sábado, 26 de setembro de 2009

Portugal ten tantas cores

Ainda hà poucos dias estava em Portugal, assim agora jà longe,continuo a lembrar tanto Amor que recebi que procurei multiplicà-lo. A’ parte do muito complicado, sim a situaçao econòmica è dificil, tudo atè pode parecer uma porcaria, que nao podiamos estar em uma situaçao pior – nao resta que subir. E’ o momento de sair da crise. O meu desejo, o desafio è de novo poder voltar, porque para nòs Portugueses, Portugal è a terra prometida, onde corre tanto leite e mel. Aquela è a terra dos nossos antepassados!
Quanta beleza encontrei por aquelas terras. O Algarve è maravilhoso, tem um clima extraordinàrio. Là as cores atè teem mais luz. Reparei que o azul è ainda mais azul. O branco mais branco ainda. Depois as pessoas là parecem mais felizes – serà porque estao de fèrias?. Entrei no Alentejo, vimos as suas cores tipicas. O sol là aquece mais. Fazia tanto calor e apenas vi algumas pessoas. Là sinto sempre tanta sede. Serà que o Alqueva jà funciona?. Devemos ajudar o Alentejo, teem vinhos muito bons. Respirei em Lisboa e nos seus arredores. Nao se pode amar o Porto sem amar Lisboa. Estivèmos no Ribatejo onde me sinto ligado. Vou sempre a Samora Correia ao cemitèrio onde sempre esteve a minha mae. Com natas ou sem, o bacalhau è sempre uma òptima companhia. Magnifico. Saboreei um bacalhau esquisito atè, muito elegante e delicado, um bacalhau “ espiritual” que tanto ajudou a elevar-me nas Azenhas do mar. Havia ainda os doces do convento, mas sentia-me bem; satisfeito. O Leitao de Negrais pois è extraordinàrio, uma excelencia e o da Bairrada è tambèm muito interessante – que genorosidade . Deixei-me tocar tambèm por tantos bons vinhos. Depois as sardinhas sao como um fruto do mar.
Vi bandeiras Portuguesas para a qualificaçao de Portugal, tambèm outras bandeiras Portuguesas de pessoas que querem lutar. Servem todas. Reparei em emigrantes que vinham , outros que partiam. Com os seus objectivos e tempos. Cada um sòzinho procurando de um novo inicio e a sua vitòria. Desejei tanto partir com cada um deles, para que possam ser fortes e vitoriosos. Sao individualistas, teem espirito de luta, nao lhes falta coragem. Tantos deles nao vao voltar. Devem inserir-se bem em outros lugares. Passarao a ser avòs e devem ficar junto dos seus netos, encontrar Paz. A nossa cultura è Universal – è preciso pagar o preço da vitòria. Hà aqueles tambèm que procuram uma Nova Terra e um Novo Mundo. Os que voltarmos nao os podemos esquecer e levantar ainda mais alto a nossa bandeira. Cada um deles vai ter sempre um lugar no nosso coraçao. Mais tarde na viagem de regresso, sempre tudo a subir ( porque o nosso coraçao vive em duas dimensoes ) nos viamos uns aos outros como desejando tanta força para fazer sorte.
Coimbra è culta e elegante, a vejo fina. Serà porque por là passam tantos politicos?. Quando um deseja pode sempre aprender tanto. Estivèmos no Norte, passàmos o Porto e sentimos o seu respiro. Nao se pode amar Lisboa sem amar o Porto.
Sò vivemos uma vez e cada um està a viver a sua Vida, procurando ser feliz à sua maneira, cultivando os seus interesses. Que força vinha fora se todos estivesse-mos preocupados em levantar Portugal. Nao pode ser uma desculpa pretendermos politicos melhores. E se os outros estivessem à nossa espera? Enquanto esperamos por um Portugal melhor, cada um de nòs vai consumindo a sua Vida, e a morte è ali que nos espreita, nos observa, que sabe as pessoas que somos. Como posso esperar por uma linda manha de Primavera, acordando ver um Portugal melhor sem o meu contributo. Que tenho eu a ver com os meus antepassados?
