Uma reportagem publicada nesta segunda-feira no jornal americano The New York Times afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "está dando cotoveladas" no seu colega americano, Barack Obama, ao receber o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em Brasília nesta segunda-feira.
Seguindo a linha de outros artigos publicados na imprensa estrangeira, o jornal vê a visita como uma tentativa brasileira de se afirmar nas grandes questões internacionais mundiais.
Ao mesmo tempo, a matéria levanta preocupações quanto aos efeitos da cartada diplomática nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos, que mantêm relações tensas com Teerã.
– As ambições brasileiras de se tornar um ator importante no palco diplomático global batem de cabeça nos esforços dos Estados Unidos e outras potências mundiais de controlar o programa de armas nucleares do Irã –, afirma o NYT.
Analistas e legisladores americanos ouvidos pelo jornal criticaram a visita, que ocorre pouco depois da recepção brasileira ao presidente israelense, Shimon Peres, e ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Para os críticos do encontro entre Lula e Ahmadinejad, a visita "pode enfraquecer os esforços para pressionar o Irã no seu programa nuclear, e consequentemente esfriar as relações do Brasil com os Estados Unidos e arranhar sua crescente reputação como potência global".
'Diplomacia arriscada'
Da Espanha, o jornal El País escreve que a chegada de Ahmadinejad a Brasília é "uma arriscada operação diplomática" de Lula, que "tenta reforçar seu papel como protagonista internacional (…), mas pode ficar em uma posição difícil se a visita acabar em fiasco".
Em meio a uma "busca desesperada por apoio internacional", diz o jornal, "a América Latina se tornou cenário de um importante esforço de penetração diplomática iraniana".
Além do Brasil, a visita do presidente iraniano inclui a Venezuela e a Bolívia. Além disso, as relações com Caracas abriram para o Irã as portas de outros países, como Nicarágua e Equador.
– Nenhuma destas viagens havia despertado tanta inquietude como o giro que começa hoje –, diz o El País. – O Brasil é um país muito diferente e reivindica um cenário distinto –.
Citando as ambições brasileiras de usar as negociações no Oriente Médio como um trampolim para tentar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o diário espanhol avalia que "a entrada em campo do Brasil, uma enorme potência em todos os sentidos, muda por completo o mapa".
'Teste'
Para o britânico Financial Times, a visita de Ahmadinejad é um "sério teste diplomático" para o "status do Brasil como uma potência mundial emergente".
O jornal acredita que a recepção será um "reconhecimento" do regime iraniano por parte do maior país da região.
– Em privado, membros do governo americano se mostraram preocupados com os contatos entre o Irã e outros governos –, escreve o FT.
Por outro lado, sublinha o diário financeiro britânico, após a visita do presidente israelense ao Brasil, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, "disse que estava considerando encerrar suas operações no Irã, ainda que enfatizando que a decisão é puramente técnica".
Digo eu:
O Brasil arrisca borrar a pintura de todo o trabalho desenvolvido até agora para desempenhar papel importante no Conselho de Seguranca da ONU, e em outros grandes palcos de decisão mundial.
Um relacionamento tão aberto com um regime como o que esta instituído no Irã, pode isolar o Brasil na cena internacional, perante parceiros importantes a nível econômico, como os EUA e a Franca.
O Presidente Lula da Silva, que está em fim de mandato, procura algum destaque internacional para ficar na historia como um aglutinador de interesses, mas esquece que para tentar ser Churchil lhe falta muito mais do que o charuto, e a barba fica a mais na fotografia...
João Massapina
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Ahmadinejad: 'EUA e Israel não têm coragem de invadir Irã'
Lula defendeu o polêmico programa nuclear do Irã. Para os críticos, o Brasil foi na contramão.
O Irã desafia a opinião mundial. Foi com segurança e ironia que o presidente Mahmoud Ahmadinejad descartou, ontem à noite, ameaças militares contra seu país. Disse que os Estados Unidos e Israel não têm coragem de invadir o Irã.
Declarações polêmicas de um presidente polêmico. O encontro de Ahmadinejad com o presidente Lula atraiu os olhares do mundo.
O presidente Lula foi chamado de “meu bom amigo” pelo presidente iraniano, voltou a defender o direito de o Irã desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos, mas usando a linguagem diplomática, Lula repetiu algumas das muitas críticas que Mahmoud Ahmadinejad tem ouvido.
Lula disse que a política externa brasileira é balizada pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade e que o Brasil defende os direitos humanos e a liberdade de escolha com a mesma veemência com que repudia todo ato de intolerância ou de recurso ao terrorismo.
Aberto a perguntas em uma entrevista coletiva. Foi o último compromisso do presidente Mahmoud Ahmadnejad no Brasil. Questionado sobre uma eventual invasão dos Estados Unidos ou de Israel ao Irã, ele respondeu que a era dos ataques militares já chegou ao fim e que hoje é tempo de diálogo e pensamento:
“Armas e ameaças pertencem ao passado. Até para as pessoas atrasadas, aqueles que vocês se referiram não tem coragem para praticar isso”
O presidente iraniano, que defende abertamente a destruição de Israel e nega o Holocausto, o extermínio de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, passou menos de 24 horas em Brasília. Houve manifestações a favor e contra a visita.
“Ele é uma figura radical, por que o Brasil vai ficar o tempo todo importando complicações?”, pergunta o líder do DEM, senador Agripino Maia (DEM-RN).
“Parte da oposição que está dizendo que o Brasil não deveria receber o presidente do Irã está sendo intolerante. A intolerância não constrói a paz. O que constrói a paz é o diálogo”, opina o líder PT, deputado Candido Vaccarezza (PT-SP).
Um sobrevivente de campos de concentração protestou. “Vem aqui um indivíduo, presidente do Irã, dizendo que não houve Holocausto, que não houve crime. Estou aqui como testemunha viva”, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo do Brasil, Ben Abrahan.
Poucos parlamentares estavam no Congresso para receber Ahmadinejad. Exatamente sete, para uma comitiva de 17 ministros e assessores iranianos.
Com o presidente Lula, um encontro caloroso. Lula disse que o Brasil quer ver a paz no Oriente Médio e defendeu o programa nuclear do Irã, para fins pacíficos: “Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver programa nuclear para fins pacíficos, com pleno respeito aos acordos internacionais. Esse é o caminho que o Brasil vem trilhando. O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina”.
O presidente Lula também condenou o terrorismo e defendeu o respeito aos direitos humanos. Do presidente do Irã, recebeu apoio para que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
“Eu acho que realmente não é uma boa coisa para o Brasil. Ahmadinejad ganha mais do que nós em vir aqui, porque ganha reconhecimento, legitimidade de um país importante, que tem participação nos principais fóruns internacionais”, destaca o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Felipe Lampreia.
“Eu penso que essa comoção é exagerada. É natural que os países busquem a diversificação de parcerias e convidem chefes de outros estados, independentemente da característica política, da ideologia ou mesmo de declarações polêmicas”, diz o professor da UnB Carlos Vidigal.
O presidente iraniano só não cumpriu um compromisso da agenda: uma palestra para estudantes em uma faculdade de Brasília. Eles esperaram duas horas até que veio a notícia do cancelamento.
Sobre os três americanos presos no Irã, acusados de espionagem, o presidente iraniano disse que eles entraram ilegalmente no país e não respondeu se serão libertados nos próximos dias. Afirmou apenas que os três cometeram um erro e que a situação está nas mãos do Judiciário do país. (Retirado da Comunicacão Social Nacional)
O Irã desafia a opinião mundial. Foi com segurança e ironia que o presidente Mahmoud Ahmadinejad descartou, ontem à noite, ameaças militares contra seu país. Disse que os Estados Unidos e Israel não têm coragem de invadir o Irã.
Declarações polêmicas de um presidente polêmico. O encontro de Ahmadinejad com o presidente Lula atraiu os olhares do mundo.
O presidente Lula foi chamado de “meu bom amigo” pelo presidente iraniano, voltou a defender o direito de o Irã desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos, mas usando a linguagem diplomática, Lula repetiu algumas das muitas críticas que Mahmoud Ahmadinejad tem ouvido.
Lula disse que a política externa brasileira é balizada pelo compromisso com a democracia e o respeito à diversidade e que o Brasil defende os direitos humanos e a liberdade de escolha com a mesma veemência com que repudia todo ato de intolerância ou de recurso ao terrorismo.
Aberto a perguntas em uma entrevista coletiva. Foi o último compromisso do presidente Mahmoud Ahmadnejad no Brasil. Questionado sobre uma eventual invasão dos Estados Unidos ou de Israel ao Irã, ele respondeu que a era dos ataques militares já chegou ao fim e que hoje é tempo de diálogo e pensamento:
“Armas e ameaças pertencem ao passado. Até para as pessoas atrasadas, aqueles que vocês se referiram não tem coragem para praticar isso”
O presidente iraniano, que defende abertamente a destruição de Israel e nega o Holocausto, o extermínio de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, passou menos de 24 horas em Brasília. Houve manifestações a favor e contra a visita.
“Ele é uma figura radical, por que o Brasil vai ficar o tempo todo importando complicações?”, pergunta o líder do DEM, senador Agripino Maia (DEM-RN).
“Parte da oposição que está dizendo que o Brasil não deveria receber o presidente do Irã está sendo intolerante. A intolerância não constrói a paz. O que constrói a paz é o diálogo”, opina o líder PT, deputado Candido Vaccarezza (PT-SP).
