido um dos mais privilegiados desta Nação desde a épica Revolução de 1974.
Vossa Senhoria diz, e muito bem, que em Agosto de 1961 foi incorporado no serviço militar obrigatório. E eu lhe pergunto desde já, o por que de tamanha admiração, e justificação da sua parte para esse facto, pois quem seria Vossa Senhoria para se assumir como exceção a regra da época. Todos os jovens da sua geração o tiveram que fazer, e ninguém que eu tenha conhecimento até ao dia de hoje, questiona esse fato inquestionável das suas vidas.
Seguiu a sua vida militar, e daí também ninguém o questionou se foi soldado raso, ou se chegou a cadete, depois Aspirante, Oficial Miliciano e por ai afora, e até quem sabe podia ter chegado a Major ou até mesmo a General que nem o seu amigo, ex-chefe de rede bombista, e depois de limpa a sua ficha pelo seu outro grande amigo Mario Nobre Soares, transformado em Comendador Otelo Saraiva de Carvalho, e a que só já lhe falta ser colocado no dia do juízo final, no Panteão Nacional ao lado da Amália e dos reis, ou até quem sabe nos Jeronimos ao lado de Camões, Pessoa, e Vasco da Gama.
Seguiu viagem para cumprir os seus deveres militares para Angola, como poderia ter seguido para a Guiné-Bissau, Moçambique, ou outra qualquer das colônias onde existia palco de guerra e militares portugueses destacados, ou esperava que o tivesse colocado a guardar lapas na guerra das Berlengas, ou da Ilha do rato em frente ao Lavradio-Barreiro.
Diz que o seu pelotão recebeu missões para realizar escoltas e tudo o mais o que seria normal num palco de guerra, porque obviamente Vossa Senhoria não estaria a espera de se deslocar para a Guerra Colonial para ir banhar-se nas águas quentes da costa, ou comer camarão de papo para o ar nas avenidas de Luanda ou mascar tabaco no Nambuangongo.
Refere que estive debaixo de fogo algumas vezes, (felizmente nunca se queimou, estorricou, ou lhe colocaram nada dentro dos bolsos para o fazer andar aos pulinhos no meio da picada) pois tudo isso foi muito bom para que dessa forma Vossa Senhoria pudesse tomar consciência das condições em que tantos jovens da sua geração foram colocados, por si próprio, quando mais tarde, segundo as palavras de muitos deles, que estão dispostos a testemunhar, era Vossa Senhoria que via radio como que dava as coordenadas de onde os “turras” poderiam encontrar os destacamentos, colunas e aquartelamentos, bem como as rotas das escoltas.
Vossa Senhoria; não sei, não posso afirmar, nem o estou a fazer de modo algum, mas enquanto investido de militar, ainda por cima não um mero soldado raso, poderia ter acontecido dar esses mesmos dados, agora o que a história não consegue apagar é que isso aconteceu por via direta ou indireta quando já não estava a cumprir o serviço militar, e desde Argel, com a conivência direta de adversários de Portugal e dos Portugueses.
Obviamente que Vossa Senhoria pode optar por uma autentica “peixeirada”, como aliás é seu timbre, em local próprio, com o digo eu, diz você, dizem eles, eles os seus Companheiros, e olhe que tem dezenas, centenas deles com muita vontade de o desmascarar na praça publica, e para isso basta falar com os muitos que nas diversas Associações de antigos militares, e de estropiados, lhe tem uma amizade tão grande que se você algum dia se descuidar a passar fora de uma passadeira para peões em zona movimentada, lhe pode acontecer bem pior que o simples braço partido a quando da campanha eleitoral para o 1º mandato do seu amigo Mário Nobre Soares.
Está a ver como eu tenho uma memória de elefante, e como você conhece tanta gente que até já se esqueceu de um jovem e imberbe jornalista, de gravador em punho, em plena FIL, a poder ver e conhecer as imagens de momentos importantes para a história de Portugal. Já agora uma a parte, sem maldade, só por mais profunda amizade a pessoa em questão, ainda mais que até fomos Companheiros de Partido, e chegamos até a juntamente com outros Companheiros da época, lutar contra muitos daqueles que agora o estão a levar ao colinho na tentativa de o colocar como Magestade em Belém. Será que a sua amiga arquiteta esta boa, não a tenho visto, tirando o empenhamento com que defende os contentores para a zona ribeirinha, mas nessa altura ela já andava muito ao pé de si, pois se a vir, lhe transmita os meus mais afetuosos cumprimentos, vindos de um ex-dirigente da JSD e do PSD do Barreiro.