Os maus politicos podem atè ser culpados da pouca participaçao do povo nas eleiçoes. Mas nao de deixarmos de lutar e de participar no progresso e desenvolvimento de Portugal. Os politicos quando dizem qualquer coisa, nao os devemos levar a sèrio. Pode ser um Portugues correcto, ideias bem claras, mas sem aççoes sao palavras mortas, sem vida. Fazem poder atè lembrar os Fariseus no tempo de Jesus, certamente leram tantos livros, um pouco intelectuais, mas lhes falta o Amor. O Amor tem tantas cores, tem Vida. .....Fiquei a saber que Alvarenga ( Arouca ) è a capital do Mundo e do bife. Aquela terra dos meus bisavòs maternos è de facto linda. Depois de tantos anos e de caminhar tanto volto a este lugar. Por entre os eucaliptos, no meio do verde. Quando entro no cemitèrio e ando por là, sabia que ali estavam antepassados que me pertencem, nao posso sentir-me como de um estranho. Provo a solidao e sinto o silencio. Mas estes aqui sao todos meus parentes? Nao os conheço: como posso fazer de sò querer bem a uns e a outros nao? Poderei abraçar todos? Guardo dentro de mim um bom sentimento e comovo-me – é um encontro. Este é um belo lugar. Que preço se paga para ganhar uma certa sensibilidade. Como podem pensar os emigrantes serem patetas quando por exemplo no nosso carro guardamos alguma coisa que nos faz sentir Portugueses – è a nossa identidade. Mas nunca se vai encontrar nas compras de um emigrante um produto Espanhol. Porque os emigrantes sabem que aquilo que è nosso è sempre melhor, mesmo se mais caro. Sao por certo pessoas de bem e se sao vaidosos è da bandeira que teem. Tambèm nòs pagamos os erros da nossa Història, e nos lamentamos menos.
Devemos viajar por Portugal, conhecer outros lugares. Andar pelo interior, ir à regiao de Tràs-os Montes, às Beiras, visitar as Ilhas. Fazer turismo interno,preferir os nossos produtos. Se estivermos todos bem vivi-se melhor.
Como posso invejar o director do Banco de Portugal? A verdade è que penso nao seja o mais feliz. Todo o dinheiro nunca è suficiente, e no equilibrio è preciso tambèm a parte espiritual. Ou nao ? Nem quero pensar quanto o Presidente da Rèpùblica possa ter de reformas ao final do mès, è um problema seu ( pode ser ). Mas posso desejar-lhe que possa ser o melhor de todos os Portugueses! Ou como posso indignar-me com os deputados que là estao, pensando que sao uns vaidosos de pouco valor, quando sao aqueles que foram escolhidos pelo povo – os seus representantes. Posso atè pensar a valores como a honra e a dignidade, que cada um deles è pronto a dar a sua vida para salvar Portugal com o seu exemplo, porque compreendo estes valores.
Ao final de uma tarde estavamos na Citania de Briteiros e enquanto com a Letizia e os nossos quatro filhos assim pequenos subiamos, estavamos sòzinhos , mas comecei a pensar que ao chegarmos là acima poderiamos encontrar Viriato que nos esperava. A visao do alto da Serra è estupenda, e que silencio. Gritei forte dentro de mim, desejei poder acordar todos. Ressureiçao è passar da morte para a Vida. Quase como ter visto Viriato sem ressentimento no seu coraçao, por o termos traido. Como podemos aceitar hoje sermos os mais pobres da Europa? Mas onde estao os Lusitanos de hoje? Emigraram todos? Que futuro estamos a construir para os nossos filhos? Onde està o querermos ser um povo livre, de querer viver em paz e harmonia?