Um sobrevivente de campos de concentração protestou. “Vem aqui um indivíduo, presidente do Irã, dizendo que não houve Holocausto, que não houve crime. Estou aqui como testemunha viva”, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo do Brasil, Ben Abrahan.
Poucos parlamentares estavam no Congresso para receber Ahmadinejad. Exatamente sete, para uma comitiva de 17 ministros e assessores iranianos.
Com o presidente Lula, um encontro caloroso. Lula disse que o Brasil quer ver a paz no Oriente Médio e defendeu o programa nuclear do Irã, para fins pacíficos: “Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver programa nuclear para fins pacíficos, com pleno respeito aos acordos internacionais. Esse é o caminho que o Brasil vem trilhando. O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina”.
O presidente Lula também condenou o terrorismo e defendeu o respeito aos direitos humanos. Do presidente do Irã, recebeu apoio para que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
“Eu acho que realmente não é uma boa coisa para o Brasil. Ahmadinejad ganha mais do que nós em vir aqui, porque ganha reconhecimento, legitimidade de um país importante, que tem participação nos principais fóruns internacionais”, destaca o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Felipe Lampreia.
“Eu penso que essa comoção é exagerada. É natural que os países busquem a diversificação de parcerias e convidem chefes de outros estados, independentemente da característica política, da ideologia ou mesmo de declarações polêmicas”, diz o professor da UnB Carlos Vidigal.
O presidente iraniano só não cumpriu um compromisso da agenda: uma palestra para estudantes em uma faculdade de Brasília. Eles esperaram duas horas até que veio a notícia do cancelamento.
Sobre os três americanos presos no Irã, acusados de espionagem, o presidente iraniano disse que eles entraram ilegalmente no país e não respondeu se serão libertados nos próximos dias. Afirmou apenas que os três cometeram um erro e que a situação está nas mãos do Judiciário do país. (Retirado da Comunicacão Social Nacional)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Não ao desemprego
Merece a pena perder um pouco do nosso tempo e ler este texto publicado no DN de 16.XI.09
Não ao desemprego
por José Saramago
A gravíssima crise económica e financeira que está convulsionando o mundo traz-nos a angustiante sensação de que chegámos ao final de uma época sem que se consiga vislumbrar o que e como será o que virá de seguida.
Que fazemos nós, que assistimos, impotentes, ao avanço esmagador dos grandes potentados económicos e financeiros, loucos por conquistar mais e mais dinheiro, mais e mais poder, com todos os meios legais ou ilegais ao seu alcance, limpos ou sujos, regulares ou criminais?
Podemos deixar a saída da crise nas mãos dos peritos? Não são eles precisamente, os banqueiros, os políticos de máximo nível mundial, os directores das grandes multinacionais, os especuladores, com a cumplicidade dos meios de comunicação social, os que, com a soberba de quem se considera possuidor da última sabedoria, nos mandavam calar quando, nos últimos 30 anos, timidamente protestávamos, dizendo que não sabíamos nada, e por isso nos ridicularizavam? Era o tempo do império absoluto do Mercado, essa entidade presunçosamente auto-reformável e auto--regulável encarregada pelo imutável destino de preparar e defender para sempre e jamais a nossa felicidade pessoal e colectiva, ainda que a realidade se encarregasse de desmenti-lo a cada hora que passava.
E agora, quando cada dia aumenta o número de desempregados? Vão acabar por fim os paraísos fiscais e as contas numeradas? Será implacavelmente investigada a origem de gigantescos depósitos bancários, de engenharias financeiras claramente delitivas, de inversões opacas que, em muitos casos, mais não são que massivas lavagens de dinheiro negro, do narcotráfico e outras actividades canalhas? E os expedientes de crise, habilmente preparados para benefício dos conselhos de administração e contra os trabalhadores?
Quem resolve o problema dos desempregados, milhões de vítimas da chamada crise, que pela avareza, a maldade ou a estupidez dos poderosos vão continuar desempregados, mal-vivendo temporariamente de míseros subsídios do Estado, enquanto os grandes executivos e administradores de empresas deliberadamente conduzidas à falência gozam de quantias milionárias cobertas por contratos blindados?
O que se está a passar é, em todos os aspectos, um crime contra a humanidade e desde esta perspectiva deve ser analisado nos fóruns públicos e nas consciências. Não é exagero. Crimes contra a humanidade não são apenas os genocídios, os etnocídios, os campos de morte, as torturas, os assassinatos selectivos, as fomes deliberadamente provocadas, as contaminações massivas, as humilhações como método repressivo da identidade das vítimas. Crime contra a humanidade é também o que os poderes financeiros e económicos, com a cumplicidade efectiva ou tácita dos governos, friamente perpetraram contra milhões de pessoas em todo o mundo, ameaçadas de perder o que lhes resta, a sua casa e as suas poupanças, depois de terem perdido a única e tantas vezes escassa fonte de rendimento, quer dizer, o seu trabalho.
Dizer "não ao desemprego" é um dever ético, um imperativo moral. Como o é denunciar que esta situação não a geraram os trabalhadores, que não são os empregados os que devem pagar a estultícia e os erros do sistema.
Dizer "não ao desemprego" é travar o genocídio lento mas implacável a que o sistema condena milhões de pessoas. Sabemos que podemos sair desta crise, sabemos que não pedimos a lua. E sabemos que temos voz para usá-la. Frente à soberba do sistema, invoquemos o nosso direito à crítica e ao nosso protesto. Eles não sabem tudo. Equivocaram-se. Enganaram -nos. Não toleremos ser suas vítimas.
Não ao desemprego
por José Saramago
A gravíssima crise económica e financeira que está convulsionando o mundo traz-nos a angustiante sensação de que chegámos ao final de uma época sem que se consiga vislumbrar o que e como será o que virá de seguida.
Que fazemos nós, que assistimos, impotentes, ao avanço esmagador dos grandes potentados económicos e financeiros, loucos por conquistar mais e mais dinheiro, mais e mais poder, com todos os meios legais ou ilegais ao seu alcance, limpos ou sujos, regulares ou criminais?
Podemos deixar a saída da crise nas mãos dos peritos? Não são eles precisamente, os banqueiros, os políticos de máximo nível mundial, os directores das grandes multinacionais, os especuladores, com a cumplicidade dos meios de comunicação social, os que, com a soberba de quem se considera possuidor da última sabedoria, nos mandavam calar quando, nos últimos 30 anos, timidamente protestávamos, dizendo que não sabíamos nada, e por isso nos ridicularizavam? Era o tempo do império absoluto do Mercado, essa entidade presunçosamente auto-reformável e auto--regulável encarregada pelo imutável destino de preparar e defender para sempre e jamais a nossa felicidade pessoal e colectiva, ainda que a realidade se encarregasse de desmenti-lo a cada hora que passava.
E agora, quando cada dia aumenta o número de desempregados? Vão acabar por fim os paraísos fiscais e as contas numeradas? Será implacavelmente investigada a origem de gigantescos depósitos bancários, de engenharias financeiras claramente delitivas, de inversões opacas que, em muitos casos, mais não são que massivas lavagens de dinheiro negro, do narcotráfico e outras actividades canalhas? E os expedientes de crise, habilmente preparados para benefício dos conselhos de administração e contra os trabalhadores?
Quem resolve o problema dos desempregados, milhões de vítimas da chamada crise, que pela avareza, a maldade ou a estupidez dos poderosos vão continuar desempregados, mal-vivendo temporariamente de míseros subsídios do Estado, enquanto os grandes executivos e administradores de empresas deliberadamente conduzidas à falência gozam de quantias milionárias cobertas por contratos blindados?
O que se está a passar é, em todos os aspectos, um crime contra a humanidade e desde esta perspectiva deve ser analisado nos fóruns públicos e nas consciências. Não é exagero. Crimes contra a humanidade não são apenas os genocídios, os etnocídios, os campos de morte, as torturas, os assassinatos selectivos, as fomes deliberadamente provocadas, as contaminações massivas, as humilhações como método repressivo da identidade das vítimas. Crime contra a humanidade é também o que os poderes financeiros e económicos, com a cumplicidade efectiva ou tácita dos governos, friamente perpetraram contra milhões de pessoas em todo o mundo, ameaçadas de perder o que lhes resta, a sua casa e as suas poupanças, depois de terem perdido a única e tantas vezes escassa fonte de rendimento, quer dizer, o seu trabalho.
Dizer "não ao desemprego" é um dever ético, um imperativo moral. Como o é denunciar que esta situação não a geraram os trabalhadores, que não são os empregados os que devem pagar a estultícia e os erros do sistema.
Dizer "não ao desemprego" é travar o genocídio lento mas implacável a que o sistema condena milhões de pessoas. Sabemos que podemos sair desta crise, sabemos que não pedimos a lua. E sabemos que temos voz para usá-la. Frente à soberba do sistema, invoquemos o nosso direito à crítica e ao nosso protesto. Eles não sabem tudo. Equivocaram-se. Enganaram -nos. Não toleremos ser suas vítimas.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
A COBARDIA DE UM PRIMEIRO-MINISTRO CORRUPTO E CÚMPLICE DA BARBÁRIE!
POR: Fernando Casimiro (Didinho)- didinho@sapo.pt
Carlos Gomes Jr., Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau e accionista da Petromar, está radiante com a abertura de um posto de combustíveis da empresa portuguesa Galp Energia, que detém 80% da Petromar, uma empresa guineense de combustíveis, da qual o Primeiro-Ministro é accionista...