Mas voltemos ao importante desta missiva, deixando as familiaridades para outras oportunidades. Assim; a quando Vossa Senhoria foi parar ao aquartelamento de Quixico, perto da fronteira com o Congo, e acabou por dar tanto nas vistas da PIDE-DGS, que a coisa esquentou de tal forma que até lhe arranjaram, ou foi você mesmo quem arranjou uma oportuna doença para o tirarem de lá. Quero eu dizer, no meu entendimento, para que você obviamente se pudesse pirar de lá...
Com aquilo que lhe acabei de dizer, não lhe estou de forma alguma a chamar ‘cobarde’ antes pelo contrário, pois seguindo a velha máxima portuguesa, e que outros povos também usam; quem tem cu tem medo...
Pena que na época não existiam atestados médicos para justificar, e hoje você até pode dizer que estava com paludismo ou outro qualquer mal tropical, sei lá até mesmo uma mordidela de macaco... mas o que deve ter sido mesmo, e existe ainda vivo na mente de quem se recorda, foi uma doença chamada de investigação da PIDE-DGS que o vitimou, e o jogou para a enfermidade.
Foi mesmo a PIDE-DGS e não o paludismo que o atacou, confesse lá só cá para nós, que ninguém nos esta a escutar...
Pois foi... em 1963 você foi passar férias pagas, por amável convite da PIDE-DGS, e ainda bem que você nem esqueceu o dia, e até acho que nesse dia todos os anos você deve comemorar, pois passou a categoria de mártir político, posto tão ambicionado pelos camaradas da época, que chegavam a andar quase a porrada para serem detidos e considerados da pesada na oposição.
Engraçado como você só passa uma noite preso, e de imediato é passado a disponibilidade. Para logo depois a PIDE-DGS o alojar graciosamente nas suas instalações por mais 6 meses, e olhe que isso você nunca esclareceu lá muito bem, nem sequer em poesia.
Esta sua epopéia de mártir político até faz lembrar as prisões e os exílios do seu grande amigo Mario Soares, em que o colocavam numa estância voltada para os coqueirais e para o mar, a passar férias, e lhe possibilitavam salvos condutos para rumar a Paris. Você optou por Argel, pois lá tinha uma radio, onde poderia continuar o trabalho iniciado em Angola.
Conte lá, cá para a gente que ninguém nos esta a escutar, foi isso não foi... só que você não pode contar tudo. Como eu o entendo Vossa Senhoria, que ao contar uma história tantas vezes repetida, muitos acabaram por acreditar nela, e o consideram quase um igual ao General herói francês em plena Casablanca
Você sabe muito bem que atentou contra Portugal nos idos anos de 1960, e contra aquilo que era a lei no momento, e que por tanto, ao estar a fazer isso colocou as vidas dos seus Camaradas em sérios riscos de vida. Não se pode agora vir fazer de santo, não pode vir escudar-se em maniqueísmos revolucionários para justificar o injustificável, ou vir dizer na praça publica batendo no peito umas trezentas e setenta vezes que nada fez, que não contribuiu para que muitos militares tivessem tido um destino bem diferente daquele que lhes poderia estar reservado.
Sabe Vossa Senhoria, o que eu realmente gostava era que se juntassem esses ex-jovens, e no local próprio fizessem um frente a frente consigo, para que de uma vez por todas Vossa Senhora não se queira fazer passar por aquilo que realmente não é.
Quanto ao resto...
Pois estaremos cá para que a história algum dia o possa julgar a si, e a mais uns quantos que se fazem passar por verdadeiros santinhos democráticos, quando não passam de hereges.