Jà um pouco tarde fomos a Guimaraes, de verdade queria tanto ver Afonso Henriques, Confesso de o nao ter gostado de ver là como uma pedra imòvel, sem vida e com uma espada na mao. Desejava em vez qualquer coisa como dar-lhe Vida, poder ressuscità-lo dos mortos. Que pudesse ir jantar conosco. Entao em vez de perguntar-lhe o que pode pensar de todos nòs hoje, podia perguntar-lhe o que pensava de mim. Seguramente ficaria a sòs com a minha consciencia. Posso atè melhorar tanto e aprender com os erros tambèm. Começo a ver tantos anos da nossa Història, que tantas pessoas estao atràs de cada um de nòs, mas quando me passa na mente um sentimento como se valeu a pena de ter lutado tanto, e agora de acabar tudo assim, me vem o impulso de pegar na sua espada. Para minha surpresa senti imenso Amor, oh gente da minha terra, sim vale sempre a pena de lutar. Sim quero. E atè podemos morrer desejando realizar um ideal. Somos um povo e temos uma identidade!!! Os nossos antepassados continuam a viver em cada um de nòs. Mas se somos um grande povo chegou o momento, è o tempo de fazer ver nao aos outros mas a nòs pròprios. Se nao formos nòs a mudar Portugal quem o vai fazer? Serao os Espanhòis? Serao os nossos filhos? Ou devemos todos aprender o Inglès? Cada um deve prometer a si pròprio de lutar, mais ninguèm se deve render. O nosso futuro è o futuro dos nossos filhos.
E’ necessàrio aumentar as exportaçoes. Exportar, exportar. Podemos vender tanta pedra, limpar as Serras e os bosques e vender tanta madeira. Acabar com os fogos ( a sèrio ). Aumentar o trabalho construir riqueza, diminuir o desemprego, responsabilidades e direitos. Està ali o Mar cheio de riqueza, apostar nas pescas. Como ficou o acidente de Albufeira? Deve existir solidariedade entre nòs, sao sentimentos fortes. E aquele acidente perto de Espinho na passagem de nivel sem guarda? Devemos ser prudentes e encontrar respostas, soluçoes. Portugal està da conquistar uma outra vez! Cada um deve na sua cidade, vila ou aldeia, procurar uma Vida melhor. Nao existe um outro caminho. Um pode ficar à espera que a morte chegue, ou lutar pela Vida. Reparàmos em tantos casais com um filho apenas. Em vez nòs termos quatro filhos è quase um luxo. Estou a lutar tanto porque tambèm quero a vitòria. Entre a Vida e a morte sempre procurei escolher a Vida. Temos um carro maior por necessidade, foi um investimento. Pagàmos tanto nas auto-estradas. E nao pude compreender porque o nosso carro è classe 2. Serà um pacote para nao dar coragem às pessoas de se multiplicarem, enfrentar o futuro com optimismo, mas nunca de um apoio às familias numerosas. Nao basta um pensar ser contra o aborto, pode atè ser uma grande hipocrisia. Mas onde està a Cultura da Vida! Para investir no Futuro sao precisos outros horizontes, medidas concretas. Nunca um colado a uma cadeira terà o meu espirito, porque sou um lutador. E o Amor è o mais importante.
Podia estar satisfeito de tanto que tinha vivido, um resultado positivo, mas tantas outras pessoas desejava ter visto, que hà tantos anos nao vejo, entao lembrei que devia preparar-me para partir e que esta vez nao tinha estado no Guincho onde sempre tinha estado com o meu avò. Fizèmos a viagem de noite, era a ùnica possibilidade, de manha cedo estàvamos na Boca do Inferno a tomar o pequeno almoço,e mais tarde estàvamos là. E’ um lugar onde me vejo tanto. Talvez tivesse com tanta força desejado aqueles momentos de caminhar junto ao mar, de correr com os meus filhos. Me vinha de imaginar que um dia seremos um povo unido capaz de se querer bem. Sem ressentimento. Queria sentir as ondas e de provar ser Livre. A Liberdade se conquista no tempo com responsabilidade. Desejei tocar o meu corpo e de sentir o meu espirito, que sou Vivo. Procurava de ver o vento onde outra vez me està a querer levar.
Encontràmos tanta beleza. Portugal tem imensas cores. Uma vida nao seria suficiente para escolher em Portugal um lugar onde ir viver. Temos o objectivo de em Agosto de 2012 estarmos a viver em Portugal. Està uma Nova Història para escrever. Nunca esqueçam que Portugal è vosso tambèm, que vos pertence, que devemos ganhar o direito. Cada um de nòs deve pensar ser o salvador de Portugal. Que somos nòs que podemos dar vida a um Portugal melhor ( està dentro de nòs ), nao os outros.
Aquele que faz è sempre um dos nossos, sempre um de nòs.


Castrezzato, 26 setembro 2009 (BS) Itàlia
Luis Filipe de Figueiredo Martins.

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