Tão entusiasmado que estava, por ver realizada uma promessa eleitoralista e por saber que o empreendimento ora inaugurado significa igualmente lucros para ele próprio, o senhor Carlos Gomes Jr. quis enviar recados aos que conhecem e denunciam as suas negociatas e roubalheiras, bem como a cumplicidade nas barbáries de Março passado!
Saiba, senhor Primeiro-Ministro, que foi o seu filho João Gomes, "Ndundo", quem me disse e tenho o registo da conversa, que o Zamora Induta enviou militares à sua residência, para garantir a sua segurança e da sua família na noite/madrugada em que o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira foi barbaramente assassinado!
Senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., o seu filho estava em sua casa, viu os militares que foram protegê-lo! Porquê, protegê-lo a si e à sua família naquela madrugada...?!
Senhor Primeiro-Ministro, pensava que o senhor tinha melhores notícias para dar à população de São Domingos... Esperava que o senhor surpreendesse tudo e todos, inaugurando uma escola, distribuindo livros e material escolar aos alunos; inaugurando um hospital ou centro de saúde, uma farmácia, ou outros investimentos sociais e de interesse colectivo.
O posto de combustível ora inaugurado serve para alguma coisa sim, mas essencialmente para os que têm posses, pois quem tem viatura na Guiné, tem posse; quem tem gerador tem posse... E a maioria, que nada tem, que lhe importa o posto de combustível em São Domingos?!
Obviamente que é um excelente negócio para a Galp, para a Petromar e para si, senhor Primeiro-Ministro, tendo em conta o abastecimento dos camiões que atravessam a fronteira.
O senhor Primeiro-Ministro, pelos vistos, aproveitou a ocasião, para, tal como gosta, enviar recados e acusar de forma vaga. Tem medo de chamar as pessoas pelos seus nomes?
"Vamos ser capazes de trazer as melhores empresas para esta região". "A cooperação portuguesa tem demonstrado que, através das suas empresas, continuará a apostar na Guiné-Bissau e com isso querem demonstrar ao mundo que as pessoas interessadas em denegrir a imagem do país continuarão frustradas", sublinhou Carlos Gomes Jr.. Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau no acto da inauguração (13.11.2009) de um posto de combustível da GALP no norte da Guiné-Bissau.
Sr. Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., quem são as tais pessoas frustradas e interessadas em denegrir a imagem do país?
Tem medo de dizer os seus nomes e onde estão?!
Já reparou que o Didinho quando acusa, chama o nome de quem acusa, suportando inclusive as acusações que faz? Não é o seu caso, Sr. Primeiro-Ministro, pois o Sr. nunca foi um homem de coragem, porque sempre se escondeu atrás da mentira!
Para além do recado aos frustrados interessados em denegrir a imagem da Guiné-Bissau, o senhor Primeiro-Ministro, aquando da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Setembro passado, também se referiu às pessoas influentes do aparelho do Estado que dão cobertura aos narcotraficantes.
"Aproveitando as carências em matéria de controlo nas fronteiras marítimas e terrestres, da nossa administração, cuja implementação em determinadas regiões é débil, os narcotraficantes conseguiram introduzir-se no nosso país a coberto do apoio de pessoas influentes do aparelho do Estado", explicou Carlos Gomes Júnior, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau no seu discurso na Assembleia-Geral da ONU em Setembro passado.
Sr. Primeiro-Ministro, quem são essas pessoas influentes do aparelho do Estado?
Se sabe quem são, está à espera de quê para denunciá-los à Justiça?!
Pois, vê-se que o senhor é um cobardolas!
Volto a pedir-lhe que tenha a dignidade de devolver os bens da Guiné-Bissau que o assassinado Presidente João Bernardo Vieira registou em seu nome, quando o senhor era seu "testa de ferro"!
Quer que lhe diga quem me disse ter consultado a lista de todo o "seu" inacreditável património ...?!
Já lhe disse uma vez, senhor Primeiro-Ministro, que não esgoto as minhas munições numa só batalha...
Agora, preste atenção no que lhe digo: Nenhum incompetente, cobardolas, corrupto e cúmplice de barbárie tem moral para me enviar recados, senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr!
Tal como dizem os lusitanos: "Quem não o conhecer, que o compre"!
Vamos continuar a trabalhar!
14-11-2009 3:44
Guiné-Bissau
Galp Energia abre mais um posto de abastecimento como "prova de confiança no país e líderes"
Bissau - A Galp Energia, que possui 80 por cento da empresa guineense Petromar, inaugurou sexta-feira, no norte da Guiné-Bissau, um novo posto de abastecimento de combustível, como prova de confiança no país e nos seus líderes.
A inauguração do posto de abastecimento de São Domingos é uma "prova de confiança no país, uma prova de confiança nos líderes políticos do país e uma prova de confiança no futuro face à crise", afirmou no final da cerimónia de inauguração Fernando Gomes, administrador-executivo da Galp.
"A Galp investiu aqui quatro milhões de francos cfa e criou mais uma dúzia de postos de trabalho", afirmou o antigo presidente da Câmara do Porto, sublinhando que a petrolífera portuguesa emprega directamente na Guiné-Bissau mais de 120 pessoas.
Fernando Gomes disse também que estão mais investimentos previstos para o país, nomeadamente no "domínio das infra-estruturas de abastecimento".
Uma mais valia para a Guiné-Bissau porque aquelas infra-estruturas "vão constituir também reservas estratégicas para a região", frisou.
Sublinhando que a Galp Energia privilegia os investimentos nos países onde Portugal se encontra tradicionalmente, Fernando Gomes anunciou que ao nível daquela sub-região a empresa portuguesa adquiriu "há muito pouco tempo todas as infra-estruturas de abastecimento na Gâmbia".
"A Galp através das suas filiadas está na Guiné-Bissau há mais de 50 anos e vai estar no futuro com uma posição cada vez mais forte", concluiu Fernando Gomes.
Na cerimónia de inauguração do novo posto de abastecimento esteve também o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que afirmou que o governo cumpre o que prometeu durante a campanha eleitoral para as legislativas de 2008.
"Vamos ser capazes de trazer as melhores empresas para esta região". "A cooperação portuguesa tem demonstrado que, através das suas empresas, continuará a apostar na Guiné-Bissau e com isso querem demonstrar ao mundo que as pessoas interessadas em denegrir a imagem do país continuarão frustradas", sublinhou.
O primeiro-ministro lembrou também que tem uma moeda estável por pertencer à União Económica Monetária da África Ocidental e que os interessados em investir no país, que tem ainda recursos para explorar, podem alargar o investimento a todos os Estados-Membros daquela união monetária.
Fonte: Angola Press
Carlos Gomes Jr., Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau e accionista da Petromar, está radiante com a abertura de um posto de combustíveis da empresa portuguesa Galp Energia, que detém 80% da Petromar, uma empresa guineense de combustíveis, da qual o Primeiro-Ministro é accionista...
Tão entusiasmado que estava, por ver realizada uma promessa eleitoralista e por saber que o empreendimento ora inaugurado significa igualmente lucros para ele próprio, o senhor Carlos Gomes Jr. quis enviar recados aos que conhecem e denunciam as suas negociatas e roubalheiras, bem como a cumplicidade nas barbáries de Março passado!
Saiba, senhor Primeiro-Ministro, que foi o seu filho João Gomes, "Ndundo", quem me disse e tenho o registo da conversa, que o Zamora Induta enviou militares à sua residência, para garantir a sua segurança e da sua família na noite/madrugada em que o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira foi barbaramente assassinado!
Senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., o seu filho estava em sua casa, viu os militares que foram protegê-lo! Porquê, protegê-lo a si e à sua família naquela madrugada...?!
Senhor Primeiro-Ministro, pensava que o senhor tinha melhores notícias para dar à população de São Domingos... Esperava que o senhor surpreendesse tudo e todos, inaugurando uma escola, distribuindo livros e material escolar aos alunos; inaugurando um hospital ou centro de saúde, uma farmácia, ou outros investimentos sociais e de interesse colectivo.
O posto de combustível ora inaugurado serve para alguma coisa sim, mas essencialmente para os que têm posses, pois quem tem viatura na Guiné, tem posse; quem tem gerador tem posse... E a maioria, que nada tem, que lhe importa o posto de combustível em São Domingos?!
Obviamente que é um excelente negócio para a Galp, para a Petromar e para si, senhor Primeiro-Ministro, tendo em conta o abastecimento dos camiões que atravessam a fronteira.
O senhor Primeiro-Ministro, pelos vistos, aproveitou a ocasião, para, tal como gosta, enviar recados e acusar de forma vaga. Tem medo de chamar as pessoas pelos seus nomes?
"Vamos ser capazes de trazer as melhores empresas para esta região". "A cooperação portuguesa tem demonstrado que, através das suas empresas, continuará a apostar na Guiné-Bissau e com isso querem demonstrar ao mundo que as pessoas interessadas em denegrir a imagem do país continuarão frustradas", sublinhou Carlos Gomes Jr.. Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau no acto da inauguração (13.11.2009) de um posto de combustível da GALP no norte da Guiné-Bissau.
Sr. Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., quem são as tais pessoas frustradas e interessadas em denegrir a imagem do país?
Tem medo de dizer os seus nomes e onde estão?!