Fazer de democrata, aproveitando as circunstancias políticas, e as oportunidades é mesmo a imagem de marca de uma certa casta de políticos que foram paridos, para não dizer mesmo abortados, em 1974, e que tem conduzido tão bem Portugal para o abismo onde hoje se encontra.
Fico então a aguardar da parte de Vossa Senhoria que faça o que entender, pois pela minha parte não retiro uma virgula em tudo o que lhe escrevi, e em tudo o mais que lhe irei continuar a chamar, e a dizer de si.
Lhe desejo uma campanha eleitoral a medida dos seus desígnios, e da vontade que tenho de que ganhe estas eleições, ou seja nenhuma vontade, de querer, ou sequer gosto em o saber a candidatar-se perante os portugueses debaixo de uma mascara da maior das hipocrisias possíveis e imaginárias.
Faltou ainda dizer-lhe que vou publicar esta minha carta aberta, na grande maioria dos meus espaços na net, para que assim tenha as mais variadas oportunidades de a ler, e ao mesmo tempo de testar que me estou borrifando pura e simplesmente para as suas ameaças, e cá o estou a esperar para falarmos olhos nos olhos no local próprio se assim Vossa Senhoria na sua garbosa valentia de caçador, poeta e pescador o entender.
Atentamente, um cidadão português a quem comprovadamente Vossa Senhoria jamais pode chamar de cobarde, e que fica ao seu dispor para outros esclarecimentos que por bem entenda,
José João Massapina Antunes da Silva
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terça-feira, 11 de maio de 2010
Os fidalgos do euro
Se a actual crise do euro não significar o fim da moeda única, andará lá perto. Pelo menos, representará o último capítulo de uma fase de lançamento cheia de promessas mas, também, de ilusões, imprudência e riscos subestimados.
É esta a conclusão que se tira das declarações que a líder do Governo alemão fez no Parlamento germânico, com o objectivo de "vender" aos deputados e à opinião pública os compromissos do país na ajuda à Grécia. Perante o nervosismo dos mercados, Angela Merkel não tinha outra saída que não fosse a de dar "luz verde" ao desbloqueamento do pacote financeiro recordista que vai ser suportado pelos membros da Zona Euro e pelo Fundo Monetário Internacional.
Os perigos eram enormes, como se vê pelo facto de até o plano de salvação da Grécia ser insuficiente para fazer regressar a tranquilidade. Há fortes razões para que isto suceda. Aos 110 mil milhões de euros que vão permitir aos gregos honrarem as suas dívidas, podem juntar-se mais 400 mil milhões que seriam necessários para aguentar Portugal e Espanha, e, de caminho, evitar problemas junto dos credores, entre os quais se incluem bancos alemães com as carteiras de crédito bem recheadas de dívida periclitante.
Este cenário suscita dois problemas. Primeiro: onde encontrar aquela soma e a que preço. Segundo: como agilizar potenciais novas ajudas, se a Zona Euro não dispõe de instituições com autonomia para tomarem decisões tão drásticas e as operações de resgate têm de passar pelo demorado e incerto crivo das instituições nacionais.
Noutras circunstâncias, castigar os prevaricadores seria a opção justa e óbvia. Fizeram-nas, agora paguem-nas. Na Grécia, como em Portugal, a entrada na "eurolândia" foi interpretada como o fim de um caminho, em vez de representar o princípio de um novo modo de vida. Aceder ao exclusivo clube do euro foi visto como um atestado de riqueza que dispensava o esforço de fornecer as contrapartidas devidas. O resultado está à vista e as lições têm que ser aprendidas. Se não foram a bem, terão que ser a mal.
É aqui que reentra o discurso da chanceler alemã. Se não se pode confiar nos Governos nacionais para disciplinarem as finanças e se os mecanismos de controlo e acompanhamento acordaram demasiado tarde, é porque a chamada "construção europeia" andou entretida a construir os alicerces errados.
É duvidoso que as "insolvências ordeiras" venham a resolver grande coisa. Renegociar prazos de amortização e abatimentos na dívida acumulada são o derradeiro recurso num processo de descontrolo como aquele a que se assiste actualmente e não é solução capaz de deixar os investidores sossegados. Ou se assume que o FMI terá que ser parte das soluções futuras, como aconteceu com a Grécia, ou a Zona Euro terá que criar uma instituição semelhante para dar garantias de que não estará a nadar nua quando a maré baixar. E é necessário rever os mecanismos de penalização, suficientemente dissuasivos de comportamentos desleixados na condução das políticas orçamentais.
Em qualquer dos casos, trata-se de temas que mexem com os orgulhos nacionais e com a auto-estima europeia. Mas, ou se começa a mudar já, ou se abre a "caixa de Pandora" do desmoronamento da Zona Euro. Os tempos não estão para estados de alma de fidalgos falidos.
“João Cândido da Silva”
É esta a conclusão que se tira das declarações que a líder do Governo alemão fez no Parlamento germânico, com o objectivo de "vender" aos deputados e à opinião pública os compromissos do país na ajuda à Grécia. Perante o nervosismo dos mercados, Angela Merkel não tinha outra saída que não fosse a de dar "luz verde" ao desbloqueamento do pacote financeiro recordista que vai ser suportado pelos membros da Zona Euro e pelo Fundo Monetário Internacional.
Os perigos eram enormes, como se vê pelo facto de até o plano de salvação da Grécia ser insuficiente para fazer regressar a tranquilidade. Há fortes razões para que isto suceda. Aos 110 mil milhões de euros que vão permitir aos gregos honrarem as suas dívidas, podem juntar-se mais 400 mil milhões que seriam necessários para aguentar Portugal e Espanha, e, de caminho, evitar problemas junto dos credores, entre os quais se incluem bancos alemães com as carteiras de crédito bem recheadas de dívida periclitante.
Este cenário suscita dois problemas. Primeiro: onde encontrar aquela soma e a que preço. Segundo: como agilizar potenciais novas ajudas, se a Zona Euro não dispõe de instituições com autonomia para tomarem decisões tão drásticas e as operações de resgate têm de passar pelo demorado e incerto crivo das instituições nacionais.
Noutras circunstâncias, castigar os prevaricadores seria a opção justa e óbvia. Fizeram-nas, agora paguem-nas. Na Grécia, como em Portugal, a entrada na "eurolândia" foi interpretada como o fim de um caminho, em vez de representar o princípio de um novo modo de vida. Aceder ao exclusivo clube do euro foi visto como um atestado de riqueza que dispensava o esforço de fornecer as contrapartidas devidas. O resultado está à vista e as lições têm que ser aprendidas. Se não foram a bem, terão que ser a mal.
É aqui que reentra o discurso da chanceler alemã. Se não se pode confiar nos Governos nacionais para disciplinarem as finanças e se os mecanismos de controlo e acompanhamento acordaram demasiado tarde, é porque a chamada "construção europeia" andou entretida a construir os alicerces errados.
É duvidoso que as "insolvências ordeiras" venham a resolver grande coisa. Renegociar prazos de amortização e abatimentos na dívida acumulada são o derradeiro recurso num processo de descontrolo como aquele a que se assiste actualmente e não é solução capaz de deixar os investidores sossegados. Ou se assume que o FMI terá que ser parte das soluções futuras, como aconteceu com a Grécia, ou a Zona Euro terá que criar uma instituição semelhante para dar garantias de que não estará a nadar nua quando a maré baixar. E é necessário rever os mecanismos de penalização, suficientemente dissuasivos de comportamentos desleixados na condução das políticas orçamentais.
Em qualquer dos casos, trata-se de temas que mexem com os orgulhos nacionais e com a auto-estima europeia. Mas, ou se começa a mudar já, ou se abre a "caixa de Pandora" do desmoronamento da Zona Euro. Os tempos não estão para estados de alma de fidalgos falidos.
“João Cândido da Silva”
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Cada família paga 534 € à Grécia
Bem que os portugueses podem dizer que não ajudam os gregos, e se colocarem a assobiar para o lado, que a realidade é bem diferente, e comprovadamente vão ter que desembolsar 534 euros, em média por cada família, para ajudar os “amigos” gregos, veja então quanto lhe vão sacar do seu bolso:
Os dois mil milhões de euros que Portugal vai emprestar à Grécia pressupõem que a factura a pagar por cada família será de 534 euros.