Já reparou que o Didinho quando acusa, chama o nome de quem acusa, suportando inclusive as acusações que faz? Não é o seu caso, Sr. Primeiro-Ministro, pois o Sr. nunca foi um homem de coragem, porque sempre se escondeu atrás da mentira!
Para além do recado aos frustrados interessados em denegrir a imagem da Guiné-Bissau, o senhor Primeiro-Ministro, aquando da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Setembro passado, também se referiu às pessoas influentes do aparelho do Estado que dão cobertura aos narcotraficantes.
"Aproveitando as carências em matéria de controlo nas fronteiras marítimas e terrestres, da nossa administração, cuja implementação em determinadas regiões é débil, os narcotraficantes conseguiram introduzir-se no nosso país a coberto do apoio de pessoas influentes do aparelho do Estado", explicou Carlos Gomes Júnior, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau no seu discurso na Assembleia-Geral da ONU em Setembro passado.
Sr. Primeiro-Ministro, quem são essas pessoas influentes do aparelho do Estado?
Se sabe quem são, está à espera de quê para denunciá-los à Justiça?!
Pois, vê-se que o senhor é um cobardolas!
Volto a pedir-lhe que tenha a dignidade de devolver os bens da Guiné-Bissau que o assassinado Presidente João Bernardo Vieira registou em seu nome, quando o senhor era seu "testa de ferro"!
Quer que lhe diga quem me disse ter consultado a lista de todo o "seu" inacreditável património ...?!
Já lhe disse uma vez, senhor Primeiro-Ministro, que não esgoto as minhas munições numa só batalha...
Agora, preste atenção no que lhe digo: Nenhum incompetente, cobardolas, corrupto e cúmplice de barbárie tem moral para me enviar recados, senhor Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr!
Tal como dizem os lusitanos: "Quem não o conhecer, que o compre"!
Vamos continuar a trabalhar!
14-11-2009 3:44
Guiné-Bissau
Galp Energia abre mais um posto de abastecimento como "prova de confiança no país e líderes"
Bissau - A Galp Energia, que possui 80 por cento da empresa guineense Petromar, inaugurou sexta-feira, no norte da Guiné-Bissau, um novo posto de abastecimento de combustível, como prova de confiança no país e nos seus líderes.
A inauguração do posto de abastecimento de São Domingos é uma "prova de confiança no país, uma prova de confiança nos líderes políticos do país e uma prova de confiança no futuro face à crise", afirmou no final da cerimónia de inauguração Fernando Gomes, administrador-executivo da Galp.
"A Galp investiu aqui quatro milhões de francos cfa e criou mais uma dúzia de postos de trabalho", afirmou o antigo presidente da Câmara do Porto, sublinhando que a petrolífera portuguesa emprega directamente na Guiné-Bissau mais de 120 pessoas.
Fernando Gomes disse também que estão mais investimentos previstos para o país, nomeadamente no "domínio das infra-estruturas de abastecimento".
Uma mais valia para a Guiné-Bissau porque aquelas infra-estruturas "vão constituir também reservas estratégicas para a região", frisou.
Sublinhando que a Galp Energia privilegia os investimentos nos países onde Portugal se encontra tradicionalmente, Fernando Gomes anunciou que ao nível daquela sub-região a empresa portuguesa adquiriu "há muito pouco tempo todas as infra-estruturas de abastecimento na Gâmbia".
"A Galp através das suas filiadas está na Guiné-Bissau há mais de 50 anos e vai estar no futuro com uma posição cada vez mais forte", concluiu Fernando Gomes.
Na cerimónia de inauguração do novo posto de abastecimento esteve também o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, que afirmou que o governo cumpre o que prometeu durante a campanha eleitoral para as legislativas de 2008.
"Vamos ser capazes de trazer as melhores empresas para esta região". "A cooperação portuguesa tem demonstrado que, através das suas empresas, continuará a apostar na Guiné-Bissau e com isso querem demonstrar ao mundo que as pessoas interessadas em denegrir a imagem do país continuarão frustradas", sublinhou.
O primeiro-ministro lembrou também que tem uma moeda estável por pertencer à União Económica Monetária da África Ocidental e que os interessados em investir no país, que tem ainda recursos para explorar, podem alargar o investimento a todos os Estados-Membros daquela união monetária.
Fonte: Angola Press
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A PRAGA
Todos gostam de ver e ouvir realces, destaques, elogios etc. etc. do que é positivo em relação à Guiné-Bissau mas, quando se trata de assuntos que "comprometem" a imagem do país, mesmo sendo a verdade, já se diz que é tudo mentira, tudo invenção de países e pessoas que não gostam da Guiné-Bissau, esquecendo-se que muitas das vezes, são essas mesmas pessoas e até países, que divulgam o que de bom há na Guiné-Bissau!
A propósito da reportagem da revista Time sobre o narcotráfico na Guiné-Bissau, pessoas houve que me escreveram, manifestando decepção pela reportagem, sendo que também houve quem tivesse opinado que o site www.didinho.org não devia publicar esse tipo reportagens, por não corresponderem à verdade...
Infelizmente, para esses, a verdade dos outros será sempre mentira, mesmo quando em relação ao assunto que dizem ser mentira ou invenção, nada saberem ou apresentarem de concreto.
Quero dizer aos meus irmãos guineenses que também me dói saber o que se passa no país. Tenho sofrido e muito com isso, mas dou graças por alguém nos dar a conhecer o bem e o mal que há na Guiné-Bissau, pois, se assim não fosse, como saberíamos em pormenor e de forma séria o que por lá se passa?
Quando se diz que algumas pessoas, bem como países estrangeiros, querem denegrir a imagem da Guiné-Bissau, por mostrarem reportagens sobre o narcotráfico, estamos a ser realistas?
Será que o narcotráfico é uma mentira/invenção atribuída à Guiné-Bissau, ou é simplesmente uma verdade cruel, a praga lançada pelo assassinado Presidente João Bernardo "Nino" Vieira sobre a Guiné-Bissau?!
Estaremos realmente a defender a imagem da Guiné-Bissau quando, sem argumentos, reprovamos e dispensamos trabalhos de investigação jornalística bem suportados que, contrariamente ao que se pensa e se diz, pretendem apenas dar a conhecer aos governos e povos dos países mais poderosos (para que ajudem a tomar providências) o mal que o narcotráfico tem causado a um pequeno e frágil país como a Guiné-Bissau e a toda a África ocidental em geral?!
Ou estaremos a defender (consciente ou inconscientemente), com base num patriotismo mesquinho, carente de princípios, o mal - a praga que é o narcotráfico e os narcotraficantes, prejudicando cada vez mais a Guiné-Bissau?!
Como pensam ou querem os guineenses resolver a questão do narcotráfico na Guiné-Bissau, escondendo as verdades sobre esta praga no país?!
Como pensam ou querem os guineenses agir contra o crime organizado em geral na Guiné-Bissau, escondendo as verdades e arranjando bodes expiatórios?!
Como pensam ou querem os guineenses acabar com a impunidade na Guiné-Bissau, afirmando que todo o mal que se diz existir na Guiné-Bissau não passa de invenção/mentira de pessoas e países que não gostam da Guiné?!
LUTAR CONTRA A PRAGA
Recentemente nomeado Procurador-geral da República, o Dr. Amine Saad transmitiu confiança aos guineenses e à Comunidade Internacional, posicionando-se decidida e corajosamente em defesa da República, da Legalidade e do Estado de Direito.
Amine Saad disse ter a certeza absoluta de que, “o poder político, disponibilizando meios, nós combatemos e vencemos a corrupção, os traficantes de droga, e acima de tudo, contribuímos para cimentar o Estado de direito democrático na Guiné-Bissau”.
O Dr. Amin Saad sabe que o narcotráfico é uma praga na Guiné-Bissau, tal como a corrupção. Sabe que nenhuma dessas pragas são invenções ou mentiras com o fim de denegrir a imagem da Guiné-Bissau e, por isso, sabe o que deve fazer, aliás, tal como já prometeu fazer!
Num país onde a ligação do narcotráfico com as estruturas do Estado é uma realidade;
Num país onde ninguém garante a segurança de ninguém e em que se sabe que os narcotraficantes andam armados, assim como os seus agentes;
Como poderá o Dr. Amine Saad lutar contra a praga, sabendo de antemão que corre sérios riscos de vida por se ter comprometido com a causa da Justiça?!
Com o apoio de todos os guineenses honestos e que querem o bem da Guiné-Bissau!
Encorajando-o e à sua equipa; denunciando os criminosos, posicionando-nos do lado da Justiça!
Com os apoios materiais (de quem de direito) que já fez questão de mencionar e que são indispensáveis ao bom cumprimento da difícil e complexa missão do Ministério Público!
Não tenho dúvidas de que a sua nomeação para o cargo de Procurador-Geral da República foi a melhor escolha. Em 2006 precisei da sua colaboração e pela sua resposta convenci-me estar perante um Homem comprometido com a Guiné-Bissau, com os guineenses e com a Justiça!
Merece e terá todo o nosso apoio na sua e nossa luta pela restituição da legalidade à Guiné-Bissau!
Vamos continuar a trabalhar!
De: Fernando Casimiro
Enviada: domingo, 29 de Outubro de 2006 15:32
Para: Amine Michel Saad
Assunto: COLABORAÇÃO
Prezado Dr. Amine Michel Saad,
Escrevo-lhe este e-mail no sentido de obter da sua parte uma colaboração para o trabalho que estou a desenvolver no projecto GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO, www.didinho.org
Estou a preparar algumas publicações para serem lançadas no primeiro trimestre de 2007 e uma delas intitula-se “EM BUSCA DA VERDADE”.
Tenho conversado com algumas pessoas no sentido de conseguir depoimentos significativos que possam realmente servir de CONTRIBUTO para este trabalho.
É claro que os contactos tornam-se por vezes difíceis, dada a localização das pessoas e também à falta de meios de comunicação, Internet, nalguns casos.
Dentre as pessoas que escolhi para ouvir e ficar a conhecer a versão de factos concretos sobre as várias governações do pós-independência da Guiné-Bissau, o Sr. Dr. Amin Saad é uma delas.
Tendo o Sr. ocupado, anteriormente, a pasta de Procurador-Geral da República e tudo feito para descobrir e apresentar as valas comuns do alegado caso de golpe de Estado que ficou conhecido como o caso 17 de Outubro, gostaria de obter da sua parte total colaboração em conformidade com os dados com que argumentou junto às autoridades portuguesas, no sentido da extradição de João Bernardo Vieira, na altura exilado em Portugal.
Estou em crer que o Dr. Amine Saad tinha em sua posse provas concludentes para incriminar Nino Vieira e fazê-lo responder perante os Tribunais.
Hoje, continuo a acreditar que essas provas existem!
O país precisa de conhecer a verdade dos factos.
Os guineenses não poderão jamais reconciliar-se sem que a verdade seja factor de acção quer da Justiça, quer do arrependimento e, consequentemente do perdão, caso moralmente, os prejudicados assim o entenderem.
Junto envio-lhe em anexo uma carta aberta que dirigi a Nino Vieira em Maio deste ano e que agradeço antecipadamente a sua leitura para um melhor enquadramento dos meus propósitos.
Quero aproveitar igualmente, para convidá-lo a visitar o site www.didinho.org
Um projecto de cidadania em que a reflexão e o debate de ideias constituem o lema do projecto.
Ficarei aguardando pela sua resposta.
Antecipadamente grato
Fernando Casimiro (Didinho)
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De: Amine Saad
Enviada: segunda-feira, 6 de Novembro de 2006 19:36
Para: didinhocasimiro@gmail.com
Assunto: Re: COLABORAÇÃO
Prezado concidadão
Recebi com muita honra e grande prazer a sua mensagem - pela dignidade do remetente e por saber que sou considerado no grupo das "Testemunhas" da história contemporânea do nosso país.
Quero testemunhar-lhe todo o meu apreço pelo seu engajamento na defesa da verdade, um dos pilares fundamentais para a sustentação da casa guineense; confirmar-lhe toda a minha disponibilidade para colaborar em projectos que visem tirar o nosso país do cabo das tormentas, salvar o guineense do adamastor.
Aguardando o prazer de sua noticias
Amine Saad
AMINE SAAD PROMETE LUTAR CONTRA A IMPUNIDADE E O NARCOTRÁFICO NO PAÍS
10-11-2009
Na sequência da sua nomeação e consequente concessão de posse pelo Presidente da República Malam Bacai Sanhá, o advogado Amine Michel Saad assumiu sexta-feira, em Bissau, as rédeas da Procuradoria-Geral da República, com a passação que lhe foi feita pelo seu antecessor no cargo, Luís Manuel Cabral.
O novo titular do Ministério Público que pela segunda vez foi chamado ao Ministério Público, destaca que a sua função é, sobretudo, uma missão de trabalhar para que a Guiné-Bissau seja efectivamente, um Estado de Direito, um Estado em que todos têm que ter medo da lei devido ao império da própria lei, caso contrário, segundo ele, a sociedade não funciona e, por conseguinte, os cidadãos vão continuar a fazer emboscadas contra os seus companheiros, enquanto a corrupção, o narcotráfico e demais práticas ilícitas vão ganhando maiores proporções.
Para além de deduzir que comparativamente aos anos transactos em que exerceu esta mesma função (1999/2000), a Procuradoria-Geral da República dispõe actualmente de maior número de quadros com sapiência, Amine Saad sublinha que “qualquer magistrado do Ministério Público tem que saber em primeiríssimo lugar, que tem que ser impopular”, porque conforme disse, quando se tem por amigo a lei e se obrigar as pessoas a cumprirem com a mesma, nunca se é popular.
O novo Procurador-Geral da República realça como uma das suas tarefas, “a construção de um Estado de Direito”, não obstante ter reconhecido que a edificação do Estado de Direito, por exemplo na Guiné-Bissau, “é quase uma imposição, que não deixa de ser complicada, mesmo fundamentada na lei com o fito de levar os cidadãos a aceitarem que a lei é que deve guiá-los no seu quotidiano.”
“ A corrupção quando grassa numa sociedade africana, começa na própria Administração Pública. Os “bagres” estão lá. Agora, alguém tem que lá ir buscá-los, senão…, esta casa tem que fechar as portas. Portanto, nós temos que pôr termo à corrupção que entretanto corrói a sociedade”, assegurou Amine Saad que entretanto acrescenta que os magistrados do Ministério Público têm que ter condições materiais e psicológicas para mostrar as pessoas que acima da lei, não está o Presidente da República, Primeiro-ministro ou titular de qualquer órgão de soberania, a não ser Deus.
Amine Saad sublinha a observância da lei e o combate a impunidade como tarefas primordiais, funcionais, e, sobretudo indispensáveis para que haja liberdade na Guiné-Bissau, porquanto, segundo ele, a concretização de “qualquer medida punitiva tem uma função de redenção”, de dar exemplo, mostrando que a punição de um cidadão que cometer qualquer acto condenável é para que os outros não repitam o mesmo acto.
O Procurador-geral da República reclama que “no Estado de Direito, o poder de detenção é legítimo ao Ministério Público”, pelo que manifestou-se contra detenções arbitrárias, prometendo tolerar apenas em flagrante delito, detenções feitas à qualquer cidadão por pessoas ou instituições alheias.
A nível interno, Amine Saad acredita na sapiência dos seus quadros, prometendo “a priori”, declinar convites para seminários sobre os trabalhos do Ministério Público ou combate à droga e corrupção.
Porém exorta, prioritariamente, apoios concretos como meios/materiais para melhorar as condições laborais do Ministério Público, assegurando que não vai aceitar que os magistrados daquela casa continuem a trabalhar nas condições actuais.
“Magistrado do Ministério Público, titular da acção penal, que põe, tira na cadeia ou pede a prisão de um indivíduo, apanha transporte público, “toca-toca”, com o mesmo indivíduo ou pede boleia ao mesmo indivíduo sem salvaguarda da sua integridade física, fechamos a casa porque não vale a pena. O poder político tem que se compenetrar que esta função não é pacífica nesta sociedade e eu não vou levar filho de ninguém para o sacrifício”.
O novo Procurador-geral da República disse ter a certeza absoluta de que, “o poder político, disponibilizando meios, nós combatemos e vencemos a corrupção, os traficantes de droga, e acima de tudo, contribuímos para cimentar o Estado de direito democrático na Guiné-Bissau”.
Aos magistrados do Ministério público, Amine Saad manifestou a disponibilidade de trabalhar em conjunto, pedindo-lhes “maior empenho, esforço e coragem” para levar a bom porto, a missão, porquanto, segundo ele, “nenhuma ajuda do mundo é mais valiosa do que a vontade colectiva e determinação para ajudar o poder político a construir este país”. Advertiu que o magistrado que não couber no conhecido projecto do Ministério Público, vai ter que deixar este pelouro, pois “esta é uma casa de muita responsabilidade, de pessoas competentes e exemplares”, disse.
Por seu turno, o Procurador-geral cessante, Luís Manuel Cabral, agradeceu à todas as pessoas que lhes deram apoio durante o seu mandato na medida em que considera ter herdado “processos quentes”, sobre os quais, disse ter conseguido fazer o que esteve ao seu alcance enquanto homem, esperando que o seu sucessor, Amine Saad, dê continuidade aos mesmos, ou seja, aos trabalhos iniciados.
Entre outros assuntos, Luís Manuel Cabral precisou que teve a oportunidade de falar com Amine Saad sobre alguns processos que neste momento estão sob o olhar atento das comunidades nacional e internacional, nomeadamente, os assassinatos do Presidente da República Nino Vieira e o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waie, ocorridos em Março deste ano.
O Procurador-geral da República cessante desejou sucessos e pediu a colaboração dos magistrados do Ministério Público ao seu sucessor para conduzir o barco a bom porto.
“Nós temos que lutar para elevar mais alto a imagem do Ministério Público enquanto fiscal da legalidade democrática e defensor dos interesses públicos do Estado”, enalteceu o Procurador-geral da República cessante.
João Umpa Mendes
http://www.gaznot.com/?link=details_actu&id=113&titre=Sociedade
Guiné-Bissau: Empossado novo Procurador-Geral da República
2009-11-05 16:28:36
Bissau – O novo Procurador-geral da Republica, Amine Saad, foi empossado pelo Presidente da República de forma a poder assumir as suas funções.
Malam Bacai Sanhá falou esta quinta-feira em Bissau na cerimónia de tomada de posse do novo Procurador-Geral da República, lembrando o recente caso do duplo assassinato, nos dias 1 e 2 de Março, do ex-Presidente da República João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waié. Sobre este assunto, o Chefe de Estado guineense chamou a atenção a Amine Saad para que este dê maior atenção a este caso.
Relativamente à questão do narcotráfico, Malam Bacai Sanhá, alertou Amine Saad por considerar o assunto preocupante, pois já levou o país a ser considerado um narco-Estado, o que não é aceitável para a Guiné-Bissau.
«Peço-lhe que seja feita alguma coisa no sentido de impedir que associações criminosas continuem a tirar impunemente partido da fragilidade do nosso Estado, usando o nosso território nacional como ponto de passagem de estupefacientes para outras passagens do mundo» apelou o chefe de Estado.
Malam Bacai Sanhá disse ainda que a moralização da vida pública através do combate à corrupção, é o desafio que o Ministério Público deve assumir. Nesta perspectiva, o Presidente da República, sublinhou que, ao Ministério Publico cabe a competência e autonomia da defesa da legalidade democrática, no exercício da acção penal, sendo da competência do juiz reprimir com total independência as violações das legalidades.
No que diz respeito à reforma do sistema judicial guineense, Bacai Sanhá, advertiu o Ministério Publico para assumir de forma clara o seu papel enquanto fiscalizador da legalidade. Malam Bacai Sanhá reafirmou por outro lado o seu compromisso em ver a justiça ser feita, em nome e no interesse do povo.
«Na qualidade de primeiro magistrado da Nação, permitam-me reafirmar neste acto o meu compromisso, assumido na minha investidura de zelar para que a justiça seja efectivamente e sempre administrada em nome e do interesse do povo» disse Sanhá.
Embora reconheça que a crise e desigualdades na Justiça denunciadas constantemente pela maioria da população são contrárias às leis da República, Bacai Sanhá disse que a nomeação do novo Procurador-Geral da República insere-se no quadro das profundas das reformas em curso no sistema da administração da Justiça, e que disse contar com o envolvimento do Governo.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
Guiné-Bissau: Novo Procurador-Geral da República promete acabar com corrupção
2009-11-09 10:58:21
Bissau – O novo Procurador-Geral da República, Amine Saad prometeu esta sexta-feira em Bissau pôr fim às alegadas práticas de corrupção no aparelho do Estado guineense.
Falando na cerimónia de transição do gabinete que teve lugar no dia 6 de Novembro, Amine Saad adiantou que se forem criadas condições de trabalho para os magistrados do Ministério Publico, a sua equipa estará em condições para combater a corrupção, acabar com as detenções arbitrárias e acabar com o tráfico de droga no aparelho do Estado.
A este propósito, o responsável máximo do Ministério Público guineense disse que não são aceitáveis as condições em que trabalham actualmente os magistrados andando, por exemplo, à boleia em carros particulares.
Para ter sucesso no seu trabalho, Amine Saad disse que a Guiné-Bissau não pode continuar a ser considerado um país de assassinatos, tráfico de droga, e detenções arbitrárias, tendo determinado a este propósito que futuramente as coisas vão voltar a funcionar normalmente visto que, a partir desta data, ninguém poderá ser detido sem mandato do Ministério Público.
«O amigo do amigo não pode mandar prender ninguém, o titular da acção penal é o Ministério Público, que pode mandar prender, com a excepção de flagrantes delitos, por isso queremos informar aos nossos amigos que tudo isto já acabou», determinou Amine Saad.
Aos magistrados do Ministério Público, o novo Procurador-Geral da República lançou um desafio no sentido de se empenharem mais no exercício das suas funções, advertindo para que não é admissível que um processo de acusação pelo Ministério Público seja absolvido pelos juízes. «Quando se acusa é para condenar, e quando o acusado é absolvido é porque algo não correu bem», disse Saad.
Amine Saad falou ainda sobre a necessidade de recuperação da imagem dos homens da Justiça junto da população e da sociedade como forma de evitar ajustes de contas entre as partes em eventuais conflitos.
Sumba Nansil (c) PNN Portuguese News Network
Guiné-Bissau: Procurador-geral da Republica defende combate à corrupção
2009-11-11 16:29:45
Bissau – O Procurador-Geral da República Amine Saad disse que o combate à corrupção é um dos grandes eixos prioritários do Ministério Público.
O Procurador-Geral da República falou esta quarta-feira à saída de um encontro com o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, a quem foi apresentar os seus cumprimentos.
Quando respondia às questões dos jornalistas sobre os processos de investigação dos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Wayé, em Março deste ano, Amine Saad disse ter recursos humanos suficientes, mas falta de meios materiais.
O novo homem forte do Ministério Publico é da opinião de que a magistratura se deve preocupar também com uma questão estruturante que tem a ver com a corrupção e tráfico de droga, ao mesmo tempo que afirma que, a investigação sobre os dois assassinatos vai continuar, apesar dos meios para o efeito sugerirem outras movimentações financeiras.
Este é o primeiro encontro entre Carlos Gomes Júnior e Amine Saad. Amine Saad, nomeado para o cargo de Procurador-Geral na semana passada pelo Presidente da República, tem entre outras questões, vários dossiers quentes.
O caso do duplo assassinato de «Nino» Vieira e de Tagme Na Waié, assim como o desfecho do caso da aeronave retida no aeroporto internacional «Osvaldo Vieira» sob suspeita de ligação com o tráfico de droga, assim como o assalto à residência do então Presidente da República, Nino Vieira em Novembro de 2008, são os casos mais problemáticos.
Lassana Cassama/Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
Sessão parlamentar
Guiné-Bissau: Primeiro-ministro deve pronunciar-se sobre assassinatos de Nino Vieira e Tagme Na Waié
2009-11-11 15:57:20
Bissau – O primeiro-ministro foi interpelado para se pronunciar na Assembleia Nacional Popular sobre os resultados do inquérito aos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Waié.
O primeiro-ministro, Carlos Gomes, foi interpelado para se pronunciar sobre aquilo que os deputados consideram de silêncio das autoridades, quanto aos resultados do inquérito do duplo assassinato do Presidente da República, João Bernardo «Nino» Vieira, e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Baptista Tagme Na Waié, ocorridos nos dias 1 e 2 de Março deste ano, respectivamente.
O assunto mereceu uma abordagem por parte de alguns deputados esta terça-feira. Os parlamentares são da opinião de que os esclarecimentos sobre o caso só podem ser dados pelo Chefe do Executivo.
Como se isso não bastasse, os deputados justificam que a questão dos assassinatos do Presidente da República e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas deve ser esclarecida pelas autoridades nacionais de forma a evitar que a Guiné-Bissau continue a ser mal vista junto da Comunidade Internacional.
A proposta de audição do chefe do Governo sobre esta matéria é da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), que deseja assim ver o assunto explicado aos guineenses pelo Governo. De acordo com Augusto Poquena, deputado desta formação política, não se pode falar de reconciliação nacional sem que o tema seja abordado, mediante o resultado da Comissão de Inquérito, criada pelo Governo e dirigida pelo Ministério Público.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
A propósito da reportagem da revista Time sobre o narcotráfico na Guiné-Bissau, pessoas houve que me escreveram, manifestando decepção pela reportagem, sendo que também houve quem tivesse opinado que o site www.didinho.org não devia publicar esse tipo reportagens, por não corresponderem à verdade...
Infelizmente, para esses, a verdade dos outros será sempre mentira, mesmo quando em relação ao assunto que dizem ser mentira ou invenção, nada saberem ou apresentarem de concreto.
Quero dizer aos meus irmãos guineenses que também me dói saber o que se passa no país. Tenho sofrido e muito com isso, mas dou graças por alguém nos dar a conhecer o bem e o mal que há na Guiné-Bissau, pois, se assim não fosse, como saberíamos em pormenor e de forma séria o que por lá se passa?
Quando se diz que algumas pessoas, bem como países estrangeiros, querem denegrir a imagem da Guiné-Bissau, por mostrarem reportagens sobre o narcotráfico, estamos a ser realistas?
Será que o narcotráfico é uma mentira/invenção atribuída à Guiné-Bissau, ou é simplesmente uma verdade cruel, a praga lançada pelo assassinado Presidente João Bernardo "Nino" Vieira sobre a Guiné-Bissau?!
Estaremos realmente a defender a imagem da Guiné-Bissau quando, sem argumentos, reprovamos e dispensamos trabalhos de investigação jornalística bem suportados que, contrariamente ao que se pensa e se diz, pretendem apenas dar a conhecer aos governos e povos dos países mais poderosos (para que ajudem a tomar providências) o mal que o narcotráfico tem causado a um pequeno e frágil país como a Guiné-Bissau e a toda a África ocidental em geral?!
Ou estaremos a defender (consciente ou inconscientemente), com base num patriotismo mesquinho, carente de princípios, o mal - a praga que é o narcotráfico e os narcotraficantes, prejudicando cada vez mais a Guiné-Bissau?!
Como pensam ou querem os guineenses resolver a questão do narcotráfico na Guiné-Bissau, escondendo as verdades sobre esta praga no país?!
Como pensam ou querem os guineenses agir contra o crime organizado em geral na Guiné-Bissau, escondendo as verdades e arranjando bodes expiatórios?!
Como pensam ou querem os guineenses acabar com a impunidade na Guiné-Bissau, afirmando que todo o mal que se diz existir na Guiné-Bissau não passa de invenção/mentira de pessoas e países que não gostam da Guiné?!
LUTAR CONTRA A PRAGA
Recentemente nomeado Procurador-geral da República, o Dr. Amine Saad transmitiu confiança aos guineenses e à Comunidade Internacional, posicionando-se decidida e corajosamente em defesa da República, da Legalidade e do Estado de Direito.
Amine Saad disse ter a certeza absoluta de que, “o poder político, disponibilizando meios, nós combatemos e vencemos a corrupção, os traficantes de droga, e acima de tudo, contribuímos para cimentar o Estado de direito democrático na Guiné-Bissau”.
O Dr. Amin Saad sabe que o narcotráfico é uma praga na Guiné-Bissau, tal como a corrupção. Sabe que nenhuma dessas pragas são invenções ou mentiras com o fim de denegrir a imagem da Guiné-Bissau e, por isso, sabe o que deve fazer, aliás, tal como já prometeu fazer!
Num país onde a ligação do narcotráfico com as estruturas do Estado é uma realidade;
Num país onde ninguém garante a segurança de ninguém e em que se sabe que os narcotraficantes andam armados, assim como os seus agentes;
Como poderá o Dr. Amine Saad lutar contra a praga, sabendo de antemão que corre sérios riscos de vida por se ter comprometido com a causa da Justiça?!
Com o apoio de todos os guineenses honestos e que querem o bem da Guiné-Bissau!
Encorajando-o e à sua equipa; denunciando os criminosos, posicionando-nos do lado da Justiça!
Com os apoios materiais (de quem de direito) que já fez questão de mencionar e que são indispensáveis ao bom cumprimento da difícil e complexa missão do Ministério Público!
Não tenho dúvidas de que a sua nomeação para o cargo de Procurador-Geral da República foi a melhor escolha. Em 2006 precisei da sua colaboração e pela sua resposta convenci-me estar perante um Homem comprometido com a Guiné-Bissau, com os guineenses e com a Justiça!
Merece e terá todo o nosso apoio na sua e nossa luta pela restituição da legalidade à Guiné-Bissau!
Vamos continuar a trabalhar!
De: Fernando Casimiro
Enviada: domingo, 29 de Outubro de 2006 15:32
Para: Amine Michel Saad
Assunto: COLABORAÇÃO
Prezado Dr. Amine Michel Saad,
Escrevo-lhe este e-mail no sentido de obter da sua parte uma colaboração para o trabalho que estou a desenvolver no projecto GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO, www.didinho.org
Estou a preparar algumas publicações para serem lançadas no primeiro trimestre de 2007 e uma delas intitula-se “EM BUSCA DA VERDADE”.
Tenho conversado com algumas pessoas no sentido de conseguir depoimentos significativos que possam realmente servir de CONTRIBUTO para este trabalho.
É claro que os contactos tornam-se por vezes difíceis, dada a localização das pessoas e também à falta de meios de comunicação, Internet, nalguns casos.
Dentre as pessoas que escolhi para ouvir e ficar a conhecer a versão de factos concretos sobre as várias governações do pós-independência da Guiné-Bissau, o Sr. Dr. Amin Saad é uma delas.
Tendo o Sr. ocupado, anteriormente, a pasta de Procurador-Geral da República e tudo feito para descobrir e apresentar as valas comuns do alegado caso de golpe de Estado que ficou conhecido como o caso 17 de Outubro, gostaria de obter da sua parte total colaboração em conformidade com os dados com que argumentou junto às autoridades portuguesas, no sentido da extradição de João Bernardo Vieira, na altura exilado em Portugal.
Estou em crer que o Dr. Amine Saad tinha em sua posse provas concludentes para incriminar Nino Vieira e fazê-lo responder perante os Tribunais.
Hoje, continuo a acreditar que essas provas existem!
O país precisa de conhecer a verdade dos factos.
Os guineenses não poderão jamais reconciliar-se sem que a verdade seja factor de acção quer da Justiça, quer do arrependimento e, consequentemente do perdão, caso moralmente, os prejudicados assim o entenderem.
Junto envio-lhe em anexo uma carta aberta que dirigi a Nino Vieira em Maio deste ano e que agradeço antecipadamente a sua leitura para um melhor enquadramento dos meus propósitos.
Quero aproveitar igualmente, para convidá-lo a visitar o site www.didinho.org
Um projecto de cidadania em que a reflexão e o debate de ideias constituem o lema do projecto.
Ficarei aguardando pela sua resposta.
Antecipadamente grato
Fernando Casimiro (Didinho)
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De: Amine Saad
Enviada: segunda-feira, 6 de Novembro de 2006 19:36
Para: didinhocasimiro@gmail.com
Assunto: Re: COLABORAÇÃO
Prezado concidadão
Recebi com muita honra e grande prazer a sua mensagem - pela dignidade do remetente e por saber que sou considerado no grupo das "Testemunhas" da história contemporânea do nosso país.
Quero testemunhar-lhe todo o meu apreço pelo seu engajamento na defesa da verdade, um dos pilares fundamentais para a sustentação da casa guineense; confirmar-lhe toda a minha disponibilidade para colaborar em projectos que visem tirar o nosso país do cabo das tormentas, salvar o guineense do adamastor.
Aguardando o prazer de sua noticias
Amine Saad
AMINE SAAD PROMETE LUTAR CONTRA A IMPUNIDADE E O NARCOTRÁFICO NO PAÍS
10-11-2009
Na sequência da sua nomeação e consequente concessão de posse pelo Presidente da República Malam Bacai Sanhá, o advogado Amine Michel Saad assumiu sexta-feira, em Bissau, as rédeas da Procuradoria-Geral da República, com a passação que lhe foi feita pelo seu antecessor no cargo, Luís Manuel Cabral.
O novo titular do Ministério Público que pela segunda vez foi chamado ao Ministério Público, destaca que a sua função é, sobretudo, uma missão de trabalhar para que a Guiné-Bissau seja efectivamente, um Estado de Direito, um Estado em que todos têm que ter medo da lei devido ao império da própria lei, caso contrário, segundo ele, a sociedade não funciona e, por conseguinte, os cidadãos vão continuar a fazer emboscadas contra os seus companheiros, enquanto a corrupção, o narcotráfico e demais práticas ilícitas vão ganhando maiores proporções.
Para além de deduzir que comparativamente aos anos transactos em que exerceu esta mesma função (1999/2000), a Procuradoria-Geral da República dispõe actualmente de maior número de quadros com sapiência, Amine Saad sublinha que “qualquer magistrado do Ministério Público tem que saber em primeiríssimo lugar, que tem que ser impopular”, porque conforme disse, quando se tem por amigo a lei e se obrigar as pessoas a cumprirem com a mesma, nunca se é popular.
O novo Procurador-Geral da República realça como uma das suas tarefas, “a construção de um Estado de Direito”, não obstante ter reconhecido que a edificação do Estado de Direito, por exemplo na Guiné-Bissau, “é quase uma imposição, que não deixa de ser complicada, mesmo fundamentada na lei com o fito de levar os cidadãos a aceitarem que a lei é que deve guiá-los no seu quotidiano.”
“ A corrupção quando grassa numa sociedade africana, começa na própria Administração Pública. Os “bagres” estão lá. Agora, alguém tem que lá ir buscá-los, senão…, esta casa tem que fechar as portas. Portanto, nós temos que pôr termo à corrupção que entretanto corrói a sociedade”, assegurou Amine Saad que entretanto acrescenta que os magistrados do Ministério Público têm que ter condições materiais e psicológicas para mostrar as pessoas que acima da lei, não está o Presidente da República, Primeiro-ministro ou titular de qualquer órgão de soberania, a não ser Deus.
Amine Saad sublinha a observância da lei e o combate a impunidade como tarefas primordiais, funcionais, e, sobretudo indispensáveis para que haja liberdade na Guiné-Bissau, porquanto, segundo ele, a concretização de “qualquer medida punitiva tem uma função de redenção”, de dar exemplo, mostrando que a punição de um cidadão que cometer qualquer acto condenável é para que os outros não repitam o mesmo acto.
O Procurador-geral da República reclama que “no Estado de Direito, o poder de detenção é legítimo ao Ministério Público”, pelo que manifestou-se contra detenções arbitrárias, prometendo tolerar apenas em flagrante delito, detenções feitas à qualquer cidadão por pessoas ou instituições alheias.
A nível interno, Amine Saad acredita na sapiência dos seus quadros, prometendo “a priori”, declinar convites para seminários sobre os trabalhos do Ministério Público ou combate à droga e corrupção.
Porém exorta, prioritariamente, apoios concretos como meios/materiais para melhorar as condições laborais do Ministério Público, assegurando que não vai aceitar que os magistrados daquela casa continuem a trabalhar nas condições actuais.
“Magistrado do Ministério Público, titular da acção penal, que põe, tira na cadeia ou pede a prisão de um indivíduo, apanha transporte público, “toca-toca”, com o mesmo indivíduo ou pede boleia ao mesmo indivíduo sem salvaguarda da sua integridade física, fechamos a casa porque não vale a pena. O poder político tem que se compenetrar que esta função não é pacífica nesta sociedade e eu não vou levar filho de ninguém para o sacrifício”.
O novo Procurador-geral da República disse ter a certeza absoluta de que, “o poder político, disponibilizando meios, nós combatemos e vencemos a corrupção, os traficantes de droga, e acima de tudo, contribuímos para cimentar o Estado de direito democrático na Guiné-Bissau”.
Aos magistrados do Ministério público, Amine Saad manifestou a disponibilidade de trabalhar em conjunto, pedindo-lhes “maior empenho, esforço e coragem” para levar a bom porto, a missão, porquanto, segundo ele, “nenhuma ajuda do mundo é mais valiosa do que a vontade colectiva e determinação para ajudar o poder político a construir este país”. Advertiu que o magistrado que não couber no conhecido projecto do Ministério Público, vai ter que deixar este pelouro, pois “esta é uma casa de muita responsabilidade, de pessoas competentes e exemplares”, disse.
Por seu turno, o Procurador-geral cessante, Luís Manuel Cabral, agradeceu à todas as pessoas que lhes deram apoio durante o seu mandato na medida em que considera ter herdado “processos quentes”, sobre os quais, disse ter conseguido fazer o que esteve ao seu alcance enquanto homem, esperando que o seu sucessor, Amine Saad, dê continuidade aos mesmos, ou seja, aos trabalhos iniciados.
Entre outros assuntos, Luís Manuel Cabral precisou que teve a oportunidade de falar com Amine Saad sobre alguns processos que neste momento estão sob o olhar atento das comunidades nacional e internacional, nomeadamente, os assassinatos do Presidente da República Nino Vieira e o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waie, ocorridos em Março deste ano.
O Procurador-geral da República cessante desejou sucessos e pediu a colaboração dos magistrados do Ministério Público ao seu sucessor para conduzir o barco a bom porto.
“Nós temos que lutar para elevar mais alto a imagem do Ministério Público enquanto fiscal da legalidade democrática e defensor dos interesses públicos do Estado”, enalteceu o Procurador-geral da República cessante.
João Umpa Mendes
http://www.gaznot.com/?link=details_actu&id=113&titre=Sociedade
Guiné-Bissau: Empossado novo Procurador-Geral da República
2009-11-05 16:28:36
Bissau – O novo Procurador-geral da Republica, Amine Saad, foi empossado pelo Presidente da República de forma a poder assumir as suas funções.
Malam Bacai Sanhá falou esta quinta-feira em Bissau na cerimónia de tomada de posse do novo Procurador-Geral da República, lembrando o recente caso do duplo assassinato, nos dias 1 e 2 de Março, do ex-Presidente da República João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waié. Sobre este assunto, o Chefe de Estado guineense chamou a atenção a Amine Saad para que este dê maior atenção a este caso.
Relativamente à questão do narcotráfico, Malam Bacai Sanhá, alertou Amine Saad por considerar o assunto preocupante, pois já levou o país a ser considerado um narco-Estado, o que não é aceitável para a Guiné-Bissau.
«Peço-lhe que seja feita alguma coisa no sentido de impedir que associações criminosas continuem a tirar impunemente partido da fragilidade do nosso Estado, usando o nosso território nacional como ponto de passagem de estupefacientes para outras passagens do mundo» apelou o chefe de Estado.
Malam Bacai Sanhá disse ainda que a moralização da vida pública através do combate à corrupção, é o desafio que o Ministério Público deve assumir. Nesta perspectiva, o Presidente da República, sublinhou que, ao Ministério Publico cabe a competência e autonomia da defesa da legalidade democrática, no exercício da acção penal, sendo da competência do juiz reprimir com total independência as violações das legalidades.
No que diz respeito à reforma do sistema judicial guineense, Bacai Sanhá, advertiu o Ministério Publico para assumir de forma clara o seu papel enquanto fiscalizador da legalidade. Malam Bacai Sanhá reafirmou por outro lado o seu compromisso em ver a justiça ser feita, em nome e no interesse do povo.
«Na qualidade de primeiro magistrado da Nação, permitam-me reafirmar neste acto o meu compromisso, assumido na minha investidura de zelar para que a justiça seja efectivamente e sempre administrada em nome e do interesse do povo» disse Sanhá.
Embora reconheça que a crise e desigualdades na Justiça denunciadas constantemente pela maioria da população são contrárias às leis da República, Bacai Sanhá disse que a nomeação do novo Procurador-Geral da República insere-se no quadro das profundas das reformas em curso no sistema da administração da Justiça, e que disse contar com o envolvimento do Governo.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
Guiné-Bissau: Novo Procurador-Geral da República promete acabar com corrupção
2009-11-09 10:58:21
Bissau – O novo Procurador-Geral da República, Amine Saad prometeu esta sexta-feira em Bissau pôr fim às alegadas práticas de corrupção no aparelho do Estado guineense.
Falando na cerimónia de transição do gabinete que teve lugar no dia 6 de Novembro, Amine Saad adiantou que se forem criadas condições de trabalho para os magistrados do Ministério Publico, a sua equipa estará em condições para combater a corrupção, acabar com as detenções arbitrárias e acabar com o tráfico de droga no aparelho do Estado.
A este propósito, o responsável máximo do Ministério Público guineense disse que não são aceitáveis as condições em que trabalham actualmente os magistrados andando, por exemplo, à boleia em carros particulares.
Para ter sucesso no seu trabalho, Amine Saad disse que a Guiné-Bissau não pode continuar a ser considerado um país de assassinatos, tráfico de droga, e detenções arbitrárias, tendo determinado a este propósito que futuramente as coisas vão voltar a funcionar normalmente visto que, a partir desta data, ninguém poderá ser detido sem mandato do Ministério Público.
«O amigo do amigo não pode mandar prender ninguém, o titular da acção penal é o Ministério Público, que pode mandar prender, com a excepção de flagrantes delitos, por isso queremos informar aos nossos amigos que tudo isto já acabou», determinou Amine Saad.
Aos magistrados do Ministério Público, o novo Procurador-Geral da República lançou um desafio no sentido de se empenharem mais no exercício das suas funções, advertindo para que não é admissível que um processo de acusação pelo Ministério Público seja absolvido pelos juízes. «Quando se acusa é para condenar, e quando o acusado é absolvido é porque algo não correu bem», disse Saad.
Amine Saad falou ainda sobre a necessidade de recuperação da imagem dos homens da Justiça junto da população e da sociedade como forma de evitar ajustes de contas entre as partes em eventuais conflitos.
Sumba Nansil (c) PNN Portuguese News Network
Guiné-Bissau: Procurador-geral da Republica defende combate à corrupção
2009-11-11 16:29:45
Bissau – O Procurador-Geral da República Amine Saad disse que o combate à corrupção é um dos grandes eixos prioritários do Ministério Público.
O Procurador-Geral da República falou esta quarta-feira à saída de um encontro com o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, a quem foi apresentar os seus cumprimentos.
Quando respondia às questões dos jornalistas sobre os processos de investigação dos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Wayé, em Março deste ano, Amine Saad disse ter recursos humanos suficientes, mas falta de meios materiais.
O novo homem forte do Ministério Publico é da opinião de que a magistratura se deve preocupar também com uma questão estruturante que tem a ver com a corrupção e tráfico de droga, ao mesmo tempo que afirma que, a investigação sobre os dois assassinatos vai continuar, apesar dos meios para o efeito sugerirem outras movimentações financeiras.
Este é o primeiro encontro entre Carlos Gomes Júnior e Amine Saad. Amine Saad, nomeado para o cargo de Procurador-Geral na semana passada pelo Presidente da República, tem entre outras questões, vários dossiers quentes.
O caso do duplo assassinato de «Nino» Vieira e de Tagme Na Waié, assim como o desfecho do caso da aeronave retida no aeroporto internacional «Osvaldo Vieira» sob suspeita de ligação com o tráfico de droga, assim como o assalto à residência do então Presidente da República, Nino Vieira em Novembro de 2008, são os casos mais problemáticos.
Lassana Cassama/Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
Sessão parlamentar
Guiné-Bissau: Primeiro-ministro deve pronunciar-se sobre assassinatos de Nino Vieira e Tagme Na Waié
2009-11-11 15:57:20
Bissau – O primeiro-ministro foi interpelado para se pronunciar na Assembleia Nacional Popular sobre os resultados do inquérito aos assassinatos de «Nino» Vieira e Tagme Na Waié.
O primeiro-ministro, Carlos Gomes, foi interpelado para se pronunciar sobre aquilo que os deputados consideram de silêncio das autoridades, quanto aos resultados do inquérito do duplo assassinato do Presidente da República, João Bernardo «Nino» Vieira, e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Baptista Tagme Na Waié, ocorridos nos dias 1 e 2 de Março deste ano, respectivamente.
O assunto mereceu uma abordagem por parte de alguns deputados esta terça-feira. Os parlamentares são da opinião de que os esclarecimentos sobre o caso só podem ser dados pelo Chefe do Executivo.
Como se isso não bastasse, os deputados justificam que a questão dos assassinatos do Presidente da República e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas deve ser esclarecida pelas autoridades nacionais de forma a evitar que a Guiné-Bissau continue a ser mal vista junto da Comunidade Internacional.
A proposta de audição do chefe do Governo sobre esta matéria é da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), que deseja assim ver o assunto explicado aos guineenses pelo Governo. De acordo com Augusto Poquena, deputado desta formação política, não se pode falar de reconciliação nacional sem que o tema seja abordado, mediante o resultado da Comissão de Inquérito, criada pelo Governo e dirigida pelo Ministério Público.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
sábado, 7 de novembro de 2009
Um Meio ou uma Desculpa - Roberto Shinyashiki
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, brincar, fazer lição, deixar de lado o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso, CONFIE EM SI MESMO.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, brincar, fazer lição, deixar de lado o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso, CONFIE EM SI MESMO.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA.
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