As contas foram feitas pela agência Reuters, com base em dados do Eurostat (a agência europeia responsável pelas estatísticas) e colocam os portugueses no fundo da tabela dos 15 países que serão chamados a prestar ajuda de emergência ao estado grego.
Cada família portuguesa vai pagar menos 29, 5 euros do que os alemães. Os mais sacrificados serão os luxemburgueses. Cada agregado familiar terá de contribuir com 1265 euros para salvar a economia helénica.
As contribuições de cada país são definidas em função do peso do seu Produto Interno Bruto (PIB) na zona Euro. Por outro lado, a despesa de cada família é apurada através da análise do PIB por habitante em paridades do poder de compra.
A reestruturação da dívida grega está a fragilizar o sistema bancário europeu, em especial os bancos alemães e franceses, que detêm grande parte de títulos de dívida soberana daquele país nas suas carteiras.
Segundo a imprensa espanhola, os bancos do país vizinho têm apenas 960 milhões de euros de dívida grega nos seus balanços. Por outro lado, as instituições financeiras do país vizinho são as principais credoras de dívida portuguesa (Estado e empresas públicas), com um total de 64 mil milhões de euros registados no seu balanço.
Um dos países mais expostos à dívida grega é Portugal, com cerca de cinco por cento do PIB, seguido da França, com três por cento do PIB, e da Alemanha, com 1,5 por cento do PIB.
CUSTO DA AJUDA POR FAMÍLIA (EUROS)
Luxemburgo: 1265,8
Irlanda: 819,5
Holanda: 655
Áustria: 650,6
Bélgica: 638,7
França: 622,6
Itália: 606,8
Chipre: 596,8
Finlândia: 587
Espanha: 586,3
Malta: 581
Alemanha: 563
Portugal: 534,5
Eslovénia: 516,9
Eslováquia: 466,9
Por:Miguel Alexandre Ganhão
Os dois mil milhões de euros que Portugal vai emprestar à Grécia pressupõem que a factura a pagar por cada família será de 534 euros.
As contas foram feitas pela agência Reuters, com base em dados do Eurostat (a agência europeia responsável pelas estatísticas) e colocam os portugueses no fundo da tabela dos 15 países que serão chamados a prestar ajuda de emergência ao estado grego.
Cada família portuguesa vai pagar menos 29, 5 euros do que os alemães. Os mais sacrificados serão os luxemburgueses. Cada agregado familiar terá de contribuir com 1265 euros para salvar a economia helénica.
As contribuições de cada país são definidas em função do peso do seu Produto Interno Bruto (PIB) na zona Euro. Por outro lado, a despesa de cada família é apurada através da análise do PIB por habitante em paridades do poder de compra.
A reestruturação da dívida grega está a fragilizar o sistema bancário europeu, em especial os bancos alemães e franceses, que detêm grande parte de títulos de dívida soberana daquele país nas suas carteiras.
Segundo a imprensa espanhola, os bancos do país vizinho têm apenas 960 milhões de euros de dívida grega nos seus balanços. Por outro lado, as instituições financeiras do país vizinho são as principais credoras de dívida portuguesa (Estado e empresas públicas), com um total de 64 mil milhões de euros registados no seu balanço.
Um dos países mais expostos à dívida grega é Portugal, com cerca de cinco por cento do PIB, seguido da França, com três por cento do PIB, e da Alemanha, com 1,5 por cento do PIB.
CUSTO DA AJUDA POR FAMÍLIA (EUROS)
Luxemburgo: 1265,8
Irlanda: 819,5
Holanda: 655
Áustria: 650,6
Bélgica: 638,7
França: 622,6
Itália: 606,8
Chipre: 596,8
Finlândia: 587
Espanha: 586,3
Malta: 581
Alemanha: 563
Portugal: 534,5
Eslovénia: 516,9
Eslováquia: 466,9
Por:Miguel Alexandre Ganhão
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos
Por Emir Sader - Carta Maior - do Rio de Janeiro
O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.
Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.
A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.
Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.
Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.
Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.
Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!
O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.
Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.
A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.
Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.
Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.
Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.
Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!